Dilma diz que queria "ter um clone" para participar de mais inaugurações
A presidente da República, Dilma Rousseff, afirmou nesta segunda-feira (30) que gostaria de ter um "clone" para que ela pudesse, assim, participar de mais inaugurações de obras no Rio de Janeiro.
Em discurso durante a inauguração de dois conjuntos residenciais do programa Minha Casa, Minha Vida no bairro do Estácio, na zona norte da capital fluminense, a presidente lamentou não poder comparecer a duas cerimônias que vão ocorrer ainda nesta semana.
"Eu, inclusive, sinto não ter um clone. Se eu tivesse um clone, na quarta-feira, eu ia lá inaugurar [uma obra no] morro da Providência. Eu iria, mas não posso. Não tenho um clone. Eu tenho que estar em outro Estado da federação. Ou iria em Friburgo na sexta-feira. Queria muito ir a Friburgo (...)", disse ela, sem entrar em detalhes sobre a natureza das obras que serão entregues.
Dilma ainda voltou a criticar aqueles que, segundo ela, "azararam" a Copa do Mundo. Na visão da presidente, o pessimismo de muitos em relação à realização do Mundial no Brasil não se confirmou.
"Estamos em plena Copa do Mundo. E, na Copa do Mundo, apesar de uma porção de gente azarar... Porque teve gente azarando. Teve gente dizendo que não ia ter Copa. Teve gente dizendo que, se tivesse Copa, seria o caos. Teve gente que falou o seguinte: por que vocês não devolvem a Copa para a Fifa? Parlamentares falaram isso. Senador falou isso", disse.
"Vejam vocês que muita gente azarou essa Copa. Mas nós éramos um time. Um time espalhado pelo Brasil. Nós conseguimos construir os estádios e os aeroportos. (...) Há quatro semanas ou mais, nós inauguramos o BRT Transcarioca. Eu nunca vi uma obra tão bem feita e tão bem cuidada", completou.
'Não vai ter Copa'
Mais cedo, na cerimônia de inauguração do Hospital Estadual dos Lagos, em Saquarema (RJ), a presidente Dilma afirmou que a Copa do Mundo no Brasil está sendo “a Copa das Copas” e que o povo brasileiro “deu uma lição de moral nessa questão do ‘não vai ter Copa’”.
“Disseram que os aeroportos não ficariam prontos. Outros disseram que não teria hotéis. Outros disseram que ia faltar luz. Nada disso aconteceu, e nós estamos de fato fazendo a Copa das Copas”, disse ela. “Nesse processo, tem um grande vencedor: o povo brasileiro, que deu uma lição de moral nessa questão do 'não vai ter Copa'. (...) Demos uma goleada nos pessimistas, uma goleada naqueles que anunciavam o caos. E a Copa está sendo um sucesso no Brasil.”
Ela também falou sobre a parceria com o governo do Estado do Rio de Janeiro, exaltando a gestão do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) e o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB), candidato ao cargo nas eleições de outubro. "Eu quero lembrar que nós estamos nessa parceria há mais de sete anos. E construímos de fato uma parceria republicana. E conseguimos, eu acho, realizar as melhores obras possíveis para a população do Estado do Rio de Janeiro", disse Dilma.
Dilma defende investimentos do governo em estádios para a Copa
"Essa parceria foi feita desde o governo do presidente Lula e do governo do governador Sérgio Cabral. E eu lembro muito bem quando o então presidente Lula nomeou o Pezão o pai do PAC. E isso porque o Pezão era responsável pelas obras de infraestrutura."
O governador também agradeceu a Dilma pelos anos de parceria: "Nós não temos palavras para agradecer. queremos muito continuar com essa parceria com a senhora."
Esta é a primeira vez que a presidente faz uma visita oficial do Rio com agenda junto com Pezão desde que o PMDB fluminense abriu espaço em sua chapa para o candidato do PSDB à presidência da República, Aécio Neves.
Na semana passada, Pezão participou, na casa de Aécio, em Ipanema, da reunião que cedeu a César Maia, do DEM, a vaga ao Senado que antes era do ex-governador Sérgio Cabral.
Durante a semana Pezão mudou o tom de seu discurso ao confirmar que seu palanque terá espaço também para o PSDB. Até então o governador afirmava apenas que era fiel à candidatura de Dilma à reeleição.
Na agenda de Pezão está previsto também a entrega de casas populares construídas em parceria com o governo federal e o lançamento de um edital para a construção de hospitais em Friburgo e Queimados.
Na terça-feira (1º), a presidente vai inaugurar, ao lado de Pezão, o Arco Metropolitano do Rio, obra viária feita também em parceria entre o governo federal e estadual.
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