Brasil já acumula 111 mortes na aviação em 2024, ano mais mortal desde 2007
A queda do ATR 72 da Voepass, em Vinhedo (SP), já torna o ano de 2024 como o mais mortal na aviação brasileira desde 2007, quando o país registrou sua maior tragédia do setor: o choque de um Airbus com o prédio da TAM após pouso malsucedido no aeroporto de Congonhas e que matou 199 pessoas.
Os dados são do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) e mostram que, até o último dia 12, foram registrados 28 acidentes fatais e 111 mortes nesses casos este ano, sendo 62 delas na queda da aeronave da sexta-feira passada.
O número inclui não só aviões, como também com helicópteros e ultraleves, por exemplo (veja detalhes abaixo).
O acidente da Voepass entrou nas estatísticas como o quinto maior em número de mortes na história da aviação brasileira.
O Cenipa é um órgão ligado à Comando da Aeronáutica e é o responsável por apurar todos os acidentes e incidentes aéreos registrados em território nacional. Ele está investigando as causas da queda do ATR 72 em Vinhedo.
Detalhes dos acidentes
Desde 2014, o Cenipa registrou 389 acidentes fatais no Brasil, com um total de 808 mortes. Três tipos de aeronaves concentram mais de 95% desses casos.
- Avião: 234 acidentes e 539 mortes
- Ultraleve: 70 acidentes e 99 mortes
- Helicóptero: 54 acidentes e 130 mortes
Ainda segundo os dados das investigações, metade dos acidentes aéreos tem uma falha no desempenho técnico do ser humano como fator contribuinte.
Desde 2014, os principais fatores contribuintes para os casos foram:
- Julgamento de pilotagem - 99
- Aplicação de comandos - 82
- Atitude - 78
- Processo decisório - 68
- Percepção - 48
- Manutenção da aeronave - 46
- Planejamento de voo - 43
- Pouca experiência do piloto - 42
- Supervisão gerencial - 39
- Condições meteorológicas - 31
Importante explicar que um acidente pode ter mais de um fator contribuinte, e por isso a soma de itens supera o de número de acidentes.
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