Rússia x Ucrânia: 11º dia tem ataques intensos cada vez mais perto de Kiev
O 11º dia de invasão da Ucrânia pela Rússia foi marcado pela intensificação dos ataques em áreas cada vez mais próximas a Kiev, capital do país. Um ponto de evacuação de civis e um aeroporto foram bombardeados.
O primeiro local atacado fica na cidade de Irpin, a apenas 25 quilômetros da capital. A região é o único ponto de evacuação de civis a oeste de Kiev.
Ao menos quatro pessoas da mesma família foram mortas — pai, mãe e duas crianças — afirmaram as autoridades ucranianas. Outras quatro pessoas também foram mortas na cidade, porém as circunstâncias não foram detalhadas.
O aeroporto atacado fica em Vinnytsia, no sudoeste da capital Kiev. Quatro pessoas foram resgatadas dos escombros, uma delas morreu.
Em Kiev, uma barricada livros foi flagrada cobrindo uma janela.
Cessar-fogo fracassa pelo 2º dia
Em Mariupol e Volnovakha, no leste do país, um acordo de cessar-fogo para a retirada de civis foi interrompido pelo segundo dia seguido. De acordo com o chefe da Administração Militar Regional de Donetsk, Pavlo Kirilenko, o comboio para retirada de civis nunca conseguiu deixar Mariupol.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou que a Rússia se prepara para bombardear Odessa, uma cidade estratégia e principal porto da Ucrânia. Em discurso na manhã de hoje, ele disse que o ataque seria um "crime histórico".
Para os EUA, Putin está condenado a perder
Ainda hoje, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, classificou como "bastante críveis" os relatos que dão conta de "crimes de guerra" cometidos pela Rússia durante a invasão da Ucrânia, em entrevista à CNN internacional. O chefe da diplomacia americana fez as declarações na Moldávia, após encontro com autoridades na Polônia e na fronteira com a Ucrânia.
Blinken considerou que a guerra poderia "durar algum tempo" e acrescentou que os EUA estão avaliando as informações sobre o possível crime de guerra. Na sequência, Blinken declarou que o presidente russo Vladimir Putin "estava condenado a perder".
Até hoje, o número de refugiados já passa de 1,5 milhão de pessoas, segundo o alto comissário das Nações Unidas (ONU) para refugiados, o italiano Filippo Grandi, em publicação hoje em seu perfil no Twitter.
Protestos pelo mundo
Ainda hoje houve registros em protestos em diferentes partes do mundo. Um deles ocorreu em Taipei, capital de Taiwan, que acompanha de perto a situação na Ucrânia, diante da ameaça constante de sofrer uma invasão por parte da China. Pequim reivindica soberania sobre a ilha e prometeu tomá-la, mesmo à força.
Na Rússia ao menos 4.300 pessoas foram detidas hoje por participação em protestos contra a invasão à Ucrânia em várias localidades da Rússia, informou a ONG OVD-Info, que monitora as manifestações no país, e a jornalista Hanna Liubakova, com base em informações do Ministério do Interior russo.
Em Bruxelas, cerca de 5.000 pessoas marcharam com bandeiras ucranianas, segundo a polícia da Bélgica. Na Espanha, os manifestantes se concentraram na capital Madri, em Barcelona e em outras cidades para exigir o fim da ofensiva russa.
Em Belgrado, na Sérvia, centenas de pessoas se concentraram para expressar apoio à Ucrânia, dois dias depois de uma manifestação a favor do presidente russo Vladimir Putin e da invasão russa da Ucrânia.
Rússia atacou hospitais e matou profissionais de saúde
A OMS (Organização Mundial da Saúde) informou hoje que a Rússia realizou pelo menos quatro ataques contra hospitais, profissionais de saúde e pacientes na Ucrânia desde o início do conflito, em 24 de fevereiro. Os ataques deixaram pelo menos seis mortos e 11 feridos.
Segundo relatório da OMS, o ataque mais letal aconteceu no primeiro dia da invasão russa à Ucrânia e resultou em quatro mortos e 10 pessoas feridas. O documento diz que foi usada "violência com arma pesada (como armas de fogo, tanques, mísseis, bombas ou morteiros)".
*Com informações da AFP
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