Contra coronavírus, Panamá proíbe homens e mulheres de saírem de casa no mesmo dia
03/04/2020 07h25
Mulheres só podem ir a supermercados, bancos e farmácias às segundas, quartas e sextas-feiras; enquanto os homens podem às terças, quintas e sábados.
Homens e mulheres no Panamá, pelos próximos 30 dias, não poderão se encontrar nas ruas.
O país da América Central anunciou que, como uma medida para tentar conter as infecções pelo novo coronavírus, desde quarta-feira (1/4), as saídas para a rua em casos de emergência só podem ser feitas de acordo com o sexo da pessoa.
Assim, conforme anunciado pelo Ministério da Segurança, as mulheres só serão autorizadas a ir a supermercados, bancos e farmácias às segundas, quartas e sextas-feiras, enquanto os homens podem às terças, quintas e sábados.
Aos domingos, no entanto, ninguém poderá sair de casa.
Sem especificar opções às pessoas que não se identificam com o sexo de nascimento, a medida foi apontada nas redes sociais como uma das mais radicais adotadas para combater o coronavírus na América Latina.
Coronavírus liga alerta pelo mundo
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3.abr.2020 - Vista geral do hospital de campanha Nightingale, no centro de convenções ExCel, em Londres, com capacidade para atender 4.000 pessoas com covid-19
Will Oliver/EFE/EPA
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25.mar.2020 - Radial Leste, que liga o centro de São Paulo à zona leste, fica vazia, em função do isolamento social por causa do novo coronavírus
PAULO LOPES/ESTADÃO CONTEÚDO
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24.mar.2020 - Profissionais de saúde atendem o público em tenda colocada na parte externa da Clínica da Família da Rocinha, no Rio
Herculano Barreto Filho/UOL
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23.mar.2020 - Italianos cantam das janelas durante quarentena em casa para evitar a propagação do novo coronavírus
Massimo Pinca/Reuters
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17.mar.2020 - Torre Eiffel, um dos principais pontos turísticos de Paris (França), fica vazia após presidente anunciar restrições contra o coronavírus
Ludovic Marin / AFP
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16.mar.2020 - Movimentação de passageiros usando máscaras e luvas na saída da estação Butantã, linha amarela do Metrô em São Paulo
Ronaldo Silva/Futura Press/Estadão Conteúdo
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26.fev.2020 - Passageiros e funcionários usam máscaras de proteção no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, após primeiro caso do coronavírus no Brasil
Zanone Fraissat/Folhapress
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11.mar.2020 - O diretor-geral da OMS (Organização Mundial da Saúde), Tedros Adhanom Ghebreyesus, participa de entrevista coletiva em que foi anunciado que a epidemia de covid-19 passa a ser considerada pandemia, pela organização, quando há transmissão simultânea do vírus em vários locais do planeta
Fabrice Coffrini/AFP
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11.mar.2020 - Integrante das forças de segurança do Líbano checa temperatura de um visitante em um prédio do governo, na cidade de Saida
Mahmoud Zayyat/AFP
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11.mar.2020 - Funcionário de uma estação de ônibus em Narathiwat, na Tailândia, oferece gel para os passageiros limparem as mãos antes de viajarem
Madaree Tohlala/AFP
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11.mar.2020 - O papa Francisco celebra cerimônia na Biblioteca do Palácio Apostólico, longe dos fieis, como medida para evitar novas transmissões do novo coronavírus
Divulgação Vaticano/AFP
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9.mar.2020 - A Fontana di Trevi, uma das mais visitadas em Roma, teve o acesso bloqueado a visitantes, por conta das medidas do governo italiano contra a disseminação do novo coronavírus
Alberto Lingria/Xinhua
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9.mar.2020 - Parentes de presos entram em confronto com a polícia em frente à prisão de Rebibbia, na Itália, após governo decretar normas de prevenção ao novo coronavírus que devem ser seguidas por detentos e seus visitantes
