PF não está na investigação da morte de Marielle, diz chefe da Polícia Civil
O chefe da Polícia Civil do Rio, Rivaldo Barbosa, afirmou nesta quinta-feira (15) que as investigações sobre o assassinato da vereadora carioca Marielle Franco (PSOL) estão sob sigilo e que a PF (Polícia Federal) não está no caso.
"Temos nossos protocolos estabelecidos. Quem quiser nos ajudar, recebermos ajuda de qualquer instituição, mas a Polícia Civil do Rio tem capacidade para resolver esse caso”, disse Barbosa após reunião com o deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL-RJ).
Mais cedo, o presidente Michel Temer (MDB) e o ministro Raul Jungmann (Segurança Pública) disseram que a PF estava à disposição do interventor Braga Netto para ajudar na investigação.
“Vamos dar resposta a esse crime bárbaro que não vai ficar impune. Todos aspectos envolvendo a investigação estão sob sigilo", afirmou Barbosa.
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A principal linha de investigação da polícia aponta para um homicídio doloso (quando há intenção de matar). A possibilidade de que o crime tenha sido uma tentativa de latrocínio (roubo seguido de morte) é considerada remota, segundo um investigador ouvido pelo UOL.
O chefe da Polícia Civil também anunciou a mudança da cúpula da Divisão de Homicídios. Quem assume a diretoria da capital é o delegado Giniton Lages, que era da Divisão de Homicídios da Baixada, e o delegado Fábio Cardoso assumirá a diretoria geral da divisão.
"Todas as investigações serão organizadas pelo delegado Giniton. Vamos fazer tudo para dar resposta a esse caso gravíssimo. A presença do Freixo demonstra confiança que ele tem na Polícia Civil do Rio de Janeiro. Marielle além de todas as características que ela tem era minha amiga", afirmou.
Após o encontro, Freixo voltou a ressaltar que Marielle não recebeu nenhuma ameaça. "Nos falamos na terça. Ela não falou nada. Isso nos pegou de surpresa", disse o deputado, que trabalhou com a vereadora por dez anos na Comissão de Direitos Humanos.
"Falar em direitos humanos não é ser contra a polícia. Pelo contrário", acrescentou Freixo.
No último sábado (10), Marielle fez uma denúncia em seu perfil nas redes sociais contra policiais do 41º BPM (Batalhão da Polícia Militar) de Acari. Segundo a vereadora, o batalhão estaria “aterrorizando e violentando moradores de Acari”.
Dados do ISP (Instituto de Segurança Pública) indicam que o batalhão registrou por volta de 450 mortes nos últimos cinco anos. Trata-se do maior índice de letalidade do Estado do Rio de Janeiro durante o período.
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