Salles diz que mais de 100 t de borra de petróleo foram recolhidas no Nordeste
O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, disse hoje que equipes dos órgãos ambientais Ibama e ICMBio recolheram mais de 100 toneladas de borra de petróleo no litoral do Nordeste desde o início de setembro.
O comentário, no Twitter, foi publicado após o ministro ter ido a Sergipe para vistoriar regiões impactadas pelo óleo, que tem se espalhado pelo litoral do Nordeste desde o mês passado. Ele ainda publicou na rede social fotos nas quais acompanha técnicos do Ibama em uma praia repleta de manchas de petróleo.
"Desde 2 de setembro as equipes do Ibama e ICMBio, (têm atuado) junto aos 42 municípios (impactados pelas manchas), Marinha e demais órgãos no recolhimento de mais de 100 toneladas de borra de petróleo", escreveu Salles.
Chegada das manchas no litoral do nordeste
As primeiras manchas surgiram no litoral de Pernambuco, no início de setembro. Depois, material semelhante foi encontrado na Paraíba, Alagoas, Rio Grande do Norte e se espalhando para o Ceará, Piauí e Maranhão. Por fim, o material chegou ao estado da Bahia no último dia 3.
O governo de Sergipe decretou estado de emergência nos municípios atingidos pelo óleo. As medidas tomadas foram tomadas por conta do surgimento de extensa mancha de óleo na praia dos Artistas, em Coroa do Meio. A praia foi interditada devido à presença do material, que é tóxico. Segundo a Adema (Administração Estadual do Meio Ambiente), esta é a maior concentração da substância já encontrada nos nove estados nordestinos afetados pelo derramamento de petróleo cru desde o mês passado.
A Petrobras afirma que o material trata-se de petróleo cru e que não é compatível com substratos extraídos no Brasil.
A fauna marinha está sofrendo com a poluição do petróleo cru encontrado no litoral de todos os estados do Nordeste brasileiro. Pelo menos 12 animais apareceram cobertos com a substância. Onze tartarugas marinhas e uma ave foram resgatadas oleadas, mas apenas quatro tartarugas estão vivas, segundo relatório do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis).
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) determinou em um decreto, publicado no sábado (5), investigação sobre as causas e de quem é a responsabilidade sobre o derramamento de óleo que vem atingindo a costa nordestina há um mês. No despacho, Bolsonaro determinou que sejam apresentados, no prazo de 48h, dados coletados e as providências tomadas sobre o problema ambiental. A investigação deve ser feita pela Polícia Federal, Comando da Marinha, Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade).
A Polícia Federal instaurou inquérito, no último dia 2, para investigar o derramamento de óleo no litoral do Nordeste. O MPF (Ministério Público Federal) no estado também apura o desastre ambiental.
* Com colaboração de Aliny Gama, em Maceió
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