Fã é levada de clínica psiquiátrica e presa por perseguir Débora Falabella

"A paciente é portadora de distúrbios de origem psíquica, tendo começado a ter crises em 2013, sendo inclusive aposentada por invalidez pelo INSS", declarou à Justiça o advogado Luciano Cavalcanti, que a representa.

O advogado afirma que, durante os períodos de surto, a fã não faz distinção do que é verossímil. Segundo ele, a mulher tinha uma verdadeira idolatria pela atriz, que virou uma certa obsessão. "Ela viajava para ver suas peças e sentiu uma necessidade de se aproximar da Débora Falabella."

No pedido de habeas corpus, ele declarou que a decretação da prisão é ilegal e um abuso de poder e que em nada ajudará no tratamento da paciente. Ressaltou que, na clínica, ela passava por tratamento psiquiátrico intensivo.

"Prender uma pessoa internada para tratamento psiquiátrico, direcionando-a para uma unidade prisional, chega a ser desumano", declarou o advogado à Justiça.

De acordo com um boletim de ocorrência registrado pela atriz em julho de 2022, a "perseguição" começou em 2015 quando a fã invadiu o seu camarim.

"Esclarece a vítima que há muitos anos a fã a persegue, enviando cartas com conteúdo estranho e ultimamente a perturba em seu local de trabalho, qual seja, teatro e afins sempre com escândalos e tentando aproximação a todo custo", diz o boletim de ocorrência.

O registro policial foi feito após a mulher, de acordo com o relato da atriz, ter tentado entrar no edifício em que ela mora. "Informa a vítima que está bastante temerosa por sua integridade psicológica e física, bem como de seus familiares e amigos", diz o boletim.

A mulher foi denunciada pelo Ministério Público.

A ordem de prisão foi dada após a fã ter descumprido uma determinação judicial, procurando a atriz novamente por telefone e mensagens de texto. A Justiça levou em conta também o fato de ela não ter se submetido a um exame psicológico como havia sido determinado.