Empresa de satélite critica Malásia por ter mantido buscas em área errada
A empresa de satélites britânica Inmarsat criticou nesta quinta-feira (20) a maneira como o governo da Malásia vem administrando as operações de busca pelo avião desaparecido, dizendo que há dez dias havia informado que