AcompanheCOP-21 aprova novo acordo climático

A Conferência do Clima da ONU (Organização das Nações Unidas), a COP-21, é realizada de 30 de novembro a 11 de dezembro de 2015 em Paris. Mais de 147 países se reúnem para discutir medidas para conter as emissões de gases do efeito estufa, e também decidir como será o financiamento para que os países mais pobres possam enfrentar os efeitos que já acontecem

Em Paris, manifestantes reprovam acordo da COP-21

Várias manifestações percorreram neste sábado as ruas de Paris convocadas por ONGs para mostrar desacordo com as conclusões da cúpula do clima de Paris (COP21), que consideram insuficientes para combater o aquecimento climático

Podemos contar para nossos netos que chegamos a um acordo que vai mudar o mundo, diz Tuvalu

O representante deTuvalu, uma das ilhas mais ameaçadas pelo aquecimento global, disse que o primeiro-ministro da ilha chorou ao saber do acordo. "Para nós é uma questão séria. Tivemos que trabalhar juntos. E agora podemos contar para nossos netos que nos chegamos a um acordo que vai mudar o mundo. O povo de Tuvalu agradece a todos. Nós acreditamos que se salvarmos Tuvalu, salvamos o mundo."

Podemos contar para nossos netos que chegamos a um acordo que vai mudar o mundo, diz Tuvalu - Reprodução

Garota de ilha ameaçada diz que sempre se preocupou com seu futuro

Uma garota de 18 anos falou em nome das Ilhas Marshall, na Conferência do Clima. "Me preocupo com meu futuro, toda minha vida falavam que a ilha ia afundar na água, mas não tenho medo da água, estou cercada por água. Mas os polos estão derretendo e temos que fazer algo para conter isso", disse.

Garota de ilha ameaçada diz que sempre se preocupou com seu futuro - Reprodução

Representante latino americana diz que este acordo é histórico

A representante de Colômbia, Chile, Panamá, entre outros países latino americanos, diz que este é o primeiro acordo global, legalmente vinculante para o clima. "Este é o resultado do trabalho coletivo. Agora, temos que fazer o que for possível para manter a temperatura 1,5ºC, com um monte de trabalho pela frente." Ela ainda afirmou que o acordo vai mudar o mundo em que vivemos e agradeceu a todos por "fazer isso possível". 

Representante latino americana diz que este acordo é histórico - Reprodução

Chávez estaria orgulhoso de nós, diz representante da Venezuela

Em seu discurso na plenária final da COP-21, a representante da Venezuela lembrou sua participação em conferências anteriores, quando o país travou negociações ou não endossou acordos, e disse que hoje o ex-presidente venezuelano Hugo Chávez estaria orgulhoso do resultado. "Chávez dizia que perseguindo o multilateralismo, poderíamos fazer melhor. Obrigado, Chávez, hoje fizemos melhor", disse a representante. Ela também elogiou o preâmbulo do novo acordo. "Considero revolucionário, porque incorpora a dimensão social do combate à mudança climática, com conceitos como equidade de gênero, empoderamento da mulher, direito à saúde, justiça climática, Mãe Terra e direitos humanos". A representante afirmou que a Venezuela submeteu suas metas voluntárias à COP-21, o que não tinha feito até o início da conferência.  

Chávez estaria orgulhoso de nós, diz representante da Venezuela - Philippe Wojazer/Reuters

Presidente francês diz que revisará suas metas para aumentar ajuda a países vulneráveis

O presidente francês, François Hollande, disse que o acordo climático é só o começo e que fará de tudo não só para implementar, mas para acelerar o processo de adoção das ações pretendidas. "Eu me comprometo a revisar minhas metas de financiamento para países vulneráveis", afirmou. "Nossos financiamentos podem ser reorientados, vamos nos mover rapidamente". Hollande não estabeleceu prazos para tais revisões. Ele agradeceu os negociadores que possibilitaram o acordo. "Vocês tiveram o sucesso no que seis anos atrás falharam", disse o presidente da França, François Hollande, referindo-se à Conferência de Copenhague em 2009, que terminou sem acordo. "Agradeço por terem correspondido à responsabilidade que o mundo depositou sobre vocês. Por muito tempo lembraremos essa conferência". 

"Acordo expressa solidariedade com os mais vulneráveis", diz Christiana Figueres

A secretária-executiva da COP-21, a costa-riquenha Christiana Figueres, afirmou que o acordo climático da COP-21 expressa "solidariedade com os mais vulneráveis". Ela referiu-se o comprometimento dos países em perseguir o limite de 1,5°C de aquecimento global, essencial para proteger os países mais frágeis às mudanças climáticas de efeitos catastróficos - como a elevação do nível dos oceanos que pode fazer pequenas ilhas sumirem. "Antes dizíamos que precisávamos [chegar a um acordo]. Depois, que poderíamos. Depois, que iríamos. Agora, podemos dizer que fizemos", afirmou. 

"Acordo expressa solidariedade com os mais vulneráveis", diz Christiana Figueres - Reprodução

"Escrevemos não só um acordo, mas um novo capítulo de esperança", diz Índia

O representante na Índia na conferência final da COP-21 elogiou o acordo climático, a que chamou de "novo capítulo de esperança". Contudo, ele afirmou que o acordo poderia ter sido mais ambicioso. "Os países desenvolvidos ficaram abaixo de suas responsabilidades históricas", disse, sobre as metas de financiamento. "Esperamos que Paris marque um novo começo", completou. 

"É uma tremenda vitória, não de um país, mas do planeta", diz John Kerry

O secretário de Estado dos EUA e chefe da delegação de negociadores do país na COP-21, afirmou que o acordo representa "uma tremenda vitória, não só de um país, mas de todos que tiveram aqui, do planeta e das gerações futuras". Para Kerry, o acordo coloca o mundo no caminho do desenvolvimento sustentável. "[Com mais de 190 nações negociado] é um memorável acordo global", disse. Kerry afirmou que o acordo manda uma mensagem para os negócios e os mercados. "Mostra que precisamos de novas tecnologias, que precisamos nos mover nesse caminho, de criar o desenvolvimento sustentável". Ele terminou apontando os desafios dos próximos passos. "Como nós implementamos as metas, como construiremos o acordo, isso que determinará o futuro", disse. 

"É uma tremenda vitória, não de um país, mas do planeta", diz John Kerry - Reprodução

Lilian Ferreira, editora do UOL Meio Ambiente

"O acordo traz os pontos essenciais, e temos as bases para ampliar a ambição no futuro", diz ministra

" O acordo traz os pontos essenciais, e temos as bases para ampliar a ambição no futuro", disse a ministra do Meio Ambiente do Brasil, Izabella Teixeira. "Este acordo deu início quando o Brasil disse que topava aceitar o novo acordo se todos estiverem a bordo, em Durban, na COP-17. Levamos cinco anos para construir esse acordo. Eu digo que tem o momento de Kyoto [1007], o roadmap de Bali [2007] e Durban [2011]." Segundo ela, a posição brasileira foi parabenizada como facilitador das negociações. "Nós demos metas voluntárias ambiciosas, mudamos nosso foco, e isso dá uma credibilidade política ao país". O Brasil deu como meta reduzir emissões absolutas em 43% até 2030 visando a meta de 2ºC, e antes era contra o acordo com 1,5ºC. "Essa gente bronzeada mostrou seu valor, agora é a hora da caipirinha, do champanhe", disse. Segundo ela, a presidente Dilma Rousseff está radiante.

Acordo é resposta equilibrada entre países do mundo a aquecimento global, diz China

Em seu discurso na plenária da COP-21, o representante da China para mudanças climáticas, Xie Zhenhua, disse que o acordo aprovado representa uma resposta equilibrada entre os diferentes interesses dos países para o aquecimento global. "O sucesso desse encontro é resposta justa, abrangente, balanceada, que serve como sinal de que o mundo caminha para o desenvolvimento sustentável, de baixo carbono", disse Xie. "É o consenso de todas as partes, esforços de todos os líderes, reflexo do balanço dos interesses mundiais", completou. 

Acordo é resposta equilibrada entre países do mundo a aquecimento global, diz China - Reprodução

"Era quase impossível e nós conseguimos", diz representante do Marrocos

"Era quase impossível e nós conseguimos", disse a representante do Marrocos na sessão plenária da COP-21, que aprovou um novo acordo global do clima. A próxima Conferência do Clima da ONU será em Marrakech, no Marracos. "Vamos trabalhar junto com França para garantir que COP-22 seja um sucesso. Será a COP da ação, inovação e compartilhamento de soluções". 

Nicarágua diz que acordo não garante limite de 1,5°C de aquecimento

O negociador da Nicarágua disse na sessão plenária que aprovou o acordo do clima de Paris que a meta estabelecida, de perseguir o limite de 1,5°C de aquecimento global, não é garantida pelo acordo. "Não temos metas para alcançar nem 2°C de limite, que dirá 1,5°C?", afirmou. Segundo ele, faltam metas de financiamento e planos alternativos paca caso as metas voluntárias apresentadas pelos países não sejam implementadas. "Estamos sofrendo danos anualmente e não estamos recebendo apoio internacional. Exigimos que se inclua a América Central no grupo de países vulneráveis", disse ele. 

Lilian Ferreira, editora do UOL Meio Ambiente

É normal ninguém "levar tudo" no acordo, diz embaixador brasileiro

"É legítimo um país comentar que ele queria que seus pontos fossem incluídos. Às vezes, saem nem com 50% atendido, mas é normal em um texto de consenso. Ninguém leva tudo", afirmou o embaixador Luiz Alberto Figueiredo Machado. Ele diz que o texto é acordado entre todos, mesmo quando alguns países "reclamam" no plenário que não tiveram alguma de suas reivindicações atendidas, como foi o caso da Nigéria. Ele diz ainda que o trecho do texto reclamado pelos EUA realmente estava errado. "Não é que foi mudado de última hora, sempre foi "should" (deveria) e não "shall" (deve), então ninguém achou que era uma conspiração, foi um erro", disse.

