Reféns em shopping foram libertados, diz governo queniano
O Ministério do Interior do Quênia informou na noite desta segunda-feira (23) que está no controle do shopping de Nairóbi, na capital queniana, após três dias do ataque terrorista que provou a morte de ao menos 62 pessoas.
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Segundo o governo queniano, todos os reféns do grupo armado foram libertados."Acreditamos que todos os reféns foram evacuados, mas não queremos correr nenhum risco", disse o porta-voz do governo Manoá Esipisu.
"As forças especiais estão fazendo seu trabalho e, sim, eu acho que estamos perto do fim." Segundo ele, os militares fazem uma última varredura no local à procura de pessoas que tenham por ventura ficado para trás.
As luzes do shopping foram cortadas para dificultar a ação dos terroristas. Até o momento, de acordo com o Ministério do Interior, 10 suspeitos foram presos para prestar depoimento à polícia.
O chefe do Serviço Civil, Francis Kimemia, relatou que não é a duração da operação que importa, "mas o processo final e a conclusão da ação" contra os terroristas.
O governo queniano fez ainda um apelo para que a população tenha calma e fique atenta. "Estamos juntos com todos aqueles afetados pela dor e pela tristeza", ressaltou o vice-presidente, William Ruto.
O ataque
O grupo islâmico Al-Shabab assumiu a autoria da ação e disse ser um revide à presença militar queniana em seu país.
O grupo entrou no shopping center por volta de meio-dia (6h em Brasília) de sábado (21), atirando granadas e disparando com fuzis automáticos. Centenas de frequentadores do centro comercial conseguiram fugir do local; outros vários se esconderam onde puderam: cinema, supermercado, lojas.
O ataque é o maior no Quênia desde que uma célula da Al Qaeda no leste da África bombardeou a embaixada dos Estados Unidos em Nairóbi em 1998, matando mais de 200 pessoas. Em 2002, a mesma célula militante atacou um hotel israelense e tentou derrubar jatos israelenses em um ataque coordenado.
Entre as vítimas do ataque estão cidadãos norte-americanos, britânicos, franceses e de países asiáticos, uma vez que o Westgate Mall é bastante frequentando por turistas, estrangeiros que trabalham no país e quenianos de alto poder aquisitivo. As autoridades ainda não divulgaram uma lista completa com os nomes das vítimas.
A França divulgou que as duas vítimas de nacionalidade francesa confirmadas eram mãe e filha e foram mortas no estacionamento do centro comercial.
"Duas de nossas compatriotas foram covardemente atacadas, executadas no estacionamento do shopping quando chegavam para fazer compras", disse Hélène Conway-Mouret, ministra encarregada de cidadãos franceses no exterior.
O ministro da Defesa do Reino Unido, Philip Hammond, também confirmou a morte de seis britânicos. "O número de vítimas britânicas [que era quatro] aumentou para seis", disse Philip Hammond, acrescentando que ainda "é possível que outros cidadãos britânicos sejam encontrados depois que o centro comercial estiver totalmente em segurança".
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