Urna trava e eleitor se recusa a votar após substituição em Petrópolis (RJ)
Um eleitor da cidade de Petrópolis, na Região Serrana do Rio, filmou a urna eletrônica —o que é proibido— para mostrar que o sistema travou no momento da votação e se recusou a votar novamente após a substituição do equipamento. A informação, que circula nas redes sociais, foi confirmada pelo TRE-RJ (Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro).
O homem, que não teve a identidade revelada, gravou o momento em que ele aperta a tecla "confirma" para finalizar o voto no candidato à presidência Jair Bolsonaro (PL) e a urna não conclui a votação. No vídeo, ele afirma "a urna travou". A filmagem tem sido compartilhada em redes sociais e aplicativos de mensagens.
De acordo com o TRE-RJ, o problema técnico, que aconteceu na seção 311 da Zona Eleitoral 29 no Telemar Mosela, em Petrópolis, foi registrado pelo mesário na ata da seção eleitoral às 14h48 deste domingo (2). A urna foi substituída, mas o eleitor se recusou a aguardar o procedimento de troca e não votou novamente.
Ainda segundo o TRE-RJ, os votos só são registrados quando a mensagem "Fim" aparece na tela da urna.
É proibido filmar. Não é permitido levar celular para a cabine de votação. A medida tem como objetivo preservar o sigilo do voto, garantido pela Constituição Federal. O eleitor deve deixar o celular com o mesário junto com seu documento de identificação no momento de se dirigir à cabine de votação, e pegar em seguida.
O que fazer? Em caso de problema técnico na urna eletrônica, é necessário comunicar o presidente da mesa para adotar as medidas de contingência. Veja quais são:
Reiniciar a urna eletrônica: em caso de problemas, segundo o TSE, basta o presidente da mesa, na frente de todos os fiscais, reiniciar o equipamento. De acordo com o Tribunal, as informações contidas nos cartões de memória, como os votos computados, não sofrem alteração por causa deste procedimento;
Reposicionamento do cartão de memória: cada urna conta com dois cartões de memória, um externo e outro interno. Os dois armazenam as informações dos candidatos e dos votos computados na urna. Durante a votação, o cartão externo pode sofrer alguma falha ou não ter sido plugado corretamente. Neste caso, o presidente da mesa reposiciona o cartão de memória externo e observa se a urna voltará a funcionar normalmente;
Substituição do cartão de memória externo: caso o problema persista, o cartão de memória externo deve ser substituído. O TSE deixa alguns equipamentos de contingência justamente para serem usados em caso de falhas. O cartão externo funciona como backup do interno. Caso esse procedimento seja feito, o presidente da mesa desliga a urna eletrônica e faz a substituição do cartão. Quando for ligada, a urna detecta a troca do cartão de memória e copia o conteúdo do cartão interno para o externo. Assim, a eleição continua da mesma forma;
Substituição de urna: caso a troca do cartão de memória não seja suficiente, a urna eletrônica poderá ser trocada. O TSE deixa alguns equipamentos de reserva justamente para casos como esse. Ao substituir a urna, a nova recebe o cartão de memória externo da defeituosa. Ao ser ligada, o cartão externo envia para o interno as informações, sem risco de perda de qualquer informação, como os votos computados pelos eleitores. Neste domingo (2), 3.222 urnas foram substituídas durante a votação em todo o país.
Voto em papel: caso todas as medidas mencionadas acima sejam feitas e o problema da urna não seja resolvido, a votação passa a ser feita em cédulas de papel. Segundo o TSE, a cédula contém o nome dos cargos e os espaços para completar com os números do(a) candidato(a). Os votos registrados nas urnas defeituosas são recuperados pela junta eleitoral, em um sistema desenvolvido pela Justiça Eleitoral.
Saiba mais sobre a urna eletrônica e processo eleitoral:
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