Terremoto de grande intensidade atinge Nepal e países vizinhos
Um forte terremoto de magnitude 7,8 atingiu a capital do Nepal e o Vale de Katmandu, densamente povoados, na manhã deste sábado (25), causando graves danos em edifícios e estruturas urbanas, com desabamentos e elevamento do solo em alguns pontos. O número oficial de mortos no país não para de aumentar e chega agora a 1.457, de acordo com informações divulgadas pela rede norte-americana “CNN”, a partir de informações do governo local.
Somente a cidade de Katmandu tem população de 1 milhão de pessoas, e o Vale de Katmandu, 2,5 milhões, muitas vivendo em condições de pobreza.
Como as operações de resgate estão em andamento, o número oficial de vítimas pode crescer ainda. Os feridos estão sendo levados a hospitais, mas muitos têm de ser atendidos do lado de fora, por conta dos abalos nas estruturas dos prédios.
O epicentro do terremoto foi registrado 80 km a noroeste de Katmandu e a 15 km de profundidade. De acordo com o Serviço Geológico dos EUA (USGS, na sigla em inglês), os tremores ocorreram às 11h26, no horário local (3h26 em Brasília). Após o choque principal, foram registrados ao menos 16 pequenos tremores, de magnitude 4,5. Países vizinhos, como Índia, Paquistão e Bangladesh, também foram afetados. Ainda não há números oficiais de feridos.
Com risco de novos abalos a qualquer momento, a população foi orientada a permanecer fora de casa. Muitos moradores de Katmandu não sabem ainda onde vão passar a noite, e algumas pessoas colocaram colchões em canteiros públicos, onde enfrentarão a madrugada.
Vários edifícios desabaram no centro da capital nepalesa, incluindo templos seculares. Um importante marco histórico na cidade, a torre de Dharahara, declarada patrimônio da Unesco, ficou quase toda destruída.
O centro antigo de Katmandu é formado por um emaranhado de edifícios próximos uns dos outros, ruas estreitas e casas mal construídas, com grandes famílias morando nelas.
Em nota, o Itamaraty declarou que a embaixada do Brasil em Katmandu está "mobilizada para prestar o apoio necessário aos cidadãos brasileiros que se encontram no país" e que "os brasileiros já localizados pela embaixada não sofreram ferimentos e estão recebendo toda a assistência cabível". Não há informação sobre a presença de brasileiros entre as vítimas fatais.
Pior abalo sísmico desde 1934
De acordo com o jornal francês “Le Monde”, o abalo sísmico deste sábado é o mais forte registrado no Nepal desde 1934, ano em que um terremoto de magnitude 8 provocou entre 10 mil e 20 mil mortes.
O jornal também afirma que 18 pessoas morreram hoje em decorrência de avalanches no monte Everest, provocadas por tremores relacionados ao terremoto. A região é bastante procurada por alpinistas nesta época do ano.
Autoridades do Nepal informaram que um deslizamento de neve encobriu parte de um acampamento de base. Segundo o Ministério do Turismo, foram confirmados ao menos 18 mortos, “estrangeiros e sherpas [guias]”, cujas identidades ainda não foram divulgadas. Estima-se que cerca de mil pessoas, entre as quais 400 alpinistas estrangeiros, estivessem no entorno do campo base no momento da avalanche.
Um montanhista brasileiro, o cearense Rosier Alexandre, faz parte de uma expedição ao Everest que foi afetada. O acampamento onde ele estava foi destruído pela avalanche, mas Rosier está bem, de acordo com informações de sua mulher, Danúbia Saraiva.
Países vizinhos atingidos
No Paquistão, Mohammad Shahab, morador de Lahore, contou a jornalistas que estava em seu escritório quando o terremoto abalou a cidade, próxima da fronteira com a Índia. Ele disse que os tremores continuaram por um tempo, e que depois a situação se normalizou.
O terremoto também foi sentido na capital indiana, Nova Déli, e repórteres da Associated Press relataram fortes tremores nas cidades de Lucknow, localizada no norte da Índia, a cerca de 430 km do epicentro, e em Patna, a 280 km.
A Índia confirmou pelo menos 34 mortos no país. (Com agências internacionais)
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