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Rui Falcão diz que pré-candidatos são 'farinha do mesmo saco' e critica STF

Wellington Ramalhoso

Do UOL, em São Paulo

10/02/2014 21h23

Com críticas à oposição e a ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), o presidente do PT, deputado federal Rui Falcão (SP), aproveitou a festa de 34 anos do partido, nesta segunda-feira (10), em São Paulo, para conclamar a militância do partido a lutar pela reeleição da presidente Dilma Rousseff.

"Hoje é um dia de lembranças e comemoração. Mas é também o início de uma grande jornada. Uma caminhada cheia de percalços, de obstáculos a suplantar, com um objetivo inarredável: reeleger a presidente Dilma Rousseff, para consolidar e fazer avançar o projeto de transformações econômicas, sociais, políticas e culturais, iniciado pelo presidente Lula em 2006", afirmou durante seu discurso. A festa foi realizada no Centro de Convenções do Anhembi, na zona norte de São Paulo.

O dirigente petista citou as manifestações de junho e reconheceu que o povo deseja mudanças, mas com o PT no governo. "Sabemos que a população quer mudanças, e as jornadas de junho de 2013 mostraram isso.  Mas quer mudanças com Dilma, pois não se deixa seduzir por aqueles que falam em mudar, mas nada acrescentam de verdadeiramente novo ou criativo. Muda o Brasil não é quem diz, mas quem sabe fazer."

Falcão não citou nominalmente as pré-candidaturas do senador Aécio Neves (PSDB) e do governador Eduardo Campos (PSB), mas fez referências claras a eles, igualando os dois projetos. "Um de seus braços eu chamo de 'neopassadismo' e o outro é algo tão politicamente obtuso que só um neologismo pode defini-lo. Passo a chamá-lo de 'novovelhismo'. O 'neopassadismo' e o 'novovelhismo' parecem farinha do mesmo saco. Assemelham-se em quase tudo."

Dilma discursou logo depois. A presidente disse que a oposição tem a "cara de pau" de dizer que o modelo petista se esgotou. Ela defendeu sua gestão e a continuidade do PT no governo e declarou que tem "energia e disposição para fazer mais".  

Mensalão

Rui Falcão também fez referência ao mensalão e criticou ministros do STF, sem citar nomes. "Somos obrigados agora a assistir ao absurdo de ver membros da mais alta Corte do país que prejulgam insultando; suspeitam caluniando, e agridem com uma gratuidade tão espantosa que parece estarmos vivendo em outro país. Uma Corte não é um partido político nem uma torcida organizada. Se ela começa a se transformar nisso, pode vir até mesmo a instaurar um novo tipo de terrorismo de Estado. Um membro de uma Corte não pode ter atitudes extremas, inconsequentes e exacerbadas, pois por sua própria natureza o Poder Judiciário deve ser o mais equilibrado e muito especialmente mais justo, como infelizmente não tem sido com nossos companheiros condenados no curso na Ação Penal 470."