Coronel suspeito de planejar matar Lula foi preso por envolvimento no 8/1
Um dos militares suspeitos de planejar um golpe e o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva já havia sido preso por envolvimento no 8 de Janeiro e estava em liberdade provisória concedida pelo ministro Alexandre de Moraes, apurou a coluna com fontes da cúpula militar.
Trata-se do tenente-coronel Rafael Martins de Oliveira. Ele estava afastado de suas funções no Exército, assim como o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro.
Praticamente todos os militares presos nesta terça-feira (19) pela Polícia Federal já vinham sendo investigados desde a operação Tempos Veritas, que apura o envolvimento dos chamados "kids pretos" na tentativa de golpe. A única exceção é o tenente-coronel Rodrigo Bezerra de Azevedo.
No Rio de Janeiro, foram presos o general de brigada Mario Fernandes, o tenente-coronel Hélio Ferreira Lima, além de Martins de Oliveira. Eles estavam na capital fluminense para a cerimônia de formatura exatamente de uma turma de Forças Especiais e não tinham relação com a segurança do G20, segundo uma fonte da cúpula do Exército.
O general de brigada da reserva Mario Fernandes trabalhou no gabinete do deputado federal Eduardo Pazuello (PL-RJ), ex-ministro da Saúde no governo Bolsonaro.
Em Goiânia, foi conduzida busca e apreensão nas residências do tenente-coronel Rodrigo Bezerra de Azevedo e do capitão Lucas Guerellus, sendo o primeiro preso em estabelecimento militar.
Fontes da cúpula militar explicaram à coluna que os militares da ativa suspeitos de planejar a morte de Lula podem acabar excluídos das Forças Armadas.
O rito ocorre ao final do processo na Justiça comum. Se forem condenados, o STM (Superior Tribunal Militar) é quem determina a exclusão da carreira.
As sanções administrativas, no entanto, já começam a partir da denúncia. Os militares não poderão mais ser promovidos e transferidos, o que, no meio militar, prejudica o andamento da carreira.
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