PF abre 2 inquéritos para investigar incêndios em Brasília
A Polícia Federal abriu duas investigações para apurar os incêndios que têm ocorrido em Brasília desde o início de setembro, disse o diretor da corporação, Andrei Passos Rodrigues, ao UOL.
Os inquéritos estão sendo conduzidos pela superintendência regional da PF para apurar condutas criminosas nas queimadas no Parque Nacional de Brasília, também conhecido como Parque da Água Mineral, e na Floresta Nacional (Flona) de Brasília. Além das investigações sobre os incêndios no Distrito Federal, a PF abriu diversos inquéritos para apurar os incêndios em outros estados.
Uma nuvem de fumaça cobre o céu da capital do país na manhã desta segunda-feira (16). Um novo foco de incêndio se alastrou no domingo. Durante a madrugada, a fumaça entrou nas casas dos moradores do Plano Piloto e do entorno.
O ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) informa que a estimativa de área queimada dentro do Parque Nacional é de 700 hectares.
A causa do incêndio ainda não é conhecida pelas autoridades, segundo o Corpo de Bombeiros do Distrito Federal.
Às 14h30 o Corpo de Bombeiros do Distrito Federal registrava atendimento a 32 chamados de incêndios florestais "concentrados em diversas cidades do DF".
A corporação informa que o fogo na floresta Nacional começou a ser combatido às 11h24 do domingo (15) com auxílio dos brigadistas do ICMBio, do Ibama/PrevFogo (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e do Ibram (Instituto Brasília Ambiental).
Segundo o ICMBIO, 93 brigadistas e bombeiros estão na linha de frente do combate que atinge a unidade de conservação federal.
Os bombeiros informaram que realizaram sobrevoos com drones e aeronaves para monitoramento e identificação de possíveis novos focos de incêndio. "Foram identificados alguns pontos quentes, porém, de material orgânico ainda queimando dentro da área atingida, provocando grande quantidade de fumaça", diz a nota da instituição.
Efeitos da fumaça na saúde da população
Moradores de cidades-satélite estão sofrendo com os efeitos da fumaça desde o início do mês.
Adriana Alves, 51, dona de uma tabacaria em Taguatinga, disse que está tomando antibiótico para tosse por causa da contaminação pela fumaça. Ela mora perto dos limites da Flona de Brasília.
O fogo no local foi controlado na semana passada, mas ainda há fuligem sendo espalhada pelo vento e entrando nas casas. Na manhã desta segunda-feira (16), Alves limpava a garagem da sua casa.
"Moro aqui há 30 anos. Sempre pega fogo na época da seca, mas nunca vi nada parecido", diz ela.
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