Promotor diz que seguranças sabiam que PC e Suzana estavam sendo mortos e nada fizeram
Durante a fundamentação da acusação dos ex- seguranças de PC Farias, que estão sendo julgados desde a última segunda-feira (6) por omissão de duplo homicídio, o promotor Marcos Mousinho afirmou que os seguranças sabiam que Suzana e PC estavam sendo mortos e nada fizeram.
Dia a dia do julgamento
Para ele, não existe o argumento de que os réus não sabiam o que estava se passando dentro da casa de veraneio de PC Farias, localizada na praia de Guaxuma, em Maceió, porque eles estavam trabalhando para proteger e manter a integridade física de PC Farias e da namorada dele, no dia que o casal morreu.
“Não estamos afirmando que eles atiraram, mas sim que eles sabiam que estavam matando Suzana e PC e nada fizeram. Por isso eles estão respondendo por crime de duplo homicídio por omissão. Eles tinham a responsabilidade de resguardar as vidas do casal porque estavam trabalhando como seguranças.”
O promotor argumentou ainda que a perícia de que a arma não tinha manchas de sangue foi errônea. “Não tem como uma arma não ser respingada com aquela quantidade de sangue saindo do corpo de Suzana.”
Os testes de pressão sanguínea foram feitos em um porco, para confirmar a hipótese de que a pressão sanguínea influenciou diretamente na saída de sangue dos orifícios abertos pelas balas. Os animais não sangraram.
“Os problemas são os testes, porque eles não atingiram a artéria do coração do porco, como ocorreu com as vítimas. Mataram um porco e não conseguiram fazer o teste para provar o que ocorreu na realidade com o corpo de Suzana”, afirmou Mousinho.
O promotor disse que os seguranças tinham obrigação de dar segurança a PC Farias e evitar o assassinato, mas nada fizeram. “Eram seguranças e impõe-se a eles que deveriam agir para evitar qualquer conduta para ofender ou ferir aqueles que estavam fazendo a guarda, tendo obrigação de agir. Eles puderam agir e evitaram este resultado?”
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