Outros três acidentes aéreos aconteceram no dia 17 de julho; saiba mais
Um avião de passageiros da Malaysia Airlines com 298 pessoas caiu nesta quinta-feira (17) na Ucrânia, na região de fronteira com a Rússia. O acidente, no entanto, não foi o primeiro desastre aéreo nesta data. Outros três aviões caíram nos dias 17 de julho de 1996, 2000 e 2007.
17 de julho de 1996 - Voo 800 TWA
O voo 800 da TWA (Trans World Airlines) decolou do aeroporto JFK, em Nova York, nos Estados Unidos, pouco depois das 20h do dia 17 de julho de 1996 e explodiu alguns minutos depois. Todas as 230 pessoas a bordo morreram.
As investigações apontaram um curto circuito no sistema elétrico do tanque de combustível de uma das asas como a causa da explosão. Na ocasião, vários boatos surgiram de que uma bomba havia sido plantada na aeronave ou de que o avião tivesse sido atingido por um míssil.
O presidente do NTSB (Painel Nacional de Segurança nos Transportes), órgão norte-americano responsável pela área, Jim Hall, afirmou na ocasião que o avião não foi alvo de sabotagem. "Se tivéssemos achado indícios disso, teríamos informado imediatamente as autoridades competentes para que as medidas apropriadas fossem tomadas", declarou.
17 de julho de 2000 - Voo 7412 Alliance Air
O voo 7412 da Alliance Air ia de Calcutá até Nova Déli, na Índia, com escalas em Patna e Lucknow. O avião caiu e explodiu a 2 km do aeroporto de Patna, matando 55 pessoas. Das 58 pessoas a bordo, só sete sobreviveram ao acidente. O avião caiu em cima de duas casas e ainda matou quatro moradores.
Segundo testemunhas, um dos motores da aeronave, que tinha 20 anos de uso, pegou fogo antes da aterrissagem no aeroporto de Patna. O acidente reacendeu o debate sobre o uso de aviões com mais de 15 anos.
De acordo com o banco de dados da Aviation Safety Network, a provável causa do acidente foi um erro humano. O piloto teria perdido o controle da aeronave por não seguir os procedimentos da forma correta.
17 de julho de 2007 - Voo JJ 3054 TAM
Um Airbus A320 que fazia o voo JJ 3054 da TAM não conseguiu pousar na pista principal do aeroporto de Congonhas no dia 17 de julho de 2007. Sob chuva, a aeronave ultrapassou os limites do aeroporto, atravessou a avenida Washington Luiz --chegando a tocar em um táxi durante o trajeto-- e acabou se chocando contra um prédio da TAM Express. Uma explosão e um grande incêndio seguiram a colisão. Na ocasião, 199 pessoas morreram, no pior desastre da história da aviação brasileira.
Todos os passageiros do voo, que vinha de Porto Alegre, morreram, além de funcionários da TAM Express que estavam no prédio e pessoas que passavam pelo posto de gasolina ao lado.
Na ocasião, uma série de especulações surgiram desde situações inadequadas no aeroporto até imprudência do piloto. No entanto, a investigação da Aeronáutica concluiu que o avião acelerou em vez de frear - um dos reversores (dispositivo que ajuda a frear) estava inoperante. Desde então, a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) proibiu que aviões com reversores nessa situação pousassem em Congonhas.
O acidente resultou em um processo criminal movido pelo Ministério Público contra três pessoas, dois ex-dirigentes da TAM e Denise Abreu, então diretora da Anac. A sentença deve sair neste ano.
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