Lilian Ferreira, editora do UOL Meio Ambiente

Representante da Suíça diz que acordo é base para o que os países vão fazer

As negociadoras da Suíça e a da União Europeia se mostraram contentes com o acordo e deixaram claro que ele é o começo para uma nova era. Ações agora devem ser tomadas pelos países para colocar em prática o que foi acordado. A União Europeia disse que a mudança climática só pode ser combatida em uma ação global. "Este é o resultado de uma ação coletiva pelo ambiente", disse um dos negociadores. "Hoje, nós celebramos, amanhã, temos que agir".

Abraço do acordo

O presidente da França, François Hollande, abraça a secretária-executiva da COP-21, a costa-riquenha Christiana Figueres, ao lado do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e do presidente da COP-21 e chanceler francês, Laurent Fabius

Abraço do acordo - Reprodução

Bateu o martelo! Fabius bate o martelo em formato de folha para indicar acordo

"Você tem que mater o martelo", diz Christiana Figueres, secretária-executiva da convenção sobre mudanças climáticas da ONU, para Laurent Fabius, presidente da COP-21. Esta é a ação que indica que um acordo foi tomado com unanimidade na COP. "É um pequeno martelo, mas eu acho que ele pode fazer um grande trabalho", brinca Fabius.

Bateu o martelo! Fabius bate o martelo em formato de folha para indicar acordo - Reprodução

Acordo de Paris é adotado pelos países

Laurent Fabius, presidente da COP-21, adotou o Acordo de Paris. Depois de resolvido o entrave com EUA, que queriam que as obrigações de redução das emissões não fossem obrigação e sim um indicativo do que deve ser feito, o texto foi aprovado. É o primeiro acordo global aprovado. Todos os países se comprometem em limitar o aumento da temperatura em bem abaixo de 2ºC acima dos níveis da era pré-industrial em 2100, buscando o aumento de 1,5ºC. Os negociadores se abraçam e comemoram no plenário.

Acordo de Paris é adotado pelos países - Reprodução

Países desenvolvidos deveriam reduzir emissões, não devem

Foi revelada a "ambiguidade linguística" que causou o entrave com os EUA. No texto havia o termo "shall" (deve) e não "should" (deveria) quando falava das metas de redução de emissões dos países desenvolvidos. A alteração foi feita. Agora os países desenvolvidos deveriam continuar a liderar os cortes em emissões.

Plenária inicia; membros começam a falar sobre o texto

Laurent Fabius, presidente da COP-21, iniciou a plenária e logo passou a palavra para a representante da Bolívia, que apontou alguns erros de tradução nos documentos, que foram traduzidos em seis línguas. Depois o secretário executivo adjunto contou que algumas partes repetidas seriam retiradas e corrigiu erros de ortografia no texto. 

Plenária inicia; membros começam a falar sobre o texto - Reprodução

Plenária ainda não começou; muita conversa de corredor entre negociadores

Os membros já foram chamados, Christiana Figueres, secretária-executiva da convenção sobre mudanças climáticas da ONU, já foi para o palco e saiu. Agora, algumas conversas de corredor devem ajustar os ânimos para que o documento apresentado seja aprovado em consenso -- é preciso uma decisão unânime para que o acordo seja válido. John Kerry, secretário de Estado dos EUA, foi visto conversando com o negociador-chefe da China, Xie Zhenhua. Dizem que os EUA encontraram um erro no texto. Miguel Arias Canete, negociador da União Europeia, também está entre conversas no plenário. Em breve, os discursos devem começar.

Ambientalista Al Gore participa de sessão final da COP-21 que teve participação ativa dos EUA

O ambientalista e ex-vice-presidente dos EUA Al Gore acompanha a abertura da sessão plenária da COP-21 que deve aprovar o acordo climático de Paris, o primeiro acordo universal do clima, a ser adotado por todas as nações. Al Gore tornou-se um defensor da causa ambiental nos Estados Unidos, país com histórico de resistência a acordos climáticos, ao lançar o filme "Uma Verdade Inconveniente", em 2006. No ano seguinte, ele foi agraciado com o prêmio Nobel da Paz. Os EUA não ratificaram o protocolo de Kyoto, o acordo climático anterior. Nesta Conferência do Clima, no entanto, o país desempenhou papel importante, integrando a chamada High Ambition Coalition, coalizão que defendia metas ambiciosas de contenção do aumento das temperaturas e que teve peso para que o acordo final estipula-se a meta de 1,5°C como limite. 

Ambientalista Al Gore participa de sessão final da COP-21 que teve participação ativa dos EUA - Reprodução

Lilian Ferreira, editora do UOL Meio Ambiente

Clima é de otimismo, mas muito mais deveria ter sido feito

O clima geral entre ONGs e países é de otimismo. Realmente foi possível alcançar um texto para um acordo ambicioso, nos compromissos. Ter como objetivo manter o aumento da temperatura bem abaixo dos 2ºC, com a inclusão da intenção de 1,5ºC, que era pedido há anos pelos países mais vulneráveis, é um avanço que não se esperava.  Mas há pouco fato concreto no acordo. As metas nacionais deverão ser apresentadas quando os países ratificarem o acordo, e elas apenas limitariam o aumento da temperatura entre 2,7ºC e 3,5ºC. Os países parecem dispostos a mais ações para conter o aquecimento global, mas ainda não há ações concretas para isso. Agora, temos que esperar para ver o quanto eles vão aumentar suas ações para diminuir as emissões.

Sessão plenária para aprovação de acordo climático de Paris vai começar

Após adiar em duas horas o início da sessão plenária que deve aprovar o acordo climático de Paris, a organização da COP-21 iniciou os trabalhos para o momento final da conferência. Os negociadores das 195 nações participantes retornaram para o plenário após analisarem o documento apresentado na manhã de hoje. A aprovação do acordo deve ocorrer por consenso. Acompanhe as transmissão aqui

Sessão plenária para aprovação de acordo climático de Paris vai começar - Reprodução

Defensores de países mais pobres criticam acordo: "hoje é um dia triste"

ONG's e grupos que defendem direitos de povos de nações mais pobres criticaram duramente a nova proposta de acordo climático, afirmando que ela não garante que os países mais ricos se comprometerão com suas "responsabilidades históricas" de financiarem o combate ao aquecimento global. "Todo mundo fala do 1,5°C. Basicamente, o acordo fala em perseguir essa meta. Mas em que contexto? Não há comprometimento de fato com isso", disse Chee Yoke Ling, diretora da Third World Network. Para os ativistas, o acordo não incorpora em sua essência os objetivos de garantir maior igualdade e a erradicação da pobreza. "Há progressos, mas não há grande ambição entre os países desenvolvidos", disse a representante. "O documento diz que o financiamento será para assistência dos países pobres. Não é preciso assistência, e sim medidas objetivas para conter o aquecimento global", disse Lidy Nacpil, coordenadora do Asian Peoples Movement on Debt and Development. Ela se refere à hipótese de verbas destinadas às nações pobres que não possuem como objetivo principal promover a redução de emissões serem contabilizadas na conta do combate às mudanças climáticas. "Esse é o dia mais triste para o povo pobre, principalmente da África e da Ásia. Não foi garantido o que era necessário para perdas e danos desses povos", disse Azeb Girmai, da LDC Watch International (na foto).  

Defensores de países mais pobres criticam acordo: "hoje é um dia triste" - Reprodução

WWF diz que acordo traz visão mais clara sobre objetivos de longo prazo

"Temos agora uma visão mais clara sobre os objetivos de longo prazo", disse Samantha Smith, da WWF Internacional, sobre a proposta de acordo climático apresentada na manhã deste sábado em Paris. Segundo ela, o texto traz mecanismos para a superação da diferença entre as aspirações apresentadas e os reais comprometimentos das nações. Além disso, para ela está no texto "as bases para financiar a transição para um futuro de baixo carbono". A WWF e outras ONG's afirmam que pressionarão para que os países comecem a implementar as promessas que fizeram na COP-21.

Plenária final para aprovação de acordo climático é adiada em 2 horas

A sessão plenária final da Conferência do Clima de Paris, que deve aprovar ou rejeitar a proposta de acordo apresentada pela presidência da COP-21 na manhã deste sábado, foi remarcada para as 17h30 no horário de Paris (14h30 no horário de Brasília). Inicialmente, a plenária estava prevista para as 15h45 de Paris (12h45 de Brasília).

Lilian Ferreira, editora do UOL Meio Ambiente

Ministra Izabella Teixeira: diz que o "Brasil pode fazer mais, deve fazer mais e quer fazer mais"

Ministra Izabella Teixeira disse a jornalistas que o "Brasil pode fazer mais, deve fazer mais e quer fazer mais" no combate às mudanças climáticas. "Espero, sinceramente, que, em 2025, quem estiver cuidando do assunto seja mais ambicioso do que fui", disse. Segundo ela, o acordo mostra uma disposição de todos os países de se esforçarem ainda mais para reduzir suas emissões. "Temos que trabalhar e implementar. É um esforço de toda a sociedade. É um desafio enorme para implementar a INDC (meta voluntária). Fazendo isso acontecer, por que não [ser mais ambicioso]?" Segundo a ministra, no texto há uma decisão que considera um processo balanceado de adaptação e redução das emissões, levando em consideração a necessidade de desenvolvimento de "sumidouros", que absorveriam CO2 da atmosfera, num processo de neutralização de carbono. "Num processo de neutralização pós 2050, o Brasil teria o papel dos sumidouros, com reflorestamento, com recuperação de pastagens para ser mais do que um player de clima ser um player estratégico e econômico global de tecnologias e desenvolvimento nacional$escape.getQuote().Segundo Carlos Rittl, secretário-executivo do Observatório do Clima, depois de firmarem o acordo, os países devem buscar aumentar ainda mais suas metas de redução das emissões. O Brasil, especificamente, deve combater ainda mais o desmatamento, e evoluir na restauração florestal. Além disso, é preciso mudar o plano energético brasileiro que conta com 71% dos investimentos no setor para os combustíveis fósseis.

