Ministério da Justiça suspende envio de agentes da Força Nacional ao Rio
O Ministério da Justiça suspendeu hoje o envio de agentes da Força Nacional ao Rio de Janeiro.
O que aconteceu
Em ofício enviado ao governo do Rio, o ministro Flávio Dino disse que o envio foi suspenso após um questionamento do MP (Ministério Público) do estado. Na segunda-feira (2), Dino tinha anunciado autorização para o envio de 300 agentes da Força Nacional ao Rio de Janeiro.
Realçamos, desde logo, que nos causou estranheza a menção a "consentimento" do Ministério da Justiça e Segurança Pública a ações do Governo do Estado, uma vez que soa descabido, à luz da forma federativa de Estado consagrada pela Constituição da República. Trecho de ofício assinado pelo ministro Fládio Dino
Em nota, o Ministério da Justiça disse que o número 2 da pasta, o secretário-executivo Ricardo Cappelli, irá ao Rio de Janeiro para conversar com o MP.
Medidas que não foram alvos de questionamento do MP estão mantidas, como o patrulhamento ostensivo nas rodovias federais, ações em portos e aeroportos, inteligência policial e investigações de quadrilhas, além de operações de polícia judiciária com o cumprimento de mandados, ainda de acordo com o ministério.
Dino autorizou envio de 300 agentes ao Rio
O ministro Flávio Dino anunciou na última segunda-feira (2), em Brasília, o envio da Força Nacional ao Rio de Janeiro. Na ocasião, ele também liberou repasse de mais R$ 20 milhões para reforçar a segurança pública na Bahia.
As medidas são emergenciais diante da crise na segurança pública que impacta os dois estados.
Crise no Rio e Bahia
Na Bahia, operações policiais mataram mais de 60 pessoas no último mês em uma escalada de violência durante o governo de Jerônimo Rodrigues (PT).
O estado virou uma pedra no sapato para a gestão de Lula porque contradiz as ações que o próprio governo defendeu em campanha, como a redução da letalidade policial. A polícia baiana matou mais do que todas as polícias dos Estados Unidos, conforme revelou o UOL.
O Rio também executa operações contra o crime organizado desencadeando tiroteios e mortes. Em setembro, a menina Heloísa, de 3 anos, morreu depois de ser baleada durante uma operação da PRF (Polícia Rodoviária Federal).
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