Tenente da Rota é baleado de raspão no braço em Santos
Um tenente da Rota foi baleado no braço durante patrulhamento na madrugada de hoje em Santos (litoral de São Paulo). Ele atuava na Operação Escudo.
Um suspeito de envolvimento no caso foi morto pela polícia. Nenhum nome foi divulgado.
O oficial é o segundo agente da tropa de elite da corporação baleado em Santos em menos de 24 horas. Por volta das 17h30 de sexta-feira, o soldado Samuel Wesley Cosmo, 35, foi atingido por um tiro no rosto e não resistiu ao ferimento.
Segundo o delegado seccional de Santos, Rubens Eduardo Barazal, o tiro que atingiu o PM da Rota hoje foi de raspão. Ele explicou que a troca de tiros aconteceu na rua Francisco da Costa Ribeiro. E acrescentou que trata-se de uma área de tráfico de drogas.
A SSP (Secretaria Estadual da Segurança Pública) informou que o suspeito baleado foi levado ao Hospital Vicentino, mas não resistiu. A pasta acrescentou que ele portava pistola 9mm e sacola com porções de maconha e crack.
Já o tenente, ainda segundo a SSP, passou por atendimento médico na Santa Casa de Santos e foi liberado. A SSP diz que o caso continua em investigação pela Polícia Civil e também é acompanhado pela Polícia Militar. Por causa dos ataques aos PMs, a SSP deflagrou nova Operação Escudo na Baixada Santista.
Soldado morto atuava na Operação Escudo
O clima entre policiais militares da Rota é de tensão desde o final da tarde de ontem. Dezenas de colegas de farda do soldado Cosmo estiveram na Santa Casa. No final da noite, o governador Tarciso de Freitas (Republicanos) anunciou a morte do PM.
O secretário estadual da Segurança Pública, Guilherme Derrite, lamentou a morte do policial e manifestou solidariedade à família da vítima nas redes sociais. Ele afirmou que as forças policiais irão identificar e prender os responsáveis pela ação.
Na manhã de hoje, policiais militares e autoridades acompanhavam o velório do soldado Cosmo na sede do quartel da Rota, no bairro da Luz, região central de São Paulo. O enterro aconteceu às 15h no mausoléu da PM, no Cemitério do Araçá, na região da Consolação.
O soldado Cosmo atuava na Operação Escudo e, segundo a Polícia Civil, em 27 de julho do ano passado se envolveu em uma troca de tiros com criminosos, conforme informou esta coluna na edição de ontem. Dois criminosos fugiram e um foi baleado e dominado.
Gêmeos presos
Na quinta-feira (1º), policiais civis de Santos prenderam os gêmeos Danilo e Diego do Nascimento da Silva, 18, investigados por suspeita de envolvimento na morte do soldado Marcelo Augusto da Silva, assassinado a tiros no último dia 18 em Cubatão.
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Quero receberSegundo o delegado Barazal, os gêmeos são integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital) na Baixada Santista, eram procurados pela polícia e têm diversos antecedentes por roubos e tentativa de homicídio.
O delegado seccional afirmou que Danilo confessou a participação no crime contra o policial e contou à polícia que ele e três comparsas queriam roubar a moto do soldado, atacado na rodovia na rodovia Anchieta-Imigrantes. Danilo admitiu que a vítima foi baleada porque era policial.
Danilo acrescentou, segundo o delegado, que um parceiro que o levava na garupa atirou primeiro no PM e depois, quando o soldado já estava ferido, o mesmo atirador tirou o capacete de Marcelo e o baleou mais três vezes no rosto. A arma do soldado foi roubada.
A coluna não conseguiu contato com a defesa dos irmãos.
Marcelo era lotado no 38º Batalhão, zona leste paulistana e trabalhava na Operação Verão, em Praia Grande. Ele voltava para a casa, em Diadema, na região metropolitana de São Paulo, por volta das 2h30, quando foi baleado, e pilotava uma mota Honda NX Falcon. A arma dele não foi encontrada.
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