"Brasil está feliz com o acordo", diz ministra Izabella Teixeira

"O acordo reflete as posições que o Brasil defendeu. Estamos felizes com o acordo", disse a ministra brasileira do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, sobre o novo texto apresentado na COP-21. Segundo ela, as posições defendidas pelo país, como perseguir o limite de 1,5°C, o piso de financiamento em US$ 100 bilhões ano ano até 2025, ações de mitigação e adaptação, foram incorporadas no documento. "Não é um acordo trivial, deu muito trabalho, mas vamos para nova fase, de enfrentamento da mudança do clima, em que todos os países estão à bordo", disse.  completou. Segundo a ministra, os negociadores das 195 nações participantes saíram todos satisfeitos. "O G77 [países mais pobres] está plenamente satisfeito. Os americanos, chineses, indianos, todo mundo satisfeito com as negociações", completou.   Leia Mais

Para o Greepeace, acordo coloca indústria de combustíveis fósseis do lado errado da história

A ONG Greenpeace manifestou boas-vindas ao acordo climático. Em conferência para a imprensa, o diretor do internacional da organização, Kumi Naidoo, disse que o novo texto coloca a indústria de combustíveis fósseis "do lado errado da história". O ponto postivo apontado pela ONG é a referência a 1,5°C como limite para o aquecimento global. "A roda das ações climáticas gira devagar, mas em Paris ela girou. Há muito coisa no texto que foi diluído e poluído pelas pessoas que espoliam nosso planeta, mas está lá um novo imperativo para limitar o aumento da temperatura em 1,5°C". 

Para o Greepeace, acordo coloca indústria de combustíveis fósseis do lado errado da história - Reprodução

ONG cola cartazes com "procurados por destruir nosso futuro" durante COP-21

Ambientalistas da ONG Avaaz colaram cartazes pela cidade de Paris, na França, com a imagem de empresários, analistas e até autores com a frase: "Procurados por destruir nosso futuro". De acordo com a organização, o grupo é formado por "criminosos do clima", que teriam tentado mudar o foco da Conferência do Clima da ONU (Organização das Nações Unidas) para que o relatório final ficasse longe de metas de emissões, com o objetivo de manter os combustíveis fósseis no centro do desenvolvimento humano.  Leia Mais

ONG cola cartazes com "procurados por destruir nosso futuro" durante COP-21 - Divulgação/ Avaaz

Lilian Ferreira, editora do UOL Meio Ambiente

Querer atingir 1,5ºC de temperatura é bonito, mas é praticamente impossível

ONGs, países e interessados na questão climática comemoraram a inclusão do objetivo de se chegar o mais perto possível do aumento de temperatura em 1,5ºC até 2100, o que traria os menores danos para o planeta. O objetivo é realmente ambicioso, já aumentamos 1ºC desde a era pré-industrial, nos restariam apenas 0,5ºC nos próximos 85 anos. Cientistas dizem que mesmo se parássemos de emitir gases do efeito estufa hoje, a temperatura já aumentaria esse meio grau -- e estamos bem longe disso, desde a revolução industrial nossas emissões só crescem. Se as emissões alcançassem um pico em 2020 e em seguida caíssem a zero até 2050, o que nem de longe está presente nas metas dos países, ainda assim seria preciso retirar gases da atmosfera.   Leia Mais

Acordo deixa nas mãos de cada país lutar ou não para limitar aquecimento global, diz Observatório do Clima

O Observatório do Clima, grupo que reúne ONG's e associações brasileiras de defesa do meio ambiente, disse que o texto traz pontos positivos, mas não garante que aquecimento global será contido neste século. ?A referência a 1,5C como uma meta de limitação de temperatura a ser perseguida é um avanço significativo na direção de um mundo com segurança climática e proteção dos mais pobres", disse Carlos Rittl, secretário-executivo do grupo. Contudo, ele ponderou que fica nas mãos de cada país, de forma voluntária, a decisão sobre ampliar as ações de corte de emissões e o financiamento aos países menos desenvolvidos. "Isso será possível caso os países mantenham o espírito de engajamento que tornou Paris possível. Mas, se essa vontade falhar, corremos o risco de chegar a 2030 ainda numa trajetória de 3°C, algo incompatível com a civilização como a conhecemos?, afirma Rittl.

Lilian Ferreira, editora do UOL Meio Ambiente

Nem sinal de metas de redução dos gases no texto do acordo

O texto ainda precisa ser aprovado no plenário, mas tudo indica que ele agradou a todos os lados. Citou o objetivo de limitar o aumento da temperatura em 1,5ºC, desejo dos países mais vulneráveis às mudanças climáticas, mas manteve de fora metas obrigatórias de redução dos gases (o que seria necessário fazer para se chegar ao objetivo), o que agradou países desenvolvidos como os Estados Unidos, que enfrentam dificuldades em aprovar leis sobre mudanças climáticas no senado do país.Assim, as chamadas INDCs, metas voluntárias apresentadas por todos os países para reduzir suas emissões de gases do efeito estufa ficaram de fora do texto. O documento apenas convida os países a apresentar suas primeiras metas quando ratificarem o acordo. Os EUA, maiores emissores da história, prometeram reduzir suas emissões entre 26% e 28% até 2025, em relação aos níveis de 2005.

Paris tem protestos em alerta para catástrofes provocadas por mudanças climáticas

Multidão protesta em Paris para alertar para os danos que podem ser provocados pelas mudanças climáticas e para pressionar os 195 países que participam da COP-21 (Conferência do Clima) a aprovarem um novo acordo climático com metas ambiciosas de limitação do aquecimento global. A proposta de acordo foi apresentada na manhã deste sábado (12) e deve ser aprovada por consenso para que possa ser adotada mundialmente. Leia Mais

Paris tem protestos em alerta para catástrofes provocadas por mudanças climáticas - AFP

Texto de acordo de Paris resolve financiamento, ponto que dividia países ricos e pobres

No texto da proposta final de acordo climático, os países desenvolvidos "pretendem" continuar seu objetivo de mobilização coletiva já existente até 2025 para financiar ações para reduzir as emissões de gases do efeito estufa. Mas, antes desta data, a COP deverá fixar um novo objetivo coletivo para financiamento a partir de um piso de US$ 100 bilhões por ano, tendo em vista as necessidades e prioridades dos países em desenvolvimento. Isso resolveu o impasse anterior: os países desenvolvidos não queriam arcar sozinhos com o financiamento, pedindo que os países em desenvolvimento mais ricos também contribuíssem. Esses, queriam manter a diferenciação entre os ricos que já emitiram muito e os países que ainda estão crescendo. Agora, os ricos assumem sua responsabilidade de liderar os investimentos, mas pedem uma revisão em 2025.  Leia Mais

Texto de acordo de Paris resolve financiamento, ponto que dividia países ricos e pobres - Miguel Medina/AFP

Lilian Ferreira, editora do UOL Meio Ambiente

Neutralidade das emissões foi retirada do texto

No novo texto, a necessária neutralização das emissões foi retirada. Em seu lugar, o texto traz que os países atingirão o pico de emissões “assim que possível” (como no texto anterior), com uma consequente rápida queda, para “alcançar um equilíbrio entre as emissões feitas pelo homem e a capacidade de remover os gases do efeito estufa” na segunda metade deste século. No rascunho anterior, o objetivo era “alcançar a neutralidade das emissões”, ou seja, a conta final ser zero -- uma palavra que indica um objetivo muito mais forte. No primeiro texto, havia a menção à redução de 40% até 95% das emissões em 2050 frente a 2010. 

Lilian Ferreira, editora do UOL Meio Ambiente

Presidente da COP fala em acordo ambicioso e equilibrado, mas não é bem assim

O presidente da COP-21, Laurent Fabius, subiu à plenária da Conferência do Clima em Paris e disse que tinha conseguido chegar a um acordo "ambicioso e equilibrado". Entretanto, o que se viu no último rascunho do texto foi um texto sem mencionar metas obrigatórias de redução para países, aceitando as metas voluntárias que são insuficientes, e sem um caminho traçado para se chegar à ambição de manter as temperaturas bem abaixo dos 2ºC, em direção a 1,5ºC. Os valores indicados para reduzir as emissões drasticamente até 2050 foram retirados. 

Acordo propõe limitar aquecimento global 'bem abaixo de 2ºC' e aponta a 1,5ºC

O projeto de acordo contra o aquecimento global anunciado na manhã deste sábado (12) propõe limitar o aumento da temperatura "bem abaixo de 2°C" e fazer "esforços para limitar o aumento a 1,5 C°", afirmou o presidente da Conferência do Clima de Paris, Laurent Fabius. Fabius fez o anúncio após a distribuição do documento para as delegações dos 195 países reunidos para uma eventual aprovação ainda neste sábado. O objetivo de limitar a temperatura a 1,5º C em relação à era pré-industrial é uma reivindicação impulsionada fortemente pelo estados insulares, particularmente ameaçados pelas mudanças climáticas. Leia Mais

Acordo propõe limitar aquecimento global 'bem abaixo de 2ºC' e aponta a 1,5ºC - Philippe Wojazer/Efe

Hollande lembra atentados e pede para países aprovarem "acordo histórico" em Paris

Líderes da França, anfitriã da COP-21, e da ONU, fizeram apelo para que países aprovem a proposta final de acordo climático, anunciada na manhã deste sábado. O texto deve ser aprovado por consenso pelos 195 países participantes. "O acordo que temos é histórico. Todo o mundo está nos olhando. Precisamos terminar os trabalhos, as soluções para o clima estão nas nossas mãos", disse o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon. O presidente da França, François Hollande, lembrou os atentados terroristas em Paris em 13 de novembro ao dizer que a capital francesa poderá passar hoje uma mensagem histórica para a humanidade. "Nós podemos ter, neste dia 12 de dezembro de 2015, um dia histórico. Ficarei orgulhoso que essa mensagem para a humanidade saia de Paris. A França irá anunciar o primeiro acordo climático universal da história. Nós temos essa oportunidade de mudar o mundo", afirmou.   Leia Mais

