Depoimento na CPI reforça prestígio de Perillo, diz presidente do PSDB
Antes mesmo do fim do depoimento do governador de Goiás, Marconi Perillo, à CPI que investiga o bicheiro Carlinhos Cachoeira, o presidente nacional do PSDB, deputado Sérgio Guerra (PE), afirmou nesta terça-feira (12) que as explicações de seu colega de partido "deixaram com vergonha" os seus críticos e que ele segue "com prestígio" no partido.
"A verdade é que a montanha pariu um rato. As explicações iniciais do governador convenceram a maioria dos membros da CPI. A maioria do que vinha sendo publicado eram ilações, irresponsabilidades que o governador refutou de maneira convincente nesta manhã", afirmou. "O prestígio dele está mantido."
Enquanto isso, o líder do PT na Câmara, deputado Jilmar Tatto (SP), afirmou que pedirá as quebras de sigilo bancário e fiscal do tucano. Contrariando o tom ameno dos questionamentos de petistas durante a sessão, ele afirmou que o oposicionista "falou, falou, falou, mas não disse nada" sobre suas relações com o contraventor.
Perillo negou que Cachoeira e seu braço político, o senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO), influenciassem em decisões de governo. Também reafirmou que vendeu sua casa por R$ 1,4 milhão de forma regular, embora a Polícia Federal suspeite do governador, já que o pagador do imóvel foi um sobrinho do contraventor.
O primeiro parlamentar a questionar o governador, o relator Odair Cunha (PT-MG), deve fazer cerca de 100 perguntas ao tucano. Partidários do goiano estão presentes na sala da CPI e aplaudiram ao fim da fala de abertura de Perillo. Também há opositores que protestam nos corredores do Senado.
Na semana passada, já menos combativos do que de costume na CPI, parlamentares tucanos evitaram questionamentos duros ao empresário Walter Paulo Santiago, suspeito de intermediar a venda da casa de Marconi a Cachoeira, o pivô do escândalo de corrupção.
O deputado Fernando Francischini (PSDB-PR), que semanas atrás acusou o relator Odair Cunha (PT-MG) de ser “tigrão” ao investigar Perillo e “tchutchuca” ao lidar com suspeitas sobre o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), silenciou. Fez o mesmo o senador Alvaro Dias (PSDB-PR). Oposicionistas de outros partidos, no entanto, foram mais duros com o depoente. Esses são os casos dos deputados Ônyx Lorenzoni (DEM-RS) e Rubens Bueno (PPS-PR).
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