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Economia e meio ambiente sofrerão, diz ministro atual sobre fusão de pastas

Edson Duarte é filiado ao Partido Verde e tem trajetória de militância na área ambiental - Wikipedia/Divulgação
Edson Duarte é filiado ao Partido Verde e tem trajetória de militância na área ambiental Imagem: Wikipedia/Divulgação

do UOL, em São Paulo

31/10/2018 13h07

O atual ministro do Meio Ambiente (MMA), Edson Duarte divulgou um manifesto nesta quarta-feira (31) criticando a fusão da pasta com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), confirmada ontem pelo deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS), que articula o governo do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL).

"O novo ministério que surgiria com a fusão teria dificuldades operacionais que poderiam resultar em danos para as duas agendas. A economia nacional sofreria, especialmente o agronegócio, diante de uma possível retaliação comercial por parte dos países importadores", diz o comunicado do MMA distribuído à imprensa no início da tarde desta quarta-feira.

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"Temos uma grande responsabilidade com o futuro da humanidade. Fragilizar a autoridade representada pelo Ministério do Meio Ambiente, no momento em que a preocupação com a crise climática se intensifica, seria temerário. O mundo, mais do que nunca, espera que o Brasil mantenha sua liderança ambiental", diz o texto.

A nota ainda diz que dos 2.782 processos de licenciamento que tramitam atualmente no Ibama, apenas 29 têm relação com a agricultura.

Também hoje, a medida foi criticada pela Frente Parlamentar Ambientalista, que reúne deputados que atuam em questões relacionadas à agenda ambiental.

"Tal iniciativa demonstra falta de visão estratégica sobre um tema tão caro aos brasileiros", diz nota assinada pelo deputado Alessandro Molon (PSB-RJ).

"Além disso, pode prejudicar nossa economia ao criar dificuldades para entrada de produtos brasileiros em mercados relevantes.   Nesse sentido, a Frente Ambientalista tentará demover o governo eleito de dar continuidade a esta proposta", diz.

Derrotada no primeiro turno na disputa pela Presidência, Marina Silva (Rede) também criticou o anúncio. "Estamos inaugurando o tempo trágico da proteção ambiental igual a nada", disse.