Tales Faria

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Faixa de Gaza é um gueto sob ataque de bombas

A Faixa de Gaza tem cerca de 400 quilômetros quadrados e uma população de 2,3 milhões de pessoas. Salvador tem aproximadamente o dobro desse tamanho para uma população semelhante. Ou seja, a densidade populacional na Faixa de Gaza é o dobro da de Salvador.

Soltar bombas na Faixa de Gaza é como se alguém bombardeasse um bairro de São Paulo ou do Rio de Janeiro. Não há como não atingir civis.

Temos então, atos bárbaros de terrorismo injustificável praticados pelo Hamas. Atos indescritíveis, inaceitáveis, horrendos. E temos uma reação que, segundo a Organização das Nações Unidas, já destruiu hospitais em Gaza, matou pacientes e enfermeiras.

Nos quatro primeiros dias, já houve pelo menos de 900 a 1.000 mortos de cada lado dessa guerra.

Não dá para justificar o terrorismo. Não dá para justificar ataques a civis praticados pelo Hamas e revidados pelo Estado de israel.

Nada disso é aceitável. Não se trata de relativizar o erro de um lado em favor do outro ou vice-versa. Guerras são sempre sujas, horrendas.

Na nota em que protesta contra a ONU, o governo de Israel lembra dos progroms durante a época do império na Rússia. Foram ataques violentos da população não judia contra os judeus. Um horror. A nota também lembrou o holocausto.

São momentos terríveis da história, assim como os guetos do período nazista na Alemanha. Também não dá para transformar uma região como a Faixa de Gaza em um verdadeiro gueto, uma grande prisão a céu aberto durante anos a fio. E o que é pior: um gueto sob ataque de bombas.

Isso tudo tem que acabar!

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Imagem: Arte/UOL

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Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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