Policial do Bope e dois suspeitos são mortos em operação em morro do Rio
O subtenente do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) Marco Antônio Gripp e dois suspeitos de tráfico de drogas morreram durante operação na manhã desta sexta-feira (20) no morro da Covanca, na Praça Seca, zona oeste do Rio de Janeiro.
De acordo com a PM, houve confronto entre traficantes e policiais na mata que cobre a área. Nos últimos dias, traficantes de facções rivais têm entrado em conflito em favelas da região.
De acordo com o major do Bope Ivan Blaz, um dos mortos em confronto é o suposto traficante conhecido como Xuxa. Ainda segundo o major, ele seria o segundo na hierarquia do tráfico do Lins. Um fuzil e uma pistola foram apreendidos na operação.
Ainda segundo o major, o grupo de cerca de 60 traficantes estava, nos últimos dias, morando na mata. "Eles montaram acampamento, estavam vivendo lá. Aquele maciço é uma área estratégica porque dá acesso a vários bairros da zona norte e oeste da região como Méier, Tijuca, Jacarepaguá, Itanhangá. Dominando aquela área, eles poderiam controlar a venda de drogas em boa parte da cidade", disse Blaz.
Grupamentos do COE (Comando de Operações Especiais) foram também para as comunidades São José Operário e Bateau Mouche, na mesma região. Os agentes do Bope e do Choque buscam combater os criminosos que disputam a região após a prisão de milicianos que dominavam o local.
Segundo a Polícia Militar, bandidos do Complexo do Lins, na zona norte da cidade, tentam invadir as comunidades da Praça Seca. Os criminosos partem do Lins e passam pelo o Morro do Dezoito, em Água Santa, para chegar à Covanca, em uma caminhada por mais de quatro horas numa trilha que liga as comunidades.
O 3º BPM (Méier) está nesta sexta-feira em operação no complexo do Lins. Ainda não há informação de prisões ou apreensões.
O Bope fez uma operação no Dezoito nesta quinta-feira (19), sem presos ou apreensões de drogas e armas.
Dois presos e um ferido
Na última quarta-feira (18), terminou com dois suspeitos presos e um morto a operação policial do 3º BPM (Méier), no Dezoito, em Água Santa. O tiroteio assustou moradores da região e deixou muitas pessoas sem ter como entrar em casa durante o confronto.
Três granadas, dois revólveres, uma pistola 9 mm e um fuzil foram apreendidos na operação, além de quantidade de droga não contabilizada. O caso foi registrado na 24ª DP, para onde os presos e o material apreendido foram levados.
A ação policial começou no início da manhã de quarta e continuou ao longo de todo o dia. Crianças que se encaminhavam para as escolas do bairro corriam para fugir do confronto. Adultos procuravam locais para se proteger do fogo cruzado.
Dois suspeitos foram presos, segundo a PM, no interior do Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca. De acordo com os policiais, eles foram baleados durante o confronto e buscaram atendimento na unidade, onde foram encontrados. Ainda segundo a PM não houve tumulto no hospital.
Um homem conhecido como Ratinho foi morto no confronto. A polícia afirma que ele era o segurança do gerente geral do Dezoito, conhecido como “GG”.
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Mortos na Maré
O último registro de morte de policial do Bope no Rio havia sido em junho, no Complexo da Maré, na zona norte da capital, dando início a uma operação que terminou com dez pessoas morrtar durante uma troca de tiros entre traficantes e policiais militares do batalhão.
Formado por 15 comunidades com 130 mil moradores, o Complexo da Maré é dominado por duas facções de traficantes de drogas e uma milícia. Cortado pelas três principais vias expressas do Rio (avenida Brasil e Linhas Vermelha e Amarela), o conjunto de favelas é rota obrigatória para quem chega ao Rio pelo Aeroporto Internacional Tom Jobim, na Ilha do Governador, e precisa se deslocar para o centro, a zona sul ou à Barra da Tijuca, na zona oeste.
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