Josias: Esquerda poderia usar 'Vai para Hungria' contra 'Vai para Cuba'
Com o apreço de Jair Bolsonaro pelo regime do primeiro-ministro Viktor Orbán e pela estadia de dois dias na embaixada húngara, a esquerda tem à disposição um novo bordão para rebater as provocações da direita: "Vai para a Hungria", disse o colunista Josias de Souza no UOL News desta sexta (29).
Olhando a cena que se verifica na Hungria e a partir do apreço que o Bolsonaro reforçou a esse país quando se refugiou por dois dias na embaixada em Brasília, a esquerda talvez enxergue no bordão alternativo 'Vai para a Hungria' uma resposta a esse velho bordão de 'Vai para a Venezuela' ou 'Vai para Cuba'.
Para quem gosta do projeto que Bolsonaro pretendia implementar no Brasil, a Hungria pode ser uma boa alternativa. Josias de Souza, colunista do UOL
Na visão de Josias, o Brasil corria o risco de se aproximar da realidade vivida atualmente pelos húngaros caso Bolsonaro fosse reeleito.
Bolsonaro já esteve na Hungria e chamou Orbán de 'irmão'. Se há um país com o qual ele se identifica, esse país é a Hungria. Muito do que se entranhou na rotina dos húngaros era o que Bolsonaro desejava. Se ele obtivesse o segundo mandato, muito provavelmente o Brasil se encaminharia para uma autocracia que vigora na Hungria.
Se Bolsonaro fez o que fez no seu primeiro mandato, imaginem em um segundo. Censura e aversão à comunidade LGBTQIA+ se converteriam em ações concretas, armar a sociedade como se isso fosse solução para a segurança pública, a situação calamitosa dos presídios... Tudo isso se acentuaria. É um pouco da realidade que é vivenciada hoje pelos cidadãos húngaros.
Quando Javier Milei tomou posse na Argentina, comunidades bolsonaristas foram lá para prestigiar. Surgiram nas redes sociais muitas manifestações de bolsonaristas que planejavam se mudar para lá. Não sei se eles mantêm os planos, porque a miséria absoluta na Argentina está proliferando. Agora há essa alternativa: 'Vai para a Hungria'. Josias de Souza, colunista do UOL
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