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Milícia afirma que 137 reféns morreram durante atentado no Quênia

Do UOL, em São Paulo

25/09/2013 06h14

A milícia radical islâmica Al-Shabab disse nesta quarta-feira (25) que 137 reféns morreram durante o ataque ao centro comercial Westgate, em Nairóbi, capital do Quênia. O comunicado foi feito pela rede social Twitter.

Segundo os terroristas, o presidente queniano, Uhuru Kenyatta, e seu governo "devem ser considerados responsáveis pela perda das vidas de 137 reféns nas mãos dos mujahedines". 

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Eles também acusaram as forças quenianas de terem utilizado "gás químico" para acabar com o ataque e de terem "provocado o desabamento do edifício, para enterrar as provas e todos os reféns sob os escombros".

Ontem,  Kennyata disse que 61 pessoas morreram em mãos dos terroristas, além de seis agentes de segurança e cinco milicianos. O total seria de 72 mortes.

Kennyata, porém, afirmou que esse número deve subir, já que "diversos corpos ainda estão dentro do centro comercial".

Entre os mortos estão cidadãos dos Estados Unidos, China, Holanda, Reino Unido e um sobrinho do presidente queniano.

Segundo os dados divulgados na segunda-feira pela Cruz Vermelha, também há cerca de 60 desaparecidos com os quais não foi possível o contato desde o início do atentado e ao menos 175 feridos.

Britânico preso

Um britânico está entre os detidos pelo ataque, anunciou o governo do Reino Unido.

'Viúva branca' pode estar envolvida nos ataques de Nairóbi

  • Samantha é viúva do terrorista responsável pelos ataques a Londres, em 2005

"Podemos confirmar a detenção de um cidadão britânico em Nairóbi", disse uma porta-voz do Foreign Office (ministério das Relações Exteriores), antes de informar que existem conversações "para oferecer assistência consular de rotina".

A porta-voz não informou se o detido é homem ou mulher. Fontes da diplomacia queniana afirmaram ontem que havia uma cidadã britânica entre os terroristas, dando a entender, sem citar o nome, que seria Samantha Lewthwaite, de 29 anos, conhecida como "a viúva branca". Ela é filha de um militar britânico e viúva de um dos autores dos atentados de Londres em 2005.

A Al-Shabab, entretanto, afirmou que nenhuma mulher de nacionalidade britânica participou do ataque ao shopping.

Assalto a shopping

Por volta das 12h (6h no horário de Brasília) de sábado (21) , um grupo de homens e mulheres armados invadiu o Westgate, shopping center frequentado por estrangeiros e quenianos de alto poder aquisitivo.

O local estava cheio, e os terroristas atiraram granadas e dispararam rifles automáticos nas pessoas, poupando apenas os muçulmanos. Posteriormente, lideranças do Al-Shabab assumiram a autoria do ataque.

Desde sábado um número desconhecido de militantes mantinha "cerca de 30" reféns no local, segundo Kennyata. (Com agências internacionais)