Topo

Esse conteúdo é antigo

Número de mortos na operação do Jacarezinho sobre para 29

Moradores protestam contra a operação da Polícia Civil que deixou dezenas de mortos na favela do Jacarezinho - Wilton Junior/Estadão Conteúdo
Moradores protestam contra a operação da Polícia Civil que deixou dezenas de mortos na favela do Jacarezinho Imagem: Wilton Junior/Estadão Conteúdo

Rai Aquino

Colaboração para o UOL, no Rio

08/05/2021 11h41Atualizada em 08/05/2021 18h44

Subiu para 29 o número de mortos na operação que a Polícia Civil do Rio fez no Jacarezinho, zona norte da capital fluminense, na quinta-feira (6). A polícia, no entanto, não informou de onde veio mais esse óbito.

Até então, a Polícia Civil tinha confirmado a morte de 28 pessoas, dentre elas o policial civil André Leonardo Mello Frias, 48.

Inicialmente, eram 25 mortos na ação de quinta. Ontem, no entanto, mais três óbitos foram confirmados, também sem a informação de quem são eles.

Na manhã de hoje, pelo menos cinco famílias de vítimas da operação aguardavam a liberação dos corpos dos parentes no IML (Instituto Médico Legal).

Operação no Jacarezinho (RJ) deixa dezenas de mortos

Operação mais letal

A operação no Jacarezinho foi a mais letal da história do Rio de Janeiro.

O secretário de Polícia Civil, Allan Turnowski, disse ontem que os mortos na ação são suspeitos de envolvimento com o tráfico da região, mas não apresentou provas.

Familiares denunciam que as vítimas foram executadas. Representantes de entidades que defendem os direitos humanos cobram uma apuração rigorosa da ação, dentre eles o Alto Comissariado da ONU para Direitos Humanos.

O governador Cláudio Castro (PSC) defendeu a operação, dizendo que "a reação dos bandidos foi a mais brutal registrada nos últimos tempos".

Mais de 48 horas depois da ação, a Polícia Civil ainda não divulgou a identidade dos mortos. A Comissão de Direitos Humanos da OAB-RJ (Ordem dos Advogados do Brasil no Rio de Janeiro) compilou os nomes e as idades de algumas vítimas.