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Morte de jovem em UPP no Rio provoca protesto; família acusa PMs

A morte de um rapaz de 18 anos dentro da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) de Manguinhos, na zona norte do Rio, provocou um protesto contra policiais militares da unidade, que são apontados pela família como responsáveis pelo crime - Celso Barbosa/Futura Press/Estadão Conteúdo
A morte de um rapaz de 18 anos dentro da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) de Manguinhos, na zona norte do Rio, provocou um protesto contra policiais militares da unidade, que são apontados pela família como responsáveis pelo crime Imagem: Celso Barbosa/Futura Press/Estadão Conteúdo

Gustavo Maia

Do UOL, no Rio

17/10/2013 16h32Atualizada em 17/10/2013 18h29

A morte de um rapaz de 18 anos dentro da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) de Manguinhos, na zona norte do Rio de Janeiro, na madrugada desta quinta-feira (17), provocou um protesto, no início da tarde, contra policiais militares da unidade, que são apontados pela família como responsáveis pelo óbito. O caso está sendo investigado pela 21ª DP (Bonsucesso).

Segundo a Polícia Civil, o corpo de Paulo Roberto Pinho de Menezes foi encaminhado ao IML (Instituto Médico Legal) e passou por exame de necropsia, que poderá apontar as causas da morte, ainda desconhecidas.

De acordo com o comandante da UPP, o capitão Gabriel Toledo, por volta das 3h15, policiais em patrulhamento de rotina avistaram quatro jovens em atitude suspeita em uma localidade conhecida como Barrinho.

"Ao se aproximarem para realizar a abordagem, um dos jovens fugiu em direção a um beco, visivelmente alterado, e caiu desmaiado antes mesmo de ser capturado pelos policiais", informou Toledo, por meio de nota enviada pela Coordenadoria de Polícia Pacificadora.

Ainda segundo o capitão, os agentes colocaram o jovem desacordado dentro da viatura e o levaram para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) de Manguinhos, onde ele já teria chegado morto.

A Polícia Civil informou que seis PMs que estavam de plantão na UPP e o comandante da unidade já foram ouvidos. A mãe do jovem, outros familiares e testemunhas também prestaram depoimento, segundo a polícia.

A Coordenadoria de Polícia Pacificadora afirmou que os policiais da unidade ouviram dos jovens que estavam com Paulo Roberto que ele havia cheirado "loló" (lança-perfume) minutos antes do ocorrido.

Durante os protestos, uma jovem que mora na favela foi atendida no Municipal Salgado Filho, no Méier, zona norte do Rio, com um tiro na perna. Ainda não se sabe como Juliane Karoline Cavalcante dos Santos, 17, foi atingida. Ele deu entrada na unidade no início da tarde e às 18h já havia recebido alta.