Sequestro de ônibus no Rio acaba após 2 horas e meia
Após duas horas e meia, terminou o sequestro do ônibus da linha 723, na avenida Brasil, zona norte do Rio. O sequestrador, identificado como Paulo Roberto, 35, libertou os dois reféns e se entregou à polícia.
Desde as 17 horas ele manteve uma jovem de 18 anos com uma faca apontada para o pescoço. A negociação foi conduzida por um sargento do Batalhão de Operações Especiais (Bope).
Segundo informações da Polícia Militar, o sequestrador entrou no ônibus e pouco depois pediu ao motorista que parasse o veículo. Com a aproximação de uma viatura da PM, ele ordenou que todos os passageiros descessem, restando apenas o motorista e a jovem.
O ônibus ficou atravessado na via marginal da avenida Brasil, na altura do bairro de Guadalupe, na zona norte. O veículo foi cercado por policiais do Bope, e por 14 viaturas da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros.
Há suspeita de que o sequestrador seja usuário de crack e esteja sob efeito de drogas. Ele teria exigido a presença da sua família no local. Ele seria morador do Morro do Chapadão, próximo ao bairro de Marechal Hermes.
Parte da avenida Brasil ficou interditada. O veículo da linha 723 fazia o percurso entre Mariópolis e Cascadura, bairros da zona norte do Rio.
Ônibus 174
O caso é semelhante ao sequestro do Ônibus 174, ocorrido em 2000 no Jardim Botânico, na zona sul. Na época, Sandro do Nascimento anunciou um assalto às 14h30 e passou toda a tarde com 10 pessoas sob sua custódia, ameaçando matar os reféns.
O criminoso era sobrevivente da chacina da Candelária, em 1992. O ônibus foi cercado por policiais e o sequestro, transmitido ao vivo para todo o País.
Após uma longa negociação, por volta das 19 horas, o sequestrador liberou a maior parte dos passageiros. O sequestrador manteve apenas a professora Geisa Firmo Gonçalves, de 20 anos, como escudo humano.
Quando ele se preparava para entregar a refém e a arma, um policial do Bope atirou a pouca distancia e acabou matando a professora. O sequestrador foi rendido e morto minutos depois dentro da viatura da Polícia.
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