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Soldados não sabiam que estavam atirando em líder do Hamas, diz NYT

Os soldados que mataram o líder do Hamas não sabiam que estavam atirando em Yahya Sinwar nem planejaram o ataque. A informação é do jornal The New York Times.

O que aconteceu

A unidade estava em patrulha no bairro Tel al-Sultan, em Rafah, no sul de Gaza, quando viu três homens fugindo de uma casa para outra. Os soldados israelenses atiraram e Yahya fugiu sozinho para um dos prédios.

Um drone foi acionado para procurá-lo. Neste momento, os israelenses ainda não sabiam que o homem era Sinwar, um dos principais alvos de Israel e mentor dos ataques de 7 de outubro de 2023.

Sinwar foi localizado dentro de um prédio e os militares abriram fogo. Um vídeo divulgado pelas Forças de Defesa de Israel mostram Sinwar sentado e segurando uma tábua de madeira momentos antes de ser morto.

Soldados só desconfiaram que o homem poderia ser Sinwar após uma varredura no local. Ele vestia um colete à prova de balas, tinha uma pistola e 40 mil shekels (cerca de R$ 60,5 mil). Um exame de DNA confirmou sua identidade.

Israel diz que os soldados não estavam na área para uma operação e não tinham informações prévias que Sinwar estava no local. Ele era procurado há mais de um ano por Israel que, com apoio dos Estados Unidos, investiu dinheiro e reuniu uma grande quantidade de informações para tentar localizá-lo.

Quem é Yahya Sinwar

O líder do Hamas tinha 62 anos e nasceu em Khan Younis. Ele se uniu ao grupo extremista em 1987, pouco após a fundação do Hamas.

Pais dele foram alocados para campo de refugiados após criação de Israel. Eles eram moradores de Majdal Askalan, que tornou-se Ashkelon em 1948.

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Condenado a 426 anos de prisão. Sinwar foi preso diversas vezes pelas Forças de Defesa de Israel por envolvimento na captura e no assassinato de soldados israelenses e de palestinos suspeitos de espionagem para o país vizinho.

Ele foi solto em um acordo de troca de prisioneiros em 2011. Durante seus 23 anos preso, ele aprendeu hebraico e se aprofundou em assuntos de política interna do país.

Sinwar assumiu a liderança do grupo em 2017 no lugar de Ismail Haniyeh, morto em Teerã. O antigo líder do grupo extremista foi assassinado no fim de julho, quando cumpria agenda no Irã.

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