Hollande lembra atentados e pede para países aprovarem "acordo histórico" em Paris - Reprodução

Presidente da COP-21 anuncia proposta final de acordo climático

A conferência que deve anunciar a proposta final de acordo climático começou às 11h50 de Paris (8h50 de Brasília). O plenário está lotado, e na mesa estão o presidente da COP-21, Laurent Fabius, o presidente da França, François Hollande, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon. Fabius abriu a conferência destacando pontos do texto final. "Procuramos o melhor acordo climático possível", disse. Ele afirmou que a meta de limitar o aquecimento global em 1,5°C será perseguida e que o investimento mínimo feito por países ricos para conter emissões será de US$ 100 bilhões a partir de 2020. O texto com a proposta final será distribuída para os participantes. Depois disso, é instalada sessão plenária que deve aprovar o acordo por consenso, com o voto das mais de 190 nações participantes.  Leia Mais

Presidente da COP-21 anuncia proposta final de acordo climático - Reprodução

Paris deve ter protestos neste sábado

Ativistas e ONGs devem realizar uma série de protestos na capital francesa neste sábado (12), quando uma proposta de acordo climático deve ser divulgada. Manifestações espalhadas pela cidade são esperadas para esta manhã. Já no início da tarde (por volta das 17h no horário de Brasília), uma passeata está marcada para ocorrer próximo da Torre Eiffel. Devido aos atentados terroristas de 13 de novembro em Paris, a cidade está sob estado de emergência. Assim, qualquer tipo de aglomeração é proibido. As manifestações podem levar a confrontos entre ativistas e a polícia.

Países vulneráveis e pobres estão otimistas com proposta

Os países mais pobres e mais vulneráveis às mudanças climáticas - como pequenas ilhas que podem desaparecer - estão otimistas de que saia uma boa proposta de acordo nas próximas horas em Paris. Segundo informações do Guardian, pontos fundamentais para garantir a segurança climática estariam na redação final do texto, como a inclusão da meta ambiciosa de limitar o aquecimento em 1,5°C, compromissos para a revisão periódica das metas de emissões em intervalos de cinco anos e promessas de financiamento adicional. 

Após madrugada de negociações em Paris, proposta de acordo deve sair nesta manhã

As negociações na COP-21 de um acordo climático avançaram a madrugada. A divulgação da versão final do texto, que estava marcada para às 9h de Paris (6h de Brasília), foi remarcada para às 11h30 (8h30). O documento está nas mãos de advogados e tradutores, que consolidam o texto final após os debates e entendimentos dos negociadores de 185 países participantes. O presidente da França, François Hollande, é esperado para o momento da divulgação da proposta, ao lado do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon. 

Iluminação na Torre Eiffel pressiona líderes por acordo efetivo na COP-21

Um dos cartões postais de Paris, a Torre Eiffel, foi iluminado de modo diferente nesta sexta-feira (11). O monumento ganhou mensagens em defesa do meio ambiente e contra as mudanças climáticas. Cada palavra simbolizava um pedido comum entre os ambientalistas, como limitar o aumento da temperatura global à 1,5°C e reduzir a emissão dos gases do efeito estufa. A iluminação diferenciada acontece antes da publicação do acordo final que está sendo escrito na Conferência do Clima da ONU (Organização das Nações Unidas). 

UE pede acordo ambicioso em Paris para atrair investimentos

O comissário europeu para o clima, Miguel Arias Cañete, pediu nesta quinta-feira um acordo "ambicioso" em Paris para dar um "rumo claro" ao mundo econômico que permita "liberar milhares de milhões de dólares em investimentos" para que a temperatura não aumente acima dos 2° C. É necessário "um rumo claro que permitirá potencialmente desbloquear milhares de milhões de dólares em investimentos" em matéria de energias renováveis, afirmou.  Leia Mais

Derretimento de geleiras desacelera rotação da Terra, alertam cientistas

O derretimento de geleiras causado pelo aumento das temperaturas parece estar resultando uma leve desaceleração na rotação da Terra, em mais um sinal da abrangência do impacto das mudanças climáticas globais, disseram cientistas nesta sexta-feira (11). A força por trás das pequenas, mas discerníveis, mudanças na rotação da Terra medida por satélites e métodos astronômicos é o aumento do nível do mar no mundo, alimentado pelo fluxo de água derretida das geleiras para os oceanos, afirmaram pesquisadores. Leia Mais

Derretimento de geleiras desacelera rotação da Terra, alertam cientistas - AFP

Diplomatas tentam manobras para chegar a acordo em três pontos na COP-21

No final da sexta-feira (11) em Paris, os negociadores ainda tentam fechar o texto que deve ser apresentado na manhã de sábado. Três pontos ainda geram debate:  a "diferenciação" (repartição de esforços entre países desenvolvidos e em desenvolvimento), "financiamento" e "ambição" do acordo. "A pílula está sendo difícil de engolir por alguns países, incluindo a UE, os Estados Unidos ou a Austrália, que consideram ser muito favorável aos países em desenvolvimento", explica Pascal Canfin, ex-ministro francês e especialista do centro de pesquisa americano WRI. Leia Mais

Texto provisório da COP21 está entre perigoso e mortal, dizem cientistas

"O texto pode ser prático para quem está aqui, brancos e ricos do hemisfério Norte. Para os tipicamente não brancos no hemisfério Sul, o presente texto está em algum ponto entre o perigoso e o mortal", disse Kevin Anderson, do Centro Tyndall para Pesquisa de Mudança do Clima (Reino Unido). Na sua opinião, a chance de ficar em 1,5ºC é "menos de 10%, incrivelmente diminuta". E 2ºC? "Temos todas as ferramentas e tecnologias, só escolhemos não fazê-lo." Além disso, na versão anterior, só de fala de pico de carbono "tão cedo quanto possível" e de "empreender reduções rápidas depois disso para alcançar neutralidade em emissões de gases do efeito estufa na segunda metade do século". Os cientistas todos consideraram essa formulação inconsistente com o alvo de 1,5ºC.  Leia Mais

"Amo a França, mas quero ir para casa"; ministra Izabella Teixeira afirma que acordo final da COP-21 deve sair no sábado

A ministra brasileira do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, afirmou durante entrevista que está esperançosa com a possibilidade do acordo final da COP-21 sair na manhã deste sábado, para que ela possa retornar ao Brasil. ?Eu amo a França, mas quero voltar para casa. Não vou passear na torre Eiffel, pois ainda temos muito trabalho para terminar?. Izabella afirmou que o novo texto é positivo e que tudo está caminhando para um resultado transparente, mas ainda há detalhes que amarram a negociação. ?Acredito que será mais difícil trabalhar e discutir sobre a questão do financiamento, ainda não está claro qual será o caminho usado nesse tema, mas devemos resolver amanhã?, afirmou.

"Amo a França, mas quero ir para casa"; ministra Izabella Teixeira afirma que acordo final da COP-21 deve sair no sábado - Miguel Medina/ AFP

Ativistas do Greenpeace escalam Arco do Triunfo e pintam avenidas de amarelo

Ativistas do Greenpeace escalaram o Arco do Triunfo e cobriram com tinta amarela as avenidas em torno do monumento para reivindicar mais estímulo público às energias renováveis. O protesto ocorre na reta final da Conferência do CLima em Paris. Cerca de 30 ecologistas da ONG subiram no topo do monumento, levando duas bandeiras amarelas onde se lia: "Hollande, renove a energia", em referência à troca da matriz energética por fontes renováveis, que não emitem CO2.  Leia Mais

Ativistas do Greenpeace escalam Arco do Triunfo e pintam avenidas de amarelo - Greenpeace/Efe

Presidentes de EUA e China conversam por telefone para acordo do clima

O presidente dos Estados Unidos e da China, Barack Obama e Xi Jinping, conversaram por telefone na noite de quinta-feira (11) na tentativa de alcançarem um acordo ambicioso sobre o clima nesta reta final das negociações. "Ambos dirigentes concordaram que a Conferência de Paris é uma oportunidade crucial para impulsionar os esforços mundiais para enfrentar o desafio da mudança climática", segundo um relatório sobre a conversa dos presidentes divulgado pela Casa Branca. 

Brasil adere à coalizão de países que buscam acordo ambicioso sobre o clima

O Brasil aderiu ao grupo chamado de "High Ambition Coalition" (Coalizão de Alta Ambição), que reúne países ricos e em desenvolvimentos que propõem metas ambiciosas para redução do aumento do aquecimento global. O grupo possui os EUA como integrantes, além de outras cerca de 100 nações. Em declaração para jornalistas na COP-21, a ministra Izabella Teixeira (Meio Ambiente), líder do grupo brasileiro de negociadores, minimizou o peso da coalizão nas negociações. "A coalizão tem um papel político de diálogo. Quem faz as negociação são os países individualmente", disse. O Brasil pertence ao bloco chamado Basic (Brasil, África do Sul, Índia e China), e tem negociado de forma alinhada com esses países. Aderindo ao High Ambition, se aproximaria de posições defendidas pelos EUA.  Leia Mais

Brasil adere à coalizão de países que buscam acordo ambicioso sobre o clima - Paulo de Araujo/MMA

ONG's temem que acordo do clima se esvazie nas últimas horas

ONGs da luta contra as mudanças climáticas pediram maiores esforços para que o acordo do clima, que pode ser assinado no sábado em Paris, não seja esvaziado de substância nas últimas discussões. A ONG Care ressalta que "restam 24 horas para alcançar um acordo justo, igualitário e ambicioso", mas que as últimas discussões "não devem ser feitas em detrimento dos países mais vulneráveis". Para a WWF, o limite "bem abaixo dos 2ºC" ao aumento da temperatura global, com uma referência a 1,5ºC, é positivo, mas os países "ainda devem informar de que maneira (...) o cumprirão". Já a Attac adota tom mais crítico, afirmando que o acordo como está "não permite desativar a bomba climática". "Uma conferência internacional toma às vezes decisões valentes e visionárias. Não foi isso o que ocorreu na COP21, com um acordo muito abaixo das mudanças exigidas", sustenta.  Leia Mais

ONG's temem que acordo do clima se esvazie nas últimas horas - Jacky Naegelen/Reuters

Presidente da COP-21 diz ter certeza que acordo será aprovado

O presidente da Conferência do Clima de Paris e chanceler francês, Laurent Fabius, disse nesta sexta (11) que o novo projeto de acordo será apresentado no sábado, às 9h (6h de Brasília). "Após as consultas que farei, estarei em condições de, amanhã de manhã, às 9h, de apresentar um texto que, tenho certeza, será aprovado e será um grande passo para o conjunto da humanidade", declarou Fabius (à esq. na imagem), ao lado do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.

