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Em um mês, intenção de voto em Dilma cai 19 pontos, diz pesquisa CNT/MDA

Do UOL, em Brasília

16/07/2013 10h51Atualizada em 16/07/2013 12h56

A Confederação Nacional do Transporte (CNT) divulgou, nesta terça-feira (16), os resultados da 114ª pesquisa em parceria com o instituto MDA. Segundo a pesquisa, se as eleições presidenciais de 2014 fossem hoje, a presidente Dilma Rousseff teria 33,4% dos votos, contra 20,7% de Marina Silva (Rede Sustentabilidade); 15,2% do senador Aécio Neves (PSDB-MG) e 7,4% do governador Eduardo Campos (PSB-PE). A queda de Dilma em relação à pesquisa anterior é de 19,4 pontos percentuais e a disputa iria para o segundo turno.

Na pesquisa anterior, de junho, a presidente venceria ainda no primeiro turno. No levantamento anterior, Dilma tinha 52,8% das intenções de voto, contra 17% de Aécio, que também caiu; 12,5% de Marina  e 3,7% de Eduardo Campos. 

Os levantamentos das séries nº 112, 113 e 114 da Pesquisa CNT/MDA dão sequência às pesquisas anteriores: CNT/Vox Populi (1 a 28) e CNT/Sensus (29 a 111). Foram entrevistadas 2.002 pessoas, em 134 municípios de 20 Estados, das cinco regiões, entre os dias 7 e 10 de julho de 2013. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais.

Em pouco menos de três semanas, é a segunda pesquisa a detectar queda na popularidade e nas intenções de voto em Dilma. No final de junho, pesquisa Datafolha mostrou que as intenções de voto em Dilma haviam diminuído 21 pontos percentuais. No cenário com Marina Silva, Aécio Neves e Eduardo Campos, a petista tinha 51% das intenções de voto nos dias 6 e 7 de junho, e 30% no final do mês.  Nesse mesmo cenário, Marina Silva subiu de 16% para 23%. Aécio Neves foi de 14% para 17%. Campos oscilou de 6% para 7%.

Intenções de voto para 2014 em junho e julho

  • Arte/UOL

    Compare a variação das intenções de voto segundo a pesquisa CNT/MDF

Segundo os analistas da MDA, é possível constatar que Marina e Campos foram os pré-candidatos que mais se beneficiaram eleitoralmente com a onda de protestos pelo país.

Na pesquisa divulgada hoje, 44,7% dos estrevistados afirmaram que não votariam em Dilma em 2014 "de jeito nenhum". Para o presidente da CNT, senador Clésio Andrade (PMDB-MG), "a situação dela não é muito boa... pode recuperar um pouco, mas não como era".

Outra mudança importante em relação à pesquisa de junho foi o percentual de eleitores que respondeu que não votaria em nenhum desses candidatos ou anularia o voto, que subiu de 8,4% para 17,9%. Para Andrade isso demonstra “uma rejeição total aos políticos”.

A pesquisa também ouviu os eleitores de forma espontânea, isto é, sem oferecer opções para os entrevistados. Neste cenário, Dilma Rousseff teve a maior porcentagem dos votos, 14,8%. Em seguida, estão o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com 10,5%; Marina Silva, com 5,9%; Aécio Neves, com 4,9%; Eduardo Campos, com 1,4%; o ex-governador de São Paulo José Serra, com 1,2%; e o presidente do STF Joaquim Barbosa, 0,7%.

Manifestações e popularidade

A pesquisa mostra que a avaliação positiva do governo Dilma desabou de 54,2% em junho para 31,3% em julho. Os pesquisadores mostram que 38,7% consideram o governo Dilma regular (este índice era de 35,6% em junho) e 29,5% têm avaliação negativa -- este percentual era de apenas 9% em junho.

Já a aprovação pessoal de Dilma caiu de 73,7% em junho para 49,3% em julho, segundo a pesquisa.

O Datafolha também detectou que a avaliação positiva do governo da petista caiu 27 pontos em três semanas.

De acordo com a pesquisa, 84,3% da população aprova as manifestações que têm ocorrido no país desde junho. 

Com Reuters e Valor