Oposição anuncia pedido de impeachment de Moraes, mas teme seu sucessor
É puro jogo de cena o pedido de impeachment anunciado pela oposição contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
A entrevista coletiva de imprensa comandada pelo senador Eduardo Girão (Novo-CE) na tarde desta quarta-feira, 14, teve forte presença de parlamentares bolsonaristas.
Foi apresentada uma lista de mais de dez alegações, como: violação de direitos constitucionais e humanos; violação do devido processo legal; abuso de poder; desrespeito ao código de processo penal com utilização de prisão preventiva como meio de constranger pessoas; entre outros.
Segundo Girão serão recolhidas assinaturas de apoio até o dia 9 de setembro, quando o pedido será formalizado junto à Mesa Diretora do Senado. Até lá a expectativa é por novas reportagens da "Folha de S.Paulo" sobre o assunto que poderão ser incorporadas ao texto.
Mas a verdade contada reservadamente pelos próprios bolsonaristas é que eles não acreditam e nem querem que o impeachment prospere.
Não acreditam porque o próprio presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), já disse que não pretende dar andamento.
Não querem porque, caso Alexandre de Moraes deixe o cargo, seu sucessor será indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
À coluna, um deputado bolsonarista explicou: "O Moraes nem é lulista. Foi indicado para o STF pelo Michel Temer (MDB), que o nomeou, Se for substituído, virá alguém mais próximo do Lula, tipo o Flávio Dino" [atual ministro da Corte e ex-ministro da Justiça de Lula].
Reportagem
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