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'Lulapalooza', gravatas 'trocadas' e mais: as curiosidades da posse de Lula

Lula na subida da rampa do Planalto; presidente foi acompanhado de representantes do povo - Eduardo Anizelli/Folhapress
Lula na subida da rampa do Planalto; presidente foi acompanhado de representantes do povo Imagem: Eduardo Anizelli/Folhapress

Do UOL, em São Paulo

02/01/2023 04h00

A cerimônia de posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ontem foi marcada por situações inéditas e curiosas, a começar pela organização do evento. Veja momentos marcantes da posse.

Festival de música: Lulapalooza

Festival - Pedro Ladeira/Folhapress - Pedro Ladeira/Folhapress
Festival do futuro, organizado por Janja, teve shows de artistas brasileiros e homenagens
Imagem: Pedro Ladeira/Folhapress
  • A primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, organizou um festival de música para celebrar a posse do novo governo.
  • O evento foi batizado de "Festival do Futuro" e contou com artistas como Duda Beat e Pabllo Vittar.
  • Nas redes sociais, o festival foi chamado por apoiadores de Lula de Lulapalooza.
  • A realização de um festival de música nesses moldes para marcar a posse foi uma novidade no evento de Lula.

Rolls-Royce cheio

Comboio - REUTERS/Ueslei Marcelino  - REUTERS/Ueslei Marcelino
Lula, Janja, o vice Geraldo Alckmin e a segunda-dama Lu Alckmin no Rolls-Royce
Imagem: REUTERS/Ueslei Marcelino
  • O desfile do presidente eleito no luxuoso Rolls-Royce já faz parte da tradição. Mas, dessa vez, o carro viajou mais cheio: além de Lula e de Janja, foram no Rolls-Royce o vice-presidente Geraldo Alckmin e a segunda-dama Lu Alckmin.
  • Na cerimônia de posse de Jair Bolsonaro, o Rolls-Royce foi ocupado apenas por ele, a primeira-dama e o filho Carlos.
  • Nas posses de Dilma Rousseff, o carro foi ocupado por ela e a filha, Paula.
  • Já nos dois mandatos anteriores de Lula, ele desfilou com a primeira-dama, Marisa Letícia, e com o vice, José Alencar.

Gravatas 'trocadas'?

gravata - Pedro Ladeira/Folhapress - Pedro Ladeira/Folhapress
Lula usou gravata azul e Alckmin, vermelha, na cerimônia de posse ontem
Imagem: Pedro Ladeira/Folhapress
  • Chamaram a atenção as cores das gravatas usadas por Lula e Alckmin na cerimônia de posse.
  • Lula não usou a simbólica gravata "da sorte", um modelo com as cores da bandeira que costuma aparecer em momentos importantes da trajetória do petista. Ao contrário, usou uma gravata azul.
  • Já o vice-presidente Alckmin usou uma gravata vermelha.
  • Azul é a cor do partido anterior de Alckmin, o PSDB. Já o vermelho é uma cor comumente usada pelo petista e que representa o Partido dos Trabalhadores.
  • A "troca" de cores foi destacada por analistas políticos e comentaristas nas redes sociais como simbólica.

Faixa do povo

Faixa - EVARISTO SA/AFP - EVARISTO SA/AFP
Lula recebe a faixa presidencial de um grupo de representantes da sociedade civil
Imagem: EVARISTO SA/AFP
  • Momento mais simbólico da posse de Lula, a forma como a faixa presidencial foi entregue a Lula foi inédita. De um modo geral, a faixa é passada pelo presidente em exercício ao presidente eleito.
  • Bolsonaro, por exemplo, recebeu a faixa de Michel Temer (MDB). E Lula, em 2003, recebeu a faixa de Fernando Henrique Cardoso.
  • Dessa vez, porém, diante da ausência de Bolsonaro -- que viajou aos Estados Unidos, ignorando a cerimônia de posse, Lula optou por receber a faixa de representantes da sociedade civil. Analistas políticos e usuários nas redes sociais comentaram que a ausência de Bolsonaro permitiu uma das imagens mais simbólicas da posse.
  • O artefato passou pelas mãos de vários representantes da sociedade civil até ser transmitido a Lula pela catadora Aline Sousa, 33, uma mulher negra.
  • Participaram da cerimônia Francisco, um menino negro da zona leste de São Paulo, de 10 anos; o líder indígena Raoni Metuktire; o metalúrgico Weslley Rodrigues; o professor Murilo de Quadros Jesus; a cozinheira Jucimara Fausto dos Santos; o militante Flávio Pereira e Ivan Baron, que teve paralisia cerebral em decorrência de uma meningite.

Cadelinha na rampa

Resistência - Fátima Meira/Futura Press/Folhapress - Fátima Meira/Futura Press/Folhapress
Resistência sobe a rampa do Planalto; cadela foi resgatada das ruas de Curitiba
Imagem: Fátima Meira/Futura Press/Folhapress
  • Outro ato simbólico e inédito foi a participação de um animal na cerimônia de posse de Lula. A cadelinha Resistência subiu a rampa do Palácio do Planalto conduzida por Janja e Lula.
  • Ela se tornou uma espécie de estrela da trajetória política mais recente do presidente.
  • Foi encontrada em 2018 nas ruas de Curitiba perto do local de vigília de militantes do PT em frente à Superintendência da Polícia Federal, onde Lula estava preso. Depois, foi adotada por Janja e Lula.

'Amanhã' e 'Trenzinho do caipira'

  • Algumas músicas marcaram a solenidade de posse. A passagem da faixa, por exemplo, ocorreu ao som de "Amanhã", de Guilherme Arantes.
  • Os versos mais conhecidos da canção dizem: "Amanhã será um lindo dia/ Da mais louca alegria/ Que se possa imaginar".
  • Também foi tocada a canção "O trenzinho do caipira", de Heitor Villa-Lobos, um dos mais importantes maestros brasileiros.

Arma futurista

Antidrone - CARL DE SOUZA / AFP - CARL DE SOUZA / AFP
Agente da Polícia Federal anda com arma anti-drone antes da cerimônia de posse do presidente Lula em Brasília
Imagem: CARL DE SOUZA / AFP
  • A cerimônia de posse transcorreu sem graves incidentes ligados à segurança, mas uma situação chamou a atenção: um drone que sobrevoava sem permissão a área da Esplanada dos Ministérios foi abatido por um agente da Polícia Federal que usava um armamento especial.
  • A arma, chamada de DroneGun Tactical, é um aparato extremamente tecnológico e com aparência futurista.
  • O aparelho foi usado para cortar o sinal de drones de qualquer marca ou modelo.

Caneta doada

Caneta - MAURO PIMENTEL / AFP - MAURO PIMENTEL / AFP
Lula mostra caneta doada por apoiador em 1989; item foi usado na posse do terceiro mandato
Imagem: MAURO PIMENTEL / AFP
  • Lula usou uma caneta diferente para assinar o termo de posse do cargo no Congresso.
  • Ele disse ter escolhido uma caneta que ganhou de presente em 1989, após um comício no Piauí, de um eleitor que pediu que ele a usasse justamente para assinar o termo de posse.
  • Em 2003, quando foi empossado pela primeira vez, esqueceu a tal caneta e usou a de um senador.
  • Dessa vez, ele encontrou o item e o usou como "uma homenagem ao povo do Estado do Piauí".