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Em meio a crise econômica, Venezuela cria vice-ministério da Felicidade Social

Segundo Maduro, nova pasta irá atender demandas da população - Miguel Gutiérrez/EFE
Segundo Maduro, nova pasta irá atender demandas da população Imagem: Miguel Gutiérrez/EFE

Do UOL, em São Paulo

25/10/2013 09h45

Em meio à crise econômica e a uma inflação alta, o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, anunciou na quinta-feira (24) a criação do vice-minstério para a Suprema Felicidade Social. A nova pasta tem a responsabilidade de coordenar programas de assistência social desenvolvidos pelo Executivo.

"Decidi criar o gabinete do vice-ministério - e chamei-o assim em honra ao nosso comandante [Hugo] Chávez e de [Simón] Bolívar - para a Suprema Felicidade Social do povo venezuelano, de coordenação das missões [programas de assistência social]", disse Maduro.

Em pronunciamento transmitido pelas televisões venezuelanas, do palácio presidencial de Miraflores, o presidente explicou que o novo vice-ministério terá a atribuição de atender exigências, reclamações e necessidades da população, entre ela idosos e crianças".

Maduro completa seis meses no poder numa Venezuela em crise

  • O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, completou seis meses de governo. Ele prometeu continuar a batalha contra o que considera uma sabotagem econômica. Mas o cenário político no país parece cada vez mais dividido.

Segundo Maduro, o novo organismo terá como chefes o ex-deputado socialista Rafael Rios, Júlio César Alviarez, "médico do comandante Chávez", e Absalón Méndez, também médico.

Nos últimos 14 anos, o governo venezuelano criou mais de 30 programas de assistência social, conhecidos como "missões, que incluem desde o combate ao alfabetismo aos cuidados com idosos e desabrigados.

Na quarta-feira (23), Maduro havia anunciado a criação do "Dia da Lealdade ao Legado de Chávez e do Amor à Pátria" que será celebrado em 8 de dezembro.

A data, além de ser marcada pela última aparição pública do ex-presidente Hugo Chávez, também coincide com as eleições municipais do país. Segundo especialistas, o pleito funcionará como uma espécie de referendo para avaliar o governo de Maduro.

A Venezuela já tem outros três feriados chavistas. Em 28 de julho, o país celebra o aniversário de Chávez, dia 8 de agosto os venezuelanos homenageiam a entrada do ex-presidente no Exército, e em 4 de fevereiro, a Venezuela comemora o golpe contra o ex-presidente Carlos Andrés Perez.

A Venezuela vem enfrentando uma grave crise econômica, com uma das inflações mais altas da América Latina, que alcançou 49,4% ao ano em setembro, cifra recorde em 13 anos.

A crise econômica se aprofundou neste ano, com contínuas altas nos preços dos alimentos e escassez de alguns produtos.

Maduro denunciou nos últimos meses uma suposta "guerra econômica" de setores privados ligados à oposição que estaria afetando os indicadores na Venezuela a fim de provocar revoltas sociais contra o governo.

O presidente solicitou no dia 8 de outubro poderes especiais à Assembleia Geral a fim de decretar leis em matéria de combate à corrupção e a "guerra econômica". (Com Agência Brasil e AFP)