Yara Nardi/Reuters
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06.mar.2020 - Homem se protege com máscara em vagão da linha 2 Verde do metrô de São Paulo
Bruno Rocha/Fotoarena/estadão Conteúdo
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5.mar.2020 - Integrante de equipe médica prepara substância desinfetante a ser usada em locais públicos de Teerã (Irã)
Nazanun Tabatabaee/Wana/Reuters
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5.mar.2020 - Funcionário da companhia aérea italiana Alitalia usa máscara facial para se proteger do novo coronavírus enquanto trabalha no aeroporto de Guarulhos (SP)
Rahel Patrasso/Reuters
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05.mar.2020 - Pessoas usam máscaras em meio a preocupações com a disseminação do novo coronavírus COVID-19 enquanto andam de barco em Bangkok
27.fev.2020 - Jogadores do Ludogorets usam máscaras como medida de segurança contra o COVID-19, o novo coronavírus, a caminho da partida pela UEFA Europa League
Miguel Medina / AFP
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28.fev.2020 - Peregrinos muçulmanos usam máscaras no Grande Mesquita em cidade sagrada de Meca da Arábia Saudita
Abdel Ghani Bashir / AFP
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27.fev.2020 - Torcedores usam máscaras em meio à preocupação com o coronavírus antes da partida Gent v AS Roma pela Europa League
Francois Lenoir / Reuters
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Após a Espanha confirmar os primeiros casos de coronavírus nesta semana, torcedores usam máscaras de proteção em partida entre Real Madrid e Manchester City, pela ida das oitavas de final da Liga dos Campeões, em Madri
Susana Vera/Reuters
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Após a Espanha confirmar os primeiros casos de coronavírus nesta semana, torcedores usam máscaras de proteção em partida entre Real Madrid e Manchester City, pela ida das oitavas de final da Liga dos Campeões, em Madri
Susana Vera/Reuters
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26.02.2020 - Fachada do hospital onde um paciente com o novo coronavírus morreu em Paris, na França
16.fev.2020 - Ônibus se aproximam do navio de cruzeiro Diamond Princess, atracado na Baía de Yokohama, no Japão, para retirar os passagiros que estavam isolados devido à epidemia do coronavírus
Plateia assiste ao festival usando máscaras de proteção em prevenção contra a transmissão do coronavírus
Kim Kyung-Hoon/Reuters
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16.fev.2020 - Médicos levam primeira parte de pacientes infectados com o novo coronavírus para uma área de isolamento no hospital Huoshenshan, em Wuhan
16.fev.2020 - Os membros das Forças de Autodefesa do Japão caminham em direção ao navio Diamond Princess, onde 355 pessoas testaram positivo para o novo coronavírus. Os norte-americanos começaram a deixar o cruzeiro
16.fev.2020 - Funcionários são vistos antes da evacuação dos passageiros dos EUA do navio de cruzeiro Diamond Princess, onde dezenas testaram positivo para o coronavírus
ATHIT PERAWONGMETHA/REUTERS
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17.fev.2020 - Avião com passageiros norte-americanos retirados de navio que est[a em quarentena no Japão devido à epidemia de coronavírus chega à Base da Força Aérea dos EUA, perto da cidade de São Francisco, na Califórnia
Brittany Hosea-Small/AFP
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Clientes aguardam abertura das redes Sasa e Mannings na Queen's Road, em Hong Kong, nesta terça-feira (4), às 8h (horário local), em busca de máscaras cirúrgicas
22.jan.2020 - Paciente com suspeita de estar infectado com o coronavírus internado no hospital Prince of Wales, em Hong Kong
Reuters
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22.jan.2020 - Funcionário de cassino em Macau mede temperatura de uma mulher antes de sua entrada no prédio
Anthony Wallace/AFP
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24.jan.2020 - Desde o dia 23, passageiros que desembarcaram no aeroporto de Guarulhos (SP) vindos da China relataram ter recebido um documento em português, espanhol e chinês sobre sintomas do coronavírus e uma série de orientações
FEPESIL/THENEWS2/ESTADÃO CONTEÚDO