Presidente da COP-21 diz ter certeza que acordo será aprovado - Michel Euler/AP

Cartaz da "Guerra nas Estrelas" da COP-21 pressiona líderes por futuro verde

A "Guerra nas Estrelas" que envolve 195 países nas negociações do acordo climático em Paris ganhou nesta sexta (11) um novo apelo, em forma de cartaz de cinema - fazendo jus ao enredo cinematográfico. Uma publicidade da ONG Avaaz com imagens de líderes mundiais e o lema "Negociações Climáticas - 100% limpo, vocês precisam garantir" foi publicada no The New York Times e divulgada na internet. Trata-se de uma parodia do cartaz do filme Star Wars (Guerra nas Estrelas). Da esquerda para direita, estão representados o primeiro ministro da Índia, Narendra Modi, a chanceler alemã, Angela Merkel, e os presidentes da China, Xi Jinping, Brasil, Dilma Rousseff, e EUA, Barack Obama. Com a campanha, a ONG pede que os líderes combatam a indústria de combustíveis fósseis, garantam fontes 100% limpas de energia (sem emissões de CO2) até 2050, e salvem a humanidade do aquecimento global.  

Cartaz da "Guerra nas Estrelas" da COP-21 pressiona líderes por futuro verde  - Reprodução/Avaaz

Anúncio de acordo final da COP-21 é adiado para sábado

Ao final de uma rodada de discussões que avançou a madrugada, a presidência da COP-21 anunciou que o acordo final da Conferência do Clima sairá no sábado (12), e não mais nesta sexta, como estava previsto. Segundo a presidência do encontro, o objetivo é "consultar os grupos para fixar a versão final, que será apresentada na manhã de sábado para sua adoção ao meio-dia". Não haverá uma nova "versão intermediária" do texto. "Preferimos ter o tempo de consultar as delegações ao longo de sexta-feira", disse uma fonte, antes de destacar que a maratona noturna de negociações aconteceu em um "bom ambiente". "As coisas seguem em um bom caminho", afirmou o presidente da COP21, o chanceler francês Laurent Fabius (em destaque na foto). Leia Mais

Anúncio de acordo final da COP-21 é adiado para sábado - Martin Bureau/AFP

Novo rascunho avança na discussão, mas simplifica resoluções, dizem ONGs

Após a presidência da COP-21 ter publicado novo rascunho sobre o acordo que está sendo elaborado em Paris, ONGs internacionais se dividiram sobre a qualidade do compromisso estabelecido. Para a diretora do Instituto Clima e Sociedade, Ana Toni, o texto poderia ser mais ambicioso, mas há uma vitória em conseguir avançar na discussão. “Apesar de não ser o ideal, e de terem saído as menções a metas específicas de corte de emissões, o acordo inclui a expressão 'alcançar a neutralidade de emissões de gases do efeito estufa', o que é importante e tem quase o mesmo peso de 'descarbonização'”. Já o diretor internacional do Greenpeace, Martin Kaiser, acredita que as propostas não são boas o bastante, e afirma que o “texto deveria dizer que os países têm de apresentar números melhores, mas diz que vamos resolver isso em 10 ou 15 anos. Isso é tarde demais”. Tasneem Essop, chefe da delegação da organização WWF, também não se mostrou muito otimista e afirmou que ainda há muito trabalho pela frente para proteger o planeta. “As opções atuais não dão esperança e alternativas para as pessoas que mais sofrem os impactos da mudança climática.” O Observatório do Clima, por sua vez, disse ainda ver espaço para um acordo final “razoável”, mas teme que para chegar a um consenso os líderes coloquem em risco elementos importantes do pacote, como limite de temperatura global, modo do financiamento e revisão das metas.  

Novo rascunho avança na discussão, mas simplifica resoluções, dizem ONGs - Christophe Ena/ AP

G77, histórico grupo negociador, expõe seus rachas na COP21

O maior grupo negociados da COP-21, o G77, conta com 134 países e sua histórica influência está sendo desgastada por diferenças internas e a aproximação de seus membros mais vulneráveis com os países mais ricos. Um exemplo das rachas está na negociação do aumento da temperatura. Enquanto alguns países não hesitaram em se posicionar com Estados Unidos e União Europeia para apresentar um grupo comprometido em chegar a um “acordo ambicioso” e favorável ao limite de 1,5°C, outros como China e Índia, se mostram partidários de limitar o aumento da temperatura a 2°C acima dos níveis pré-industriais. Leia Mais

G77, histórico grupo negociador, expõe seus rachas na COP21 - Christophe Ena/ AP

Multiplicação de catástrofes climáticas ameaça segurança alimentar, diz FAO

A multiplicação das catástrofes ligadas ao clima ameaça cada vez mais a segurança alimentar, de acordo com estudo da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO). "Globalmente, de 2003 a 2013 - o período abrangido pela pesquisa - o número médio anual de desastres causados por todos os tipos de desastres naturais, incluindo os fenômenos relacionados ao clima, quase dobrou desde os anos 1980. Os prejuízos econômicos são estimados em 1,5 trilhões de dólares", disse a FAO. Leia Mais

Multiplicação de catástrofes climáticas ameaça segurança alimentar, diz FAO - Erik De Castro/ Reuters

COP-21 publica novo rascunho do acordo dizendo que países farão o possível para manter temperatura bem abaixo dos 2°C

A presidência da conferência divulgou um novo rascunho do acordo que está sendo elaborado em Paris, na França. No novo texto, os líderes mundiais firmaram que “o aumento da temperatura média global será mantido bem abaixo de 2°C acima dos níveis pré-industriais” e que irão “prosseguir os esforços para limitar o aumento da temperatura a 1,5°C, reconhecendo que isso reduziria significativamente os riscos e impactos das mudanças climáticas”. O esboço afirma também que a fim de alcançar a meta de longo prazo para manter o aumento da temperatura global, “as partes pretendem chegar ao pico de emissões de gases do efeito estufa assim que possível, entendendo que o pico demorará mais tempo para os países em desenvolvimento”, alcançada a neutralidade das emissões na segunda metade do século. A publicação mostra que as longas reuniões entre líderes funcionaram e resultaram em um texto com menos desacordos. No relatório publicado nesta quarta-feira (9), existiam cerca de 360 colchetes (que trazem opções em aberto) e hoje esse número caiu para 50.  Leia Mais

COP-21 publica novo rascunho do acordo dizendo que países farão o possível para manter temperatura bem abaixo dos 2°C - Benoit Doppagne/ AFP

Brasil diz que três pontos ainda empacam acordo do clima

"Estamos olhando para os sinais verdes e tentando apagar os sinais vermelhos", afirmou o embaixador brasileiro José Antônio Marcondes, que participa das negociações da COP-21. Em seu discurso, Marcondes disse que os principais temas em debate são a meta para limitar o aumento do aquecimento global, o financiamento das medidas e as políticas de transparência. No tema do limite de aquecimento, o Brasil defende a posição intermediária, "bem abaixo de 2°C", e diz "considerar" a meta mais ambiciosa, apresentada pelas nações vulneráveis, de 1,5°C. Segundo o embaixador, esta conferência do clima possui muitos pontos positivos, como o grande número de participantes e as metas voluntárias (INDC's) apresentadas pelas nações. "Precisamos capitalizar sobre esse momento político", disse. O Brasil assumiu papel importante na reta final das negociações, sendo o responsável por facilitar as conversas sobre diferenciação entre países desenvolvidos e em desenvolvimento. 

Brasil diz que três pontos ainda empacam acordo do clima - Reprodução

Novo rascunho do acordo deve ser divulgado na tarde de hoje

Um novo rascunho do acordo climático a ser firmado em Paris deve ser divulgado pela presidência da COP-21 às 19h (16h no horário de Brasília), segundo informações do Guardian. O rascunho era esperado anteriormente para as 15h (12h de Brasília). 

Financiamento e compensações travam acordo sobre o clima, diz Hollande

O presidente francês, François Hollande, afirmou nesta quinta-feira (10) que ainda existem dificuldades para um acordo global contra a mudança climática às vésperas do encerramento da Conferência do Clima de Paris. "Ainda há dificuldades, as conhecemos, sobre o financiamento e de onde deve proceder", disse Hollande ao receber líderes religiosos preocupados com o aquecimento global. "Ainda existem resistências sobre a compensação de perdas e danos. Também existe a preocupação de que os objetivos adotados sejam muito distantes".

Financiamento e compensações travam acordo sobre o clima, diz Hollande - Michel Euler/AP

Bill Gates enfrenta a mudança climática com seus poderosos contatos

Em encontro no Palácio do Eliseu, em Paris, o empresário Bill Gates disse ao presidente da França, François Hollande, que a inovação em energia precisava ser um dos itens no topo da agenda da Conferência do Clima. Por anos, Gates instigou os governos a aumentarem os gastos em pesquisa e desenvolvimento de tecnologias limpas. Ele gastou US$ 1 bilhão de sua própria fortuna em novas empresas que trabalham em novos tipos de baterias e reatores nucleares. "Honestamente, fico um tanto surpreso pelas negociações do clima historicamente não contarem com qualquer forma de pesquisa e desenvolvimento em sua agenda", disse Gates, 60 anos, em uma entrevista na semana passada nos bastidores da conferência do clima. Leia Mais

Bill Gates enfrenta a mudança climática com seus poderosos contatos -  EFE/Str

Protesto na COP-21 pressiona líderes: "já dormiram bastante, podem acordar"

"Já dormiram o suficiente; hora de agir". Foi esse o mote de um protesto feito por ativistas da organização Oxfam em Le Bourget, no norte de Paris. Os manifestantes deitaram-se no chão com máscaras de líderes globais e cobertos com cobertores. Na foto, da esquerda para direita, estão os presidentes dos EUA, Barack Obama, da China, Xi Jinping, da França, François Hollande, o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, a chanceler alemã, Angela Merkel, e o premiê australiano, Malcolm Turnbull. 

