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Ex-diretor da Delta terá direito de ficar calado durante depoimento na CPI, diz STF

Do UOL, em São Paulo

25/05/2012 01h40

A ministra Cármen Lúcia Antunes Rocha, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu, nesta quinta-feira (24), liminar que garante ao ex-diretor da Delta Construções, Cláudio Abreu, o direito de permanecer calado durante seu depoimento na CPI do Cachoeira, marcado para o dia 29 de maio.

A liminar também dá a Abreu o direito de ser assistido e de se comunicar com seus advogados durante a sessão e também de “não assinar temos ou firmar compromisso na condição de investigado ou de testemunha”.

Preso desde o dia 25 de abril, durante as Operações Monte Carlo e Saint-Michel, da Polícia Federal, Cláudio Abreu responde a duas ações penais e foi convocado para depor na CPI na condição de testemunha.

Envolvimento com Cachoeira

As operações Monte Carlo e Saint-Michel, investigam, em Brasília, São Paulo, Anápolis e Goiânia, gravações telefônicas que indicam o envolvimento de políticos e empresários com o grupo do também empresário, o goiano Carlos Augusto Ramos, conhecido como Carlinhos Cachoeira, suspeito de envolvimento com jogos ilegais. Cachoeira também está preso no presídio da Papuda, em Brasília, desde a semana passada.

Claudio Abreu aparece nas gravações feitas pela Polícia Federal, em conversas com Carlinhos Cachoeira e outros integrantes do grupo liderado pelo empresário, discutindo o pagamento de propinas e supostas tentativas de fraudes em licitações.