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24.jan.2020 - Médica usando roupas de proteção no hospital da Cruz Vermelha em Wuhan, na China
AFP
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25.jan.2020 - O médico chinês Zhou Qiong lidera equipe que atua na prevenção e tentativa de controle da epidemia do coronavírus na China
Xinhua/Cheng Min
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24.jan.2020 - Médicos atendem paciente infectado pelo coronavírus no hospital Zhongnan, em Wuhan, epicentro do surto de coronavírus, na China
Xinhua/Xiong Qi
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25.jan.2020 - Quase 3.000 casos do novo coronavírus já foram confirmados, a maioria deles na China
EPA
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25.jan.2020 - Passageiros usam máscara em vagão do metrô em Paris
26.jan.2020 - Usuários do metrô de Pequim, na China, usam máscaras
Carlos Garcia Rawlins/Reuters
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28.jan.2020 - Uma equipe composta por 142 médicos de Xinjiang partiu para Wuhan para ajudar no combate ao coronavírus
Xinhua/Wang Fei
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28.jan.2020 - Fila em Hong Kong para comprar máscaras faciais com medo do coronavírus
Tyrone Siu/Reuters
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28.jan.2020 - Membros da segurança usam máscaras dentro da estação de trem de alta velocidade que conecta Hong Kong à China continental
Anthony Wallace/AFP
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28.jan.2020 - A chefe do Executivo de Hong Kong Carrie Lam usa máscara diante de surto de coronavírus em coletiva de imprensa
Tyrone Siu/Reuters
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28.jan.2020 - Pedestres usam máscaras numa região de compras em Tóquio, no Japão
Kim Kyung-Hoon/Reuters
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28.jan.2020 - Trabalhador desinfecta instalações públicas em uma comunidade no distrito de Nanchang, província de Jiangxi, China
Xinhua/Peng Zhaozhi
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28.jan.2020 - Equipe médica embarca rumo a Wuhan, para auxiliar no atendimento dos pacientes infectados com o coronavírus
Xinhua/Chen Bin
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18.fev.2020 - Passageiros que estavam no navio Diamond Princess e foram diagnosticados com o coronavírus são transferidos de ônibis para unidades médicas em Tóquio, no Japão
Athit Perawongmetha/Reuters
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17.fev.2020 - Norte-americanos chegam ao aeroporto da base militar em San Antonio, no Texas, após serem retirados do navio Diamond Princess, que está isolado no Japão devido à epidemia do coronavírus
Edward A. Ornelas/AFP
Mas, segundo as autoridades, o objetivo é limitar ao máximo a saída de pessoas às ruas para reduzir o contágio.
"Estudamos todos os modelos possíveis e todas as opções para reduzir o número de pessoas que estão ao mesmo tempo na rua, afetando o mínimo possível a vida dos panamenhos", disse o ministro da Segurança do Panamá, Juan Pino.
Até 1º de abril, o Panamá havia registrado cerca de 1.200 casos confirmados e 30 mortes por covid-19, dados que tornam o país o mais afetado pelo coronavírus na América Central.
A regulamentação por sexo se soma a outras medidas que o Panamá já havia anunciado para fortalecer gradualmente sua quarentena e que incluem saídas em determinados horários e pelo número das cédulas de identidade.
As autoridades, que fecharam o comércio em todo o país por 30 dias, também anunciaram que todos os eventos e reuniões públicas estão cancelados, com exceção dos funerais - que só podem ter no máximo cinco pessoas.
Mas o que está por trás da separação por gênero?
Apesar de diferentes países tomarem medidas draconianas para evitar a propagação do vírus, a segregação das saídas às ruas por sexo atraiu várias manchetes por ser inédita.
No entanto, o epidemiologista Xavier Sáez-Llorens, membro do Comitê de Assessoria para Coronavírus no Panamá, explicou à BBC Mundo (serviço em espanhol da BBC) que a medida tenta, na realidade, limitar as saídas de cada pessoa à rua durante a semana e facilitar o trabalho das forças de segurança.