Protesto na COP-21 pressiona líderes: "já dormiram bastante, podem acordar" - Christophe Ena/AP

Brasil está em papel difícil na reta final das negociações da COP-21

O Brasil está num papel difícil na reta final das negociações da COP-21. A delegação brasileira foi nomeada pela presidência francesa para facilitar o diálogo entre os países em torno do termo "diferenciação": as responsabilidades de países mais ricos, emergentes e pobres nesse esforço para conter as mudanças climáticas. "O Brasil faz bem esse trabalho, tem tradição, mas é muito difícil encontrar um equilíbrio entre países desenvolvidos e em desenvolvimento, ainda falta uma solução definitiva", analisa Wendel Trio, da Climate Action Network Europa. Para representantes da Avaaz, a atuação brasileira ainda não atendeu às expectativas. "O país tem a maior delegação aqui na COP21, mas está muito quieto, contido, só ouvindo o que o BASIC [Brasil, África do Sul, Índia e China] tem a dizer em vez de assumir a liderança", criticou Sam Barrat.  Leia Mais

ONG's e organizações sindicais colocam países ricos na parede

Representantes de ONG's, organizações sindicais e da sociedade civil colocaram os países ricos na parede, cobrando deles o dever de garantir a redução do aumento do aquecimento global e o auxílio efetivo aos mais pobres. Eles criticaram a pouca ambição e a falta de acordo sobre financiamento de ações, transferência de tecnologia, revisão e aumento das ambições antes de 2020, políticas de reparação por perdas e danos, dentre outras. Integrantes de organizações como Oxfan, Greenpeace e International Trade Union Confederation usaram palavras duras para pedir maior comprometimento dos líderes dos países desenvolvidos no acordo climático. "Os países desenvolvidos estão fugindo de suas obrigações históricas, eles têm a obrigação de fazer mais", disse a Oxfan. "Em questão de justiça, os países ricos falharam até aqui. Podem fazer muito mais", afirmou a ActionAid International. "O novo rascunho coloca os direitos dos povos em um limbo. O caminho [para alcançar as metas] deve ser o do respeito aos direitos humanos, a garantia do futuro de trabalhadores, a igualdade de gênero, o respeito aos direitos dos povos indígenas. Isso tudo não está no texto. Sem isso, o acordo será para 1% [da humanidade]", disse a International Trade Union Confederation; "a mensagem que queremos deixar para os líderes mais poderosos nessas negociações é: parem de jogar pôquer político com o futuro de nossas crianças nas próximas 24 horas dessas negociações", concluíu o integrante do Greenpeace. Na conferência, foi lembrado que nesta quinta (10) é celebrado o Dia Internacional dos Direitos Humanos. 

ONG's e organizações sindicais colocam países ricos na parede - Reprodução

Transparência é mais importante que punição em acordo sobre o clima

 A transparência em indicar ações de redução das emissões de gases do efeito estufa tem sido apontada como crucial para o sucesso do acordo que visa limitar o aquecimento do planeta. Tão importante que, na opinião de especialistas em direito ambiental, deve ser prioridade sobre o debate de o acordo final ser "legalmente vinculante". O temor das punições faria com que os países se comprometessem com metas ainda mais baixas de redução para não correr o risco de ser punidos. "O desafio fundamental é um acordo que atraia e incentive os países a colocar limites eficazes e cada vez mais ambiciosos sobre as emissões de gases do efeito estufa, fazer cumprir esses limites e gerar financiamento sustentado para apoiar esforços para reduzir as mudanças climáticas e se adaptar a elas", diz Alex Hanafi, especialista da Climate Network. Leia Mais

Transparência é mais importante que punição em acordo sobre o clima - Eric Feferberg/ AFP

ONGs desconfiam do otimismo existente no projeto de texto apresentado na COP-21

A presidência da COP-21 divulgou um novo esboço do acordo que está sendo elaborado e soou otimista ao mostrar que o número de páginas foi reduzido, sinalizando progresso. Porém, ONGs internacionais avaliaram o texto e afirmaram que o acordo segue sem cravar definições importantes. "Nosso sentimento é que quase tudo o que ainda é necessário para um acordo ambicioso e sustentável está em suspenso", afirmou Jennifer Morgan, porta-voz da World Resources Institute (WRI). O coordenador da WWF-Brasil, André Nahur, seguiu a mesma linha: “A conferência está no caminho certo, mas precisamos de um movimento que resolva as polêmicas para que o texto final esteja alinhado com os discursos dos líderes na abertura”. Com medo de que as promessas sejam maiores que os resultados, as organizações pressionam os líderes por maior engajamento. O Observatório do Clima afirmou que “há o risco de que barganhas produzam um acordo mais fraco, ameaçando o momento político positivo obtido até aqui”, e disse que será preciso confiar na liderança da ministra do Meio Ambiente,  Izabella Teixeira, para evitar retrocesso.  Leia Mais

ONGs desconfiam do otimismo existente no projeto de texto apresentado na COP-21 - Francois Mori/ AP

EUA, UE e países menos desenvolvidos pedem acordo "mais ambicioso"

Estados Unidos, União Europeia e países menos desenvolvidos se uniram para formar a “High Ambition Coalition”, um grupo que junta os líderes que querem alcançar um “acordo ambicioso” na COP-21. "A colisão é exatamente o que necessitamos agora (...) O texto que saiu hoje é um passo à frente, mas ainda temos que ir além", disse o negociador norte-americano, Todd Stern. Os países da aliança não concordam em todos os aspectos do acordo, mas acreditam que a conferência é uma oportunidade histórica e única, e por isso é preciso assumir metas ambiciosas. Leia Mais

EUA, UE e países menos desenvolvidos pedem acordo "mais ambicioso" - Thibault Camus/ AP

Mais de 1 bilhão de pessoas ainda vivem sem energia

  Estudo inédito divulgado na COP-21 afirma que ainda há mais de 1,3 bilhão de pessoas sem energia no mundo. A pesquisa foi apresentada por Tania Cosentino, vice-presidente da Schneider Eletric (multinacional francesa especializada em distribuição elétrica), e apontou também que Brasil, Argentina, Chile, Colômbia e Peru têm um potencial de eficiência energética de 20% até 2032, o que equivaleria a uma redução de 2 bilhões de toneladas de CO2 equivalentes na atmosfera e uma economia de US$ 2,8 trilhões. Esse valor é duas vezes o investimento necessário para prover acesso à energia a 1,1 bilhão de pessoas que vivem na escuridão no mundo, de acordo com o Banco Mundial.

Mais de 1 bilhão de pessoas ainda vivem sem energia - Severino Silva/Agência O Dia/Estadão Conteúdo

Quatro pontos que dividem os países em Paris

A presidência da COP-21 divulgou um novo esboço do texto que está sendo elaborado na conferência, mas ainda existem ao menos quatro pontos que dividem os países e podem emperrar o acordo: a temperatura, o prazo, os compromissos e o financiamento. Existem divergências entre manter a temperatura média global abaixo de 2°C, bem abaixo de 2°C ou com limite máximo de 1,5°C. Também há discórdia em entender se é preciso ter metas concretas da redução no longo prazo, ou não.  O financiamento é visto de modo diferente entre os países desenvolvidos e em desenvolvimento, e os compromissos dependem de cada palavra escolhida. Leia Mais

Quatro pontos que dividem os países em Paris - Alain Jocard/ AFP

Como será o planeta em 2050 se nada for feito para conter o aquecimento

Bem-vindo ao Planeta Terra 2050, uma previsão de onde vamos viver se a temperatura média global aumentar 3,5º Celsius como esperado para o fim do século se nada for feito para conter o aquecimento global. 

El Niño "monstro" pode dar início a uma década de eventos climáticos mais fortes

O mundo está presenciando as mudanças climáticas e se assustando com os fenômenos que acontecem como consequência. Mas é bom se preparar, cientistas afirmam que o pior ainda pode estar por vir. O fenômeno chamado El Niño é um dos responsáveis pelas alterações e pode crescer na próxima década, se tornando um "mostro" capaz de iniciar uma década de eventos climáticos mais fortes. O que acontece, é que uma dinâmica na temperatura das águas do oceano Pacífico tem o potencial de acelerar o aquecimento global e aumentar a severidade dos episódios de El Niño. Leia Mais

El Niño "monstro" pode dar início a uma década de eventos climáticos mais fortes - Lúcio Távora/A Tarde

Ativistas são presos durante protesto contra petrolífera no museu do Louvre

Ativistas fizeram um protesto ao lado da pirâmide do museu do Louvre, em Paris, pedindo que o estabelecimento cancele seus contratos com a gigante companhia petrolífera Eni. Com guarda-chuvas pretos, os manifestantes formaram a frase “Cultura livre de fóssil”, e afirmaram que o museu precisa se desvincular de instituições que promovem a queima de combustíveis fósseis em grande escala. Ao mesmo tempo, outros integrantes do grupo caminharam descalços dentro do museu em um “derramamento de óleo” criado pelos manifestantes com melaço que foi jogado no piso de mármore do Louvre. Dez ativistas foram detidos durante a ação, que acontece enquanto líderes mundiais estreitam um acordo para tentar reduzir as emissões de carbono na atmosfera na COP-21.

