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Justiça nega habeas corpus para 11 investigados da operação Lava Jato

Mariana Branco

Da Agência Brasil

16/11/2014 13h31

A Justiça Federal negou pedidos de liberdade para 11 investigados da Operação Lava Jato entre sábado (15) e domingo (16). A desembargadora Maria de Fátima Freitas Laberrère, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, de Porto Alegre, indeferiu habeas corpus para cinco pessoas ontem e mais seis hoje. Segundo o Ministério da Justiça, 19 pessoas foram presas.

No sábado, a desembargadora negou pedidos da defesa de Eduardo Emerlino Leite, diretor da Camargo Corrêa; e de Dalton dos Santos Avancini e João Ricardo Auler, vinculados à mesma construtura. Avancini e Auler tiveram decretada a prisão temporária. No caso de Leite, cujo mandado foi para prisão preventiva, além de pedir habeas corpus, os advogados alegaram questões de saúde para pedir ainda o cumprimento de prisão domiciliar, já que ele seria portador de hipertensão arterial. Também, ontem, foram indeferidos os pedidos de Agenor Franklin Magalhães Medeiros e José Ricardo Nogueira Breghirolli, ligados à OAS.

Neste domingo, Maria de Fátima Freitas Laberrère negou habeas corpus a José Aldemário Pinheiro Filho, presidente da OAS, e a Mateus Coutinho de Sá Oliveira e Alexandre Portela Barbosa, ligados à mesma empresa. Foram expedidos mandados de prisão temporária para os três. A desembargadora indeferiu, ainda, pedidos de liberdade para Carlos Eduardo Strauch Albero, Milton Prado Júnior e Gerson de Mello Almada, da Engevix. Para os dois primeiros foi expedido mandado de prisão temporária. Para Almada, mandado de prisão preventiva.

Entenda a operação

Um esquema bilionário de lavagem e desvios de dinheiro envolvendo a Petrobras veio à tona em março deste ano, quando a PF deflagrou a operação Lava Jato. Na época, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef, considerado o chefe do esquema, foram presos.

A operação recebeu o nome Lava Jato porque em um dos desvios de dinheiro o grupo usava uma rede de lavanderias e postos de combustíveis para movimentar os valores. Mas o que começou como uma investigação local no Paraná cresceu e agora, na última fase, investiga as maiores empreiteiras do país, com contratos que somam R$ 59 bilhões com a Petrobras, suspeitas de pagar propinas para fechar contratos com a estatal.