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Desabamento de prédio em Bangladesh mata ao menos 170; feridos passam de 1.000

Do UOL, em São Paulo

25/04/2013 02h07

O número de mortos no desabamento de um prédio de oito andares nas proximidades da capital de Bangladesh, Dacca, nesta quarta-feira (24), subiu para 170, informou a polícia local nesta quinta-feira (25).

Ainda de acordo com as autoridades, esse dado não é definitivo e pode aumentar, já que muitas pessoas ficaram presas sob os escombros. 

"Nós ainda podemos ouvir gritos fracos de algumas pessoas presas", disse o chefe do departamento nacional de incêndios, Ahmed Ali. Mais de 1.000 pessoas ficaram feridas.

O edifício Rana Plaza, que abrigava lojas, fábricas de roupas, um mercado e um banco, desabou às 9h (00h de Brasília) em Savar (a 30 quilômetros de Dacca). Autoridades estimam que cerca de 2.000 estavam no local no momento do incidente, mas, segundo relato de uma funcionária, quase 5.000 pessoas trabalhavam no edifício.

Prédio que desabou em Bangladesh já tinha rachaduras

  • O número de mortos no desabamento de um edifício em Bangladesh, que abrigava duas fábricas de roupas vendidas no Ocidente, pode aumentar, segundo os médicos que atendem os feridos. Pelo menos 82 vítimas foram confirmadas até o momento e mais de 700 pessoas foram levadas para hospitais da região, depois que o prédio de oito andares caiu.

Com o auxílio de gruas, centenas de bombeiros e oficiais do Exército trabalham no local em busca de sobreviventes, entre montanha de escombros e de ferros retorcidos. Os socorristas transportam os feridos em macas improvisadas.

Imagens de uma TV local mostraram jovens operárias, algumas aparentemente semiconscientes, sendo retiradas por militares e bombeiros. Médicos de hospitais da região disseram não estar dando conta do número de feridos.

Sobrevivente procura marido desaparecido

No cenário da tragédia, corpos e pessoas feridas são retirados das partes mais altas da montanha de escombros com escorregas improvisados feitos de pedaços de pano que horas antes estavam sendo usados para confeccionar roupas para consumidores ocidentais.

"Estou ferida. Não encontrei meu marido, que trabalha no quarto andar", disse à agência AFP uma operária de 24 anos que se apresentou como Musumi.

Zohra Begum, que trabalhava no terceiro andar do edifício Rana Plaza, disse ter escutado um "barulho ensurdecedor" na hora do desabamento. 

"Mas eu não consegui entender o que estava acontecendo. Eu corri e fui atingida por algo na cabeça", relatou.

De acordo com o chefe do Departamento Nacional de Incêndios, Ahmed Ali, o prédio todo desabou em minutos. 

“A maioria dos trabalhadores não teve chance de escapar," disse.