Ativistas são presos durante protesto contra petrolífera no museu do Louvre - Benoit Tessier/ Reuters

COP-21 está pior para povos indígenas que fracassado encontro de Copenhague, dizem ativistas

 As negociações e o texto que vai sendo esboçado na Conferência do Clima em Paris não está agradando em nada representantes de movimentos que defendem direitos de povos indígenas e direitos da Mãe Terra. "Em COPs [Conferências do Clima da ONU] passadas, foi advogada a inclusão da garantia de direitos de povos indígenas em textos finais. Agora, as palavras usadas [no rascunho do acordo] são fracas, mais fracas que o documento de Copenhague", disse Tom Goldtooth, ativista dos direitos indígenas. A COP-15, realizada em Copenhague e considerada um retumbante fracasso, terminou apenas com um acordo de intenções. "[A COP-21] é fraca também no tema do financiamento. Em Copenhague, foi estipulado o valor de US$ 1 bilhão até 2020. Este valor não está sendo elevado como era de se esperar", disse Goldtooth. O Tribunal Internacional dos Direitos da Natureza, criado em 2010 com a Declaração Universal dos Direitos da Mãe Terra, realiza sua terceira reunião em Paris. Segundo o Tribunal, as falhas na prevenção do aumento do aquecimento global, da degradação do meio ambiente e do desalojamento de humanos e outras espécies são crimes de genocídio e ecocídio perpetrados por empresas e governos. "Para viver de forma sustentável e em harmonia com a Terra, nós precisamos mudar o DNA das nossas leis. É lamentável que essa discussão toda não esteja acontecendo dentro das negociações dessa COP-21", disse Osprey Orielle Lake, executiva da Rede de Ações de Mulheres para a Terra e o Clima.

COP-21 está pior para povos indígenas que fracassado encontro de Copenhague, dizem ativistas - Reprodução

EUA prometem dobrar recursos para adaptação às mudanças climáticas

O secretário de Estado americano, John Kerry, anunciou nesta quarta-feira (9), na COP-21, que os Estados Unidos irão dobrar para US$ 800 milhões ao ano os recursos investidos por Washington em programas de adaptação às mudanças climáticas até 2020. "Nós estamos preparados para fazer nossa parte e não vamos deixar os mais fracos de nós para trás", disse, mencionando as ilhas ameaçadas de desaparecer em razão do aumento do nível dos oceanos. O secretário pediu a criação de um sistema internacional de verificação sobre as ações dos países para cumprir as metas de redução de emissões de gases de efeito estufa. Por outro lado, reiterou a proposta americana de que as INDCs - as etas nacionais para redução de emissões - não devem ser "legalmente vinculantes", ou seja, não tenham caráter obrigatório.

Países amazônicos pregam união para proteger a floresta

Representantes do Brasil, Colômbia, Peru, Equador, Bolívia e Venezuela defenderam união entre as nações e comunidades que dividem a região da Floresta Amazônica em evento da COP-21. Juan Fernandez Reyes, diretor geral da Articulação Regional Amazônica (ARA), instituição que reúne mais de 50 ONG's panamazônicas, disse que a comunidade internacional da região precisa estar unida para protagonizar o sucesso da reversão da devastação florestal em grande escala. O governador do Amazonas, José Melo, participou do encontro. Leia Mais

Países amazônicos pregam união para proteger a floresta - Bruno Kelly/Reuters

COP-21 tem novo rascunho de texto; número de páginas diminui

A presidência da COP-21 divulgou um novo esboço do texto que está sendo elaborado nesta Conferência do Clima em Paris. O documento, apresentado às 15h (12h no horário de Brasília), possui 29 páginas, frente ao original de 55 páginas e ao rascunho anterior, de 43 páginas, o que sinaliza avanço nas negociações. A quantidade de colchetes (que trazem opções em aberto) foi reduzida em 3/4 (de 949 para 367), afirmou o ministro francês das Relações Exteriores, Laurent Fabius (em destaque na imagem abaixo), que preside a COP-21. Ele esclareceu, no entanto, que ainda restam muitos pontos importantes a discutir. Os representates dos países devem analisar o texto durante a tarde e voltar à mesa de negociação ainda hoje. Eles têm passado a noite e a madrugada nas negociações. Leia Mais

COP-21 tem novo rascunho de texto; número de páginas diminui - Dominique Faget/AFP

Greenpeace leva urso polar mecanizado para Conferência do Clima

Aurora, um urso polar mecanizado e gigante, foi levado pelo Greenpeace para as dependências da Conferência do Clima em Le Bourget, no norte de Paris. A ONG de defesa do meio ambiente realizou um protesto contra o aquecimento global no local nesta quarta-feira (9). Estudos mostram que há probabilidade de redução de mais de 30% da população de ursos polares nos próximos 35-40 anos, pela perda de habitat devido ao aquecimento climático. O urso gigante, que se movimenta através de rodas em sua base, foi construído pelo Greenpeace em 2013 e já participou de outros protestos feitos pela ONG para pressionar autoridades por ações que evitem mudanças climáticas   Leia Mais

Greenpeace leva urso polar mecanizado para Conferência do Clima - Francois Mori/AP

Brasil terá responsabilidade de destravar Conferência do Clima

Está nas mãos da diplomacia brasileira costurar a solução para um dos temas mais sensíveis – a diferenciação do papel de cada país no combate ao aquecimento global, incluindo o socorro financeiro aos mais pobres. A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira (na foto abaixo, ao lado do representante da China para mudanças climáticas, Xie Zhenhua) foi indicada pelo comando da COP-21 a atuar como "facilitadora", designada para intermediar a busca por um consenso. Ela dirige um dos quatro grupos de trabalho criados após uma semana de discussão técnica. Foi por esse motivo que o presidente americano, Barack Obama, telefonou para a presidente Dilma Rousseff na segunda-feira (7). Obama tenta destravar com Dilma as conversas. Leia Mais

Brasil terá responsabilidade de destravar Conferência do Clima - Jacky Naegelen/Reuters

COP-21 tem tom de otimismo, mas conformismo domina; veja pontos em disputa

Há clima de otimismo com boas propostas apresentadas nas mesas de negociações da COP-21, mas a falta de consenso com relação a metas mais vigorosas também gera conformismo entre os negociadores. O risco é de que o texto final não garanta as medidas necessárias para evitar o aumento do aquecimento global de mais de 2°C, que para a ONU terá consequências catastróficas para o planeta. "As posições são muito fracas. Falta alguém batendo o pé, levantando o tom de voz", diz Carlos Ritll, secretário-executivo do Observatório do Clima que acompanha as negociações em Paris. Confira pontos que estão em discussão que podem ser perdidos caso a apatia prevaleça entre os líderes.  Leia Mais

COP-21 tem tom de otimismo, mas conformismo domina; veja pontos em disputa - Stephane Mahe/Reuters

Rascunho de acordo ainda divide países na COP-21

Reuniões ministeriais discutem o rascunho de 48 páginas apresentado pelos negociadores das nações presentes na COP-21 desde essa segunda-feira (7). No entanto, o impasse sobre as medidas que serão adotadas ainda persiste.  Ministros dos quase 200 países que participam da COP-21 têm até a próxima sexta-feira (11) para concluir um acordo crucial para a luta contra o aquecimento global. De acordo com fontes próximas às tratativas, as "opções", ou seja, as partes do texto propostas em forma de alternativas, são mais de 100, enquanto as expressões em parêntesis - aquelas em torno das quais não houve unanimidade - se aproximam de mil. Leia Mais

Marina Silva diz que "desmatamento ilegal não pode ser tolerado" até 2030

Durante evento paralelo às negociações da Conferência do Clima (COP21), a ex-ministra de Meio Ambiente, Marina Silva (Rede), criticou o anúncio celebrado durante a COP21 de que os governos do Acre, Pará e Mato Grosso, maiores desmatadores, irão zerar o corte ilegal da mata até 2020. A data é dez anos antes do que o prometido pelo governo federal em sua INDC, documento em que o governo se compromete junto às Nações Unidas a cortar suas emissões de gases estufa. "O desmatamento ilegal não pode ser tolerado em nenhum momento. Não há espaço para tolerância da criminalidade", afirmou sob a presença do governador do Mato Grosso, Pedro Tanques, e do representante do governo do Pará, Justiniano Netto. Além disso, Marina Silva criticou duramente o aumento da taxa do desmatamento no último ano. "Ela subiu num momento em que a economia está paralisada. Imagine se (a economia) estivesse crescendo." Leia Mais

Marina Silva diz que "desmatamento ilegal não pode ser tolerado" até 2030 - IPAM

Brasil e UE entregam proposta conjunta para financiar ações em países em desenvolvimento

O Brasil e a União Europeia entregaram nesta terça-feira (8) uma proposta conjunta para estabelecer um mecanismo de desenvolvimento sustentável para reduzir as emissões de gases do efeito estufa em países em desenvolvimento. Se for aprovada, a proposta possibilita que entidades públicas e privadas reforcem seu empenho no combate contra a mudança climática sem deixar de contribuir ao desenvolvimento sustentável. Além disso, ela abriria caminho para outras abordagens cooperativas além do MDL. Os MDL (mecanismos de desenvolvimento limpo) são projetos em que países que não tem condições de financiar suas ações para diminuir suas emissões possam receber investimento para ter redução efetiva.

Indígenas querem inclusão de direitos no acordo de Paris

Líderes indígenas de todo o mundo estão exigindo que o documento final da COP-21  inclua um artigo dedicado ao respeito dos direitos dos povos nativos. As terras indígenas guardam 20% do carbono das florestas tropicais do mundo. Em entrevista à Rádio ONU, o coordenador de estratégia de Conservação de Terras Indígenas da ONG TNC (The Nature Conservancy), Helcio Souza, que acaba de voltar da COP-21, explicou que os países ainda estão divididos sobre incluir ou não os direitos dos indígenas no artigo 2 do acordo. Mas, segundo ele, o clima na capital francesa é de bastante otimismo.

