Brumadinho: Corpos do pai e filha que ficaram em pousada são reconhecidos
A advogada Camila Taliberti Ribeiro da Silva, 33, e o pai dela, Adriano Ribeiro da Silva, 60, tiveram seus corpos reconhecidos nesta sexta-feira (1º) como mais duas vítimas do rompimento da barragem da Vale, em Brumadinho (MG), ocorrido há uma semana.
Os dois estavam hospedados na pousada Nova Estância, acompanhados do arquiteto Luiz Taliberti Ribeiro da Silva, 31, que teve seu corpo identificado na última quarta. Luiz e Camila são filhos de Adriano com Helena Taliberti. Os três estavam hospedados ainda com a noiva de Luiz, Fernanda Damian, 30, e a mulher de Adriano, Maria de Lourdes Bueno, 59, que seguem desaparecidas.
A história da família tomou os holofotes da tragédia pois os noivos Luiz e Fernanda, que moravam na Austrália, vieram ao Brasil para anunciar aos familiares que Fernanda estava grávida de quatro meses de um menino, que se chamaria Lorenzo. Um das últimas postagens de Luiz no Facebook mostra o anúncio do noivado do casal.
Amigos e familiares publicam mensagens e fotos com Luiz desde o desaparecimento do arquiteto e de sua família. Colega de Luiz e morador da Austrália, Thomas Deuel escreveu texto emocionado ao descobrir que o corpo do amigo fora reconhecido.
"São tantas recordações, tantos bons momentos. A gente saiu de casa para poder achar uma nova casa, uma nova família, uma nova história... Foram tantas surpresas nos últimos meses, nossas ligações cheias de novidades, né? Nossa, a vida é um sopro. Obrigado por tudo, foram lindos os nossos quase 12 anos né, Lu (o fera)? E, claro, nossos três juntos Fer (mama)", escreveu.
Além de Adriano e seus dois filhos, outra família também já está entre as vítimas. Os donos da pousada onde estavam Adriano, Camila e Luiz foram encontrados no início desta semana. Os empresários Márcio Paulo Barbosa Pena Mascarenhas e Cleosane Coelho Mascarenhas, donos do Nova Estância, e o filho Márcio Coelho tiveram os corpos identificados entre domingo e terça-feira.
Até esta tarde, foram contabilizados 110 mortes, sendo 71 corpos identificados. Segundo a Defesa Civil de Minas Gerais, 238 pessoas estão desaparecidas.
*Colaborou Lucas Sarti, em São Paulo
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