Após declaração contra aborto, Campos é alvo de campanha em redes sociais
O pré-candidato à Presidência da República Eduardo Campos (PSB) virou alvo de uma campanha na internet, nesta segunda-feira (21), após ter se declarado contra o aborto. O ex-governador de Pernambuco defendeu no domingo (20), após missa de Páscoa em Aparecida, interior de São Paulo, a atual legislação brasileira contra “qualquer prática que interrompa a gravidez”.
No Faceboook, internautas criaram a página “Olá, Eduardo! Eu sou a favor da descriminalização do aborto! Sou pró-escolha!”. De acordo com a descrição da página, a proposta é juntar depoimentos que mostrem o “porquê de a situação das mulheres em relação aos abortos no Brasil ainda não ser a ideal”.
Até as 14h desta segunda-feira, cerca de 600 pessoas haviam se associado à página. A reportagem tentou contato com a assessoria de Campos, mas não teve sucesso.
“Como cidadão, a minha posição é a de todos. Não conheço ninguém que seja a favor do aborto. A legislação brasileira já prevê as circunstâncias e os casos [em que é permitido o aborto sem que isso seja considerado crime], e eu não vejo razão para que se altere a legislação do Brasil. Como cristão, cidadão e pai de cinco filhos, a minha vida já responde a essa pergunta”, disse Campos.
Pelo Twitter, após participar da missa no domingo, o pré-candidato reiterou sua posição sobre o tema. Além de contar aos internautas o que havia dito em entrevista, ele disponibilizou o áudio da conversa com os jornalistas. “Em Aparecida respondi a uma pergunta sobre a legalização do aborto. Respondi com clareza e transparência”, afirmou Campos.
Campanhas
Durante a campanha para a presidência em 2010, os então candidatos Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) condenaram o aborto. O tucano enfatizou o tema durante sua campanha quando afirmou que tinha “valores cristãos”. Já Dilma usou o horário eleitoral para desmentir boatos de que seria a favor do aborto e disse ser vítima de uma campanha caluniosa.
A atual presidente chegou a assinar, na época, uma mensagem em que afirmava, que se eleita presidente, estava comprometida a “não tomar a iniciativa de propor alterações de pontos que tratem da legislação do aborto e de outros temas concernentes à família e à livre expressão de qualquer religião no país”. Ela se disse pessoalmente contra o aborto e defendeu a manutenção da legislação atual sobre o assunto.
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