Indígenas querem inclusão de direitos no acordo de Paris - Stephane Mahe/Reuters

Brasil tenta reduzir emissões de metano que vêm dos lixões

O metano é 25 vezes pior para as mudanças climáticas que o CO2, considerando emissões em um período de 100 anos. O gás é produzido nos lixões, formado a partir da decomposição de material orgânico, e lançado na atmosfera. Estima-se que o setor de gestão de resíduos sólidos seja responsável por 3% a 5% do total de emissões de gases do efeito estufa. Apesar de ter ser uma contribuição menor nas emissões, o setor é visto como estratégico para “poupar” emissões de metano. Empresários do setor, junto ao Ministério do Meio Ambiente e o governo brasileiro, vão discutir nesta quarta-feira (9), na COP-21, os avanços da questão no Brasil após a sanção da lei que instituiu a PNRS (Política Nacional de Resíduos Sólidos), em 2010.  

Brasil tenta reduzir emissões de metano que vêm dos lixões - Danilo Verpa/Folhapress

Mulheres em países em desenvolvimento estão entre as mais vulneráveis à mudança climática

Os debates acerca sobre as mudanças climáticas que acontecem em Paris estão dominados pelos homens, afirmou a ex-chefe de direitos humanos da ONU e primeira mulher presidente da Irlanda, Mary Robinson, em entrevista ao jornal britânico The Guardian. Segundo ela, "este é um mundo muito masculino (o da conferência). Quando é um mundo masculino, você tem prioridades do sexo masculino." Apenas alguns dos ministros que participam das discussões durante a COP-21 são mulheres. "Temos que humanizar o debate, temos que enviar uma mensagem forte de que isto é sobre pessoas (não apenas sobre o clima), precisamos ter um texto legalmente construído sobre direitos humanos e igualdade de gênero. As mulheres nos países em desenvolvimento estão entre os mais vulneráveis à mudança climática", afirmou Robinson. Esta terça-feira é oficialmente o dia designado como "dia de gênero" na COP-21.

Mulheres em países em desenvolvimento estão entre as mais vulneráveis à mudança climática - Patrick Kovarik/AFP

Ban Ki-moon pede apoio de empresas no combate à mudança climática

"Para não superar o objetivo de 2ºC de aquecimento é preciso ir mais rápido e mais longe. E é necessária a participação de 100% das empresas", disse o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, durante a abertura de uma reunião de 60 empresários dentro da iniciativa "Caring for Climate", parte da programação da Cúpula do Clima de Paris. Ban também mostrou a importância de as empresas pedirem um preço do carbono como ferramenta para lutar contra a mudança climática, porque permite "pagar pelas emissões e transferir os investimentos para as tecnologias verdes". Leia Mais

Brasil, África do Sul, Índia e China afinam discurso na COP-21

O Basic, bloco dos países recentemente industrializados que reúne Brasil, África do Sul, Índia e China, demonstrou sintonia em declaração realizada na COP-21 nesta terça-feira (8). "Estamos trabalhando em conjunto, sem deixar ninguém para trás", disse a ministra brasileira do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, referindo-se também ao G77, grupo de 134 países mais pobres ou emergentes que inclui aqueles que serão particularmente afetados pelas mudanças climáticas. Os representantes dos quatro países defendem que o financiamento das ações para contenção do aquecimento global seja obrigatório para países ricos e ocorra de forma cooperada e voluntária entre países do sul. Outro tema polêmico, a transparência das ações, foi defendido pelos líderes, inclusive a China, que possui histórico de resistência ao temas. O Basic defende que a prestação de informações seja adotada tanto por quem recebe financiamento para combater o aumento do aquecimento global quanto por quem financia. "Transparência é importante também para mostrar a quantidade de recursos desembolsada pelos países desenvolvidos", disse Xie Zhenhua (de gravata, na foto abaixo), representante da China para mudanças climáticas. O grupo questionou conta da OCDE sobre verba que já teria sido destinada por países ricos, afirmando que valores da conta, de US$ 62 bilhões, estariam duplicados. Até 2020, US$ 100 bilhões devem ser destinados para o combate às mudanças climáticas. 

Brasil, África do Sul, Índia e China afinam discurso na COP-21 - Reprodução

Obama liga para Dilma para falar sobre mudanças climáticas

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, telefonou para Dilma Rousseff para alinhar estratégias a serem utilizadas durante as reuniões da COP-21. Segundo a Casa Branca, os dois líderes confirmaram o empenho em fechar um "acordo ambicioso" sobre as mudanças climáticas e o interesse dos países em trabalhar unidos. Obama e Dilma ainda afirmaram que manterão contato até o fim dos trabalhos em Paris, no dia 11 de dezembro, para pressionar por um documento completo sobre o tema.        Leia Mais

Obama liga para Dilma para falar sobre mudanças climáticas - Martin Bureau/ AP

Indígenas passeiam de canoa em lago de Paris durante a COP-21

Integrantes da comunidade indígena sarayaku, do Equador, navegam na "Canoa da Vida" no Bassin de la Villette, lago artificial localizado no norte de Paris. Diversas comunidades de diferentes etnias participam da Conferência do Clima da ONU na capital francesa Leia Mais

Indígenas passeiam de canoa em lago de Paris durante a COP-21 - Thomas Samson/AFP

Promessas a respeito do clima serão inúteis sem ação e financiamento

As negociações da Conferência do Clima abrangem uma série vasta e complicada de questões políticas, econômicas e legais. Mas no fundo, se resumem a duas questões: confiança e dinheiro. Em um grande avanço, 184 governos já apresentaram planos detalhando como reduzirão suas emissões domésticas até 2020. Essas promessas deverão compor a base do novo acordo, que pode ser assinado no próximo fim de semana. Mas será que é possível confiar que os governos farão o que dizem que farão?  Leia Mais

Promessas a respeito do clima serão inúteis sem ação e financiamento - Huang Jingwen/Xinhua

Municípios querem reduzir pela metade emissão de CO2 até 2020

Um total de 608 cidades, Estados e regiões de 62 países firmaram um acordo voluntário para reduzir pela metade as emissões de carbono até 2020, ano em que deve vigorar o acordo global firmado na COP-21. O estudo reuniu dados de como os governos vêm financiando e realizando ações de redução das emissões de gás carbônico, compilando 4.709 ações de redução de emissões e 1.472 de adaptação às mudanças climáticas implementadas ou planejadas nesses locais entre 2010 e 2015. Aproximadamente 90% das emissões dos municípios e regiões integrantes do relatório são provenientes da queima de combustíveis fósseis. Leia Mais

Municípios querem reduzir pela metade emissão de CO2 até 2020 - Alain Jocard/ AFP

Paris ganha "relógio de gelo" para lembrar dos riscos do aquecimento global

Paris ganhou uma espécie de relógio de gelo que simboliza o derretimento das geleiras e as mudanças climáticas que podem afetar a vida no planeta. A instalação conta com 12 blocos de gelo, cada um com cerca de 10 toneladas, que vieram da Groelândia e foram expostos para conscientizar as pessoas da necessidade de medidas incisivas no acordo da COP-21, antes que o futuro na Terra "derreta".

Mais de 70 nobéis pedem adoção de 'medidas decisivas' contra as mudanças climáticas

Mais de 70 cientistas vencedores do prêmio Nobel entregaram ao presidente francês Fançois Hollande um convite a “todos os países do planeta para que adotem medidas decisivas" contra o aquecimento global. O documento lança um alerta de que a mudança climática coloca o mundo frente a uma "ameaça de alcance comparável" ao de uma bomba atômica. "A falta de ação submeterá as futuras gerações da humanidade a um risco inadmissível", escreveram. Leia Mais

Mais de 70 nobéis pedem adoção de 'medidas decisivas' contra as mudanças climáticas - Christophe Ena/ AP

Ativista entrega troféu "cara de pau" a ministra Izabella Teixeira

Ativista da ONG brasileira Engajamundo entregou o troféu “cara de pau” a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, após a “Cerimônia de Assinatura de Compromisso de Desmatamento Ilegal Zero”, na COP-21. De acordo com a organização, a ministra recebeu o prêmio por ter promovido um evento na embaixada do Brasil na França para assumir um compromisso já divulgado anteriormente pelo governo: acabar com o desmatamento ilegal no país. O código florestal já determina por lei que o desmatamento ilegal deve acabar por completo, mas ainda não foi eliminado. A Engajamundo afirmou que há “muito documento e pouca ação” sobre o tema. A presidente Dilma Rousseff propôs como meta do Brasil atingir o desmatamento ilegal zero até 2030, isso é entendido pelas ONGs como "uma permissão"  para que o desmatamento ilegal ocorra nos próximos 15 anos. 

Ativista entrega troféu "cara de pau" a ministra Izabella Teixeira - Reprodução/ Engajamundo

Pinguins-africanos passam fome e correm risco de extinção

Nos últimos anos, o número de pinguins-africanos diminuiu drasticamente nas praias da cidade do Cabo, na África do Sul. Cientistas locais estão determinados a descobrir a razão da queda rápida na população animal. Segundo os pesquisadores, o número de casais capazes de se reproduzir caiu 90% nas colônias sul-africanas, passando de cerca de 32.000 a cerca de 3.000. Além disso, o alimento dessas aves está fugindo: as sardinhas e anchovas migraram para o sul e para o leste e cientistas analisam se a causa é a sobre pesca ou a mudança climática

Ministra do Meio Ambiente assina acordos com AC e MT para reduzir desmatamento na Amazônia

A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, se reuniu com governadores do Acre, Tião Viana (à direita.), e do Mato Grosso, Pedro Taques (primeiro à esq.) para assinar um acordo que tem como objetivo zerar o desmatamento ilegal até 2020 nos dois Estados, além de reduzir entraves burocráticos para o combate da prática. A principal estratégia do Brasil para diminuir sua emissão de gases de efeito estufa é a redução do desmatamento. Porém, entre agosto de 2014 e julho de 2015, houve um aumento de 16% no desmatamento nos Estados da Amazônia. O Mato Grosso está entre os três que concentraram o aumento da perda florestal, elevando 40% da taxa de desmatamento local. O Amazonas registrou aumento de 54%, e Rondônia, 41%.

Ministra do Meio Ambiente assina acordos com AC e MT para reduzir desmatamento na Amazônia - Paulo de Araújo/MMA

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