Guerra Rússia x Ucrânia hoje: o que se sabe até agora
No décimo dia da invasão à Ucrânia, a Rússia declarou um cessar-fogo de cinco horas em Mariupol para permitir a saída de civis, mas é acusada por autoridades ucranianas de não interromper os bombardeios na região.
O governo russo, por sua vez, afirma que "nacionalistas ucranianos" e "unidades de combate neo-nazistas" em Mariupol estariam barrando a saída de civis para usá-los como escudos humanos contra as tropas de Vladimir Putin na região.
Na madrugada, ataques foram registrados em Mariupol, Chernihiv, localizada no norte da Ucrânia, e em Markhalivka, ao sul da capital Kiev.
Uma ministra do governo da Ucrânia disse que a Rússia aproveitou o anúncio de cessar-fogo para avançar em direção a Mariupol, uma cidade estratégica, próxima da península da Crimeia e da região separatista pró-Rússia de Donbass.
A previsão é que uma nova rodada de negociações — a terceira — entre Rússia e Ucrânia aconteça na próxima segunda-feira (7).
Confira o que se sabe até agora sobre a situação envolvendo Rússia e Ucrânia:
- O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse que as sanções ocidentais contra o país são semelhantes a uma declaração de guerra e alertou que qualquer tentativa de impor uma zona de exclusão aérea na Ucrânia equivaleria a entrar no conflito, com consequências "catastróficas";
- O negociador ucraniano David Arahamia afirmou que a terceira rodada de negociações com a Rússia envolvendo o conflito ocorrerá na próxima segunda-feira (7). Ainda não há mais detalhes sobre a reunião;
- O primeiro-ministro de Israel, Naftali Bennett, visitou hoje Vladimir Putin, em Moscou, para conversarem sobre a guerra e, depois, falou ao telefone com o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, segundo a agência de notícias Reuters. Detalhes sobre as conversas, porém, não foram reveladas até o momento;
- Pela manhã, a Rússia anunciou a abertura de dois corredores humanitários para a saída de civis das cidades de Mariupol e Volnovakha. A Prefeitura de Mariupol confirmou a operação, mas, horas depois, adiou a retirada de civis ao acusar a Rússia de manter os bombardeios na cidade e nos arredores;
- Uma ministra do governo da Ucrânia disse que a Rússia aproveitou o anúncio de cessar-fogo para avançar em direção a Mariupol;
- Após o fim do cessar-fogo, o exército da Rússia retomou a "ofensiva" contra duas cidades cercadas do sudeste da Ucrânia, incluindo o porto estratégico de Mariupol, informou o Ministério da Defesa russo. A decisão foi tomada "devido à falta de vontade do lado ucraniano de influenciar os nacionalistas ou prolongar o cessar-fogo", alegou o governo de Putin;
- Antes da decisão de adiar a retirada de civis, o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, pediu que, quem pudesse, ficasse em Mariupol para lutar contra a ofensiva russa;
- Durante a madrugada, Mariupol, Chernihiv e Markhalivka, ao sul de Kiev, foram alvos de bombardeios da Rússia;
- O Ministério da Defesa do Reino Unido informou que quatro cidades estão cercadas por tropas russas: Mariupol, Chernihiv, Kharkiv e Sumy;
- A cidade de Volnovakha, na Ucrânia, também estava prevista para contar com um corredor humanitário, mas somente cerca de 400 moradores do local e de cidades vizinhas puderam ser retirados hoje, segundo o chefe da Administração Militar Regional de Donetsk, Pavlo Kirilenko. A expectativa inicial do governo ucraniano era de que 15 mil pessoas fossem evacuadas de Volnovakha;
- A ONG Médicos Sem Fronteiras publicou relato escrito de um de seus membros, não identificado no texto, em que afirma faltar água, comida, energia, aquecimentos, remédios e rede de celular em Mariupol;
- A administração da cidade de Mykolaiv, no sul da Ucrânia, disse hoje que as forças ucranianas retomaram seu controle, expulsaram ocupantes russos e apreenderam o equipamento inimigo. Segundo Vitaly Kim, governador de Mykolaiv, há feridos e mortos após confrontos, mas ainda não era possível informar o número de vítimas. A Rússia não soltou novas informações sobre a situação na cidade após as declarações;
- O ministro da Defesa da Ucrânia, Oleksii Reznikov, disse que mais de 66 mil ucranianos retornaram ao país para lutar contra a Rússia;
- A Zara e a Samsung anunciaram o encerramento de suas atividades na Rússia;
- Mais de 1,3 milhão de pessoas já fugiram da Ucrânia desde o início do conflito com a Rússia, informou a ONU (Organização das Nações Unidas). A previsão é que esse número chegue a 1,5 milhão até o fim deste domingo;
- A ONU também informou que há pelo menos 351 mortes confirmadas de civis na Ucrânia desde que as tropas russas invadiram o país em 24 de fevereiro, além de outros 707 feridos, embora os verdadeiros números sejam provavelmente "consideravelmente maiores";
- Milhares de pessoas protestaram em Londres, Paris, Roma e Zurique para pedir o fim da guerra;
- Aumenta o número de empresas de notícias que suspendem serviços de jornalismo na Rússia.
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