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Polícia prende namorada de Menor P e mais três durante ocupação da Maré

Hanrrikson de Andrade e Henrique Coelho

Do UOL, no Rio

30/03/2014 07h45

Pelo menos quatro pessoas foram presas durante a ocupação policial das 15 comunidades que formam o Complexo da Maré, na zona norte do Rio de Janeiro, neste domingo (30). Uma delas é Daiane Rodrigues, namorada do traficante conhecido como Menor P, chefe do tráfico em várias comunidades da Maré e que foi preso nesta semana na zona oeste do Rio.

Daiane protagonizou uma confusão envolvendo o jogador Bernardo, do Vasco, em abril do ano passado. Na ocasião, o jogador foi acusado por Menor P de manter um relacionamento com a jovem. Bernardo sofreu tortura psicológica e foi ameaçado de morte.

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Um gerente do tráfico de drogas do complexo de favelas também foi preso em Copacabana, na zona sul, neste domingo. Dois outros homens foram presos com drogas durante uma incursão de policiais do Bope (Batalhão de Operações Especiais) na favela Nova Holanda. Segundo o oficial que comandava a guarnição, no momento da abordagem, um acusou o outro. Eles foram identificados como Vladimir Sena, 34, e Kléber dos Santos Lapa, 36, e encaminhados para a base das forças de segurança na sede do 22º BPM (Maré).

Foram encontraram armas enterradas em uma mata na comunidade Vila dos Pinheiros, segundo relatos de policiais do Bope. Ainda não há informações sobre o tipo de armamento apreendido. Desde as primeiras horas da ocupação, as forças de segurança estão espalhadas pelas 15 favelas que formam o Complexo da Maré em busca de armas e drogas.

Além de informações de inteligência, a varredura feita pelo Bope e pela Polícia Civil é baseada em informações repassadas pelo Disque-Denúncia a partir de ligações de moradores. Oficiais circulam pelas ruas, becos e vielas das comunidades com pastas e um extenso volume de papéis. Segundo os militares, há variados tipos de denúncia, desde carros roubados até ligações clandestinas de energia.

Em 15 minutos, as polícias Civil e Militar deram a favela como ocupada, mas a ação continua. Não houve resistência, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública. A divisão de elite da PM, o Bope (Batalhão de Operações Especiais), está na linha de frente da ação e ficará responsável pelas comunidades Parque União e Nova Holanda. Homens do Batalhão de Choque, do BAC (Batalhão de Ações com Cães), do GAM (Grupamento Aeromóvel), entre outras unidades, participam da operação nas comunidades restantes.

O efetivo envolvido inclui 1.180 policiais militares e 132 civis, três helicópteros do GAM e um helicóptero da Polícia Civil, 14 blindados da Marinha e um caveirão do Choque. As ocorrências serão levadas para a 21ª DP (Bonsucesso).

O Complexo da Maré é considerada uma das áreas mais violentas do Rio do Janeiro, onde um engenheiro morreu baleado na cabeça ao entrar por engano no local e onde dez pessoas morreram durante uma troca de tiros entre traficantes e policiais militares do Bope (Batalhão de Operações Especiais) no ano passado.