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Alcolumbre discute com Vieira sobre sabatina de Mendonça e cobra 'respeito'

Do UOL, em São Paulo

22/09/2021 15h27Atualizada em 22/09/2021 16h08

O presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado, Davi Alcolumbre, e o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) discutiram hoje, após o segundo cobrar o primeiro sobre o agendamento da sabatina de André Mendonça ao STF (Supremo Tribunal Federal).

No fim da sessão de hoje da CCJ, Vieira questionou Alcolumbre se ele tinha "condição de apontar um único motivo republicano para não fazer o agendamento" da sabatina de Mendonça ao STF.

Todo nome indicado pela Presidência da República para ser ministro do STF deve passar por um rito no Senado, que começa com a sabatina na CCJ e termina com a apreciação do nome no plenário.

Alcolumbre, que nos bastidores tem se mostrado insatisfeito com a forma como o Palácio do Planalto tem se relacionado com ele, porém, tem travado o agendamento da sabatina.

Na sequência da indagação de Vieira, Alcolumbre retrucou, desviando-se da pergunta inicial. "Desde que vossa excelência se lançou como candidato a presidente da República, começou com essas frases de efeito", disparou.

Após Vieira questioná-lo novamente — "o senhor não me respondeu" —, o senador amapaense acusou o sergipano de o desrespeitar desde o período em que ainda presidia o Senado. "Eu peço para vossa excelência respeito a um colega senador. Nunca lhe desrespeitei", pontuou.

"Vossa excelência repete, em todas as reuniões, falas de efeito para os veículos de comunicação depois que lançou a sua pré-campanha para presidente da República", disparou Alcolumbre.

Vieira voltou a rebater Alcolumbre, dizendo que critica o ex-presidente do Senado desde, ao menos, 2019. Na sequência, o senador amapaense pediu tranquilidade ao colega, dizendo que presidiria a CCJ "com seriedade", e encerrou a reunião.

Antes da cobrança de Vieira, Alcolumbre já havia sido cobrado, na mesma sessão, pelos senadores Espiridião Amin (PP-SC) e Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), sobre a sabatina de André Mendonça.

O presidente da CCJ não respondeu ao pedido de explicações de Esperidião Amin. Já ao ser indagado por Fernando Bezerra sobre uma data para a sabatina, Alcolumbre pediu que discussões sobre o tema fossem deixadas para "outro dia".

Ordem do STF e histórico de Mendonça

Ontem, o ministro Ricardo Lewandowski, do STF, ordenou que Alcolumbre prestasse informações à Corte sobre os motivos para a sabatina de André Mendonça ainda não ter sido agendada.

A determinação de Lewandowski veio em decorrência de um ação judicial movida por Alessandro Vieira e pelo colega senador Jorge Kajuru (Podemos-GO) na semana passada.

André Mendonça foi indicado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para ocupar o posto de 11ª ministro do STF, no lugar do ex-ministro Marco Aurélio Mello, ainda em julho.

O ex-advogado-geral da União é a segunda indicação de Bolsonaro à Corte. Antes, em outubro do ano passado, o presidente já havia apontado Kassio Nunes Marques para a vaga do ex-ministro Celso de Mello.

Mendonça já era cotado para a cadeira de ministro do STF pelo menos desde julho de 2019, quando Bolsonaro afirmou, em um culto com a bancada evangélica na Câmara dos Deputados, que levaria ao Supremo um nome "terrivelmente evangélico".

Na semana passada, Bolsonaro se encontrou com líderes evangélicos para dar esclarecimentos aos aliados sobre o impasse no Senado. Segundo os pastores, o presidente disse que, ao menos por ora, não pretende retirar a indicação de Mendonça.

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