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Marcha na França contra terrorismo terá 45 líderes mundiais e reunirá 1 milhão

Do UOL, em São Paulo

10/01/2015 18h51Atualizada em 10/01/2015 20h54

Convocada para este domingo (11) após os atentados terroristas que fizeram 17 mortos na França, a Marcha Republicana poderá reunir em Paris cerca de 1 milhão de pessoas, segundo estimativa do governo do país. Confirmaram presença 45 líderes de várias nações, entre eles a chanceler alemã Angela Merkel, o premiê britânico David Cameron e o premiê israelense Benjamin Netanyahu.

A manifestação foi convocada após o assassinato de 10 jornalistas e cartunistas da publicação satírica "Charlie Hebdo" e de dois policiais na quarta-feira (7), e de mais cinco pessoas nos dias seguintes – uma policial municipal e quatro clientes de um mercado judaico. O presidente francês, François Hollande, acompanhará o ato.

O objetivo da marcha é repudiar o terrorismo e reforçar a defesa dos valores republicanos, como a liberdade de expressão e de opinião. A passeata, assim como outras organizadas em várias cidades francesas, terá ainda a presença de  autoridades sindicais e religiosas, além de personalidades do mundo artístico e intelectual.

Neste sábado (10), cerca de 700 mil pessoas saíram às ruas em várias cidades francesas para homenagear as vítimas dos atentados.

O ministro do Interior da França, Bernard Cazeneuve, disse que adotou "todas as medidas" necessárias para garantir a segurança da passeata deste domingo na capital.

No total, serão mobilizados 5.500 homens, entre policiais e soldados, inclusive 2.200 agentes encarregados de proteger a manifestação diretamente e os militares encarregados do restante da aglomeração parisiense, no âmbito do plano antiterrorista Vigipirate.

Veja abaixo algumas das personalidades internacionais que confirmaram presença:

Governantes 

Do lado europeu, a chanceler alemã Angela Merkel, o primeiro-ministro britânico David Cameron, os chefes de governo espanhol Mariano Rajoy, e italiano, Matteo Renzi, o presidente da Comissão Europeia Jean-Claude Juncker, o presidente do Parlamento Europeu Martin Schulz e o presidente do Conselho Europeu Donald Tusk estarão lado a lado com o presidente francês, François Hollande.

O líder da oposição socialista espanhola, Pedro Sánchez, também participará da marcha.

Também estarão presentes, entre vários outros grupos, o presidente ucraniano, Petro Poroshenko, a presidente da Confederação suíça, Simonetta Sommarugale, os chefes de governo grego Antonis Samaras, o português Pedro Passos Coelho, o húngaro Viktor Orban, e o turco Ahmet Davutoglu, além dos ministros das Relações Exteriores russo, Serguei Lavrov, israelense Avigdor Lieberman e dos Emirados Árabes Abdalá ben Zayed al Nahyan.

A presidente Dilma Rousseff será representada pelo embaixador do Brasil na França, José Bustani.

Dos Estados Unidos irá o procurador-geral de Justiça, Eric Holder, e do Canadá, o ministro de Segurança Pública, Steven Blaney. Também irá a Paris o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg.

A embaixada israelense em Paris confirmou a presença do premiê israelense Benjamin Netanyahu. O presidente palestino Mahmoud Abbas também deve comparecer.

A África será representada, entre outros, pelo presidente do Mali, Ibrahim Boubacar Keïta, pelo gabonês Ali Bongo e pelo nigeriano Mahamadou Issoufou.

O rei da Jordânia, Abullah II, e sua esposa, a rainha Rania, também confirmaram presença.

Políticos franceses

Além do presidente Hollande, estarão presentes o premiê Manuel Valls, além de vários ministros. Também participarão o ex-presidente Nicolas Sarkozy e vários ex-primeiros-ministros, assim como dirigentes de partidos de quase todo o espectro político francês.

O partido de extrema-direita, Frente Nacional, se sentiu excluído da "marcha republicana", mas vários de seus líderes afirmaram que vão se manifestar nas cidades onde ocupam cargos eletivos.

Outros participantes

Também participarão da marcha várias organizações de direitos humanos ou contra o racismo, além da ONG Repórteres sem Fronteiras.

Estarão presentes, ainda, autoridades religiosas francesas, judaicas, cristãs e muçulmanas. Entre elas, o Conselho Francês de Culto Muçulmano (CFMC), uma instância que representa o Islã na França, assim como o UOIF, próximo à Irmandade Muçulmana, que exortou "os cidadãos de fé muçulmana a comparecer maciçamente" às marchas.

Também está prevista a participação da organização Inter-LGBT, de defesa dos direitos dos homossexuais.

Pierre Lescure, presidente do Festival de Cannes, Stéphane Lissner, diretor da Ópera de Paris, Eric Ruf, administrador da Comédie-Française, e o escritor franco-marroquino Tahar Ben Jelloun também irão à marcha. (Com agências internacionais)

Veja momento da invasão policial em Paris