"É uma medida que não tem nada a ver com separar homens de mulheres, foi vista como uma maneira mais fácil de manter o controle. A quarentena no Panamá tornou-se cada vez mais rigorosa e agora iniciamos uma medida que procura permitir que as pessoas possam sair apenas três vezes por semana", diz ele.
Segundo o especialista, dessa maneira, a polícia pode regular melhor o número de panamenhos que estão nas ruas todos os dias.
"Por exemplo, antes alguém poderia sair todos os dias e a polícia não tinha como saber se essa pessoa tinha saído ontem ou anteontem. Portanto, se um dia são as mulheres e no outro os homens, você terá um controle mais fácil da situação e limitar o número de pessoas todos os dias na rua", acrescenta.
O anúncio da medida causou alvoroço nas redes sociais do Panamá, no entanto, Sáez-Llorens garante que o governo chegou a um acordo com empresas privadas para facilitar que as horas se tornem acessíveis ao maior número de cidadãos, de acordo com os novos regulamentos.
Por que o Panamá tem o maior número de infecções na América Central?
No dia 9 de março, o Ministério da Saúde do Panamá identificou o primeiro caso de covid-19 no país: uma mulher de 40 anos que havia chegado da Espanha.
Desde então, os doentes se multiplicaram e o país é um dos que têm o maior número de infectados em relação à sua população no continente.
Sáez-Llorens considera que um dos fatores fundamentais que influenciam o crescente número de casos é o papel privilegiado do país no comércio e nas comunicações internacionais.
"O Panamá é um hub internacional de tráfego aéreo e marítimo em todo o continente, portanto a exposição a um grande número de pessoas é maior e a possibilidade de a entrada do vírus ter ocorrido mais rápido e em maior volume era previsível", ressalta.
Além disso, o epidemiologista acredita que a resposta do próprio governo desde o início da epidemia ajudou a identificar um número maior de casos, aumentando seu número em relação a em outros lugares.
"O Panamá se preparou com bastante antecedência para a chegada do vírus e imediatamente massificou o uso de testes de diagnóstico através da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e contatos internacionais", diz ele.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) insiste que o teste da covid-19 para possíveis casos de transmissão é uma das principais ferramentas para conter a propagação do vírus.
Segundo dados do Ministério da Saúde, até 31 de março as autoridades panamenhas haviam realizado 6.582 testes em um país com uma população de cerca de 4 milhões de habitantes.
"Outro aspecto é que estamos ocupados procurando incessantemente os casos e acho que essa é outra razão pela qual outros países não relataram a mesma quantidade de casos que encontramos", diz o epidemiologista.
Quais são as previsões para o Panamá?
Sáez-Llorens explica que as autoridades panamenhas usaram três modelos matemáticos para prever a possível incidência do vírus e tomar medidas para evitar uma superlotação do sistema de saúde.
"Pensamos que, se não fizéssemos nada, teríamos um colapso do sistema de saúde na primeira ou segunda semana de abril. Por isso essas medidas foram tomadas", diz ele.
No início de fevereiro, o governo criou um gabinete de crise para elaborar uma estratégia de contenção e, em 2 de março, o Ministério da Saúde criou um grupo consultivo independente que começou a fazer recomendações e diretrizes para uma possível resposta.
"Agora, movemos esse modelo de contágio máximo para o final de abril ou maio e é isso que queremos para que os recursos em hospitais, leitos, médicos não fiquem saturados", diz o especialista.
Segundo o epidemiologista, como o país agiu rapidamente, as autoridades esperam que as medidas funcionem em breve.
"Como agimos rápido, temos a aspiração de ser um dos primeiros países que sairão da 'crise oficial'", diz Sáez-Llorens.
"Depois de suspender as medidas de quarentena em um mês, teremos de aplicar medidas de mitigação intermitentes, afrouxar um pouco, apertar novamente... e assim por diante, para que o impacto econômico e social não seja tão extraordinário".
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