Batalha de versões no WhatsApp empata na segunda semana de guerra
Na segunda semana da guerra entre Hamas e Israel, após o ataque a um hospital na Faixa de Gaza, a batalha de narrativas entre a direita e a esquerda ficou mais equilibrada no WhatsApp. Anteriormente, após os ataques terroristas do Hamas, a direita estava dominando o debate.
Durante o programa Análise da Notícia, o colunista do UOL José Roberto de Toledo destacou que estudos feitos pela Palver, que monitora 40 mil grupos públicos no WhatsApp, mostraram um equilíbrio e que o jogo mudou.
A batalha de versões sobre a guerra ficou mais equilibrada na segunda semana.
José Roberto de Toledo
Mensagens explicativas sobre o conflito equilibraram a guerra de narrativas. Na primeira semana da guerra, a direita ganhou de lavada a disputa de narrativa, mas o jogo mudou com o crescimento de mensagens explicativas sobre o conflito.
Esse tipo de mensagem ganhou um volume muito grande e as pessoas passaram a procurar não uma opinião, mas fatos, explicações, contexto histórico e contexto geográfico do conflito.
As pessoas estão de fato procurando se inteirar melhor sobre o cenário da guerra e quem são os atores, os interesses em jogo e as consequências.
José Roberto de Toledo
Lado palestino da história ajudou a equilibrar a guerra de narrativas. Passado o primeiro momento do choque com o ataque terrorista do Hamas, o lado palestino da história também passou a ser mostrado.
Os ataques feitos por Israel ajudaram a equilibrar o fluxo de notícias e isso gerou um impacto positivo de menos desinformação no WhatsApp.
Termo "crime de guerra" é o mais utilizado pela esquerda. O termo "crime de guerra" é o mais usado pela esquerda na batalha de WhatsApp.
É fato que o Hamas praticou terrorismo, mas o que o governo de Israel está fazendo ao cercar a Faixa de Gaza é um crime de guerra e isso é bastante usado por simpatizantes da causa palestina.
Direita defende Israel. Por outro lado, o termo mais frequente entre simpatizantes da direita é "direito de defesa de Israel".
Nessa guerra de narrativas, prevalece a ideia de que Israel irá fazer o que for preciso para se defender, desde que não ultrapasse os limites das convenções internacionais.
Batalhas indefinidas. Na disputa de narrativas dentro do WhatsApp, a história sobre os bebês que supostamente teriam sido decapitados pelo Hamas e a autoria dos ataques ao hospital na Faixa de Gaza são elementos da guerra em que ainda não houve uma conclusão.
Essa batalha de versões ainda não foi decidida e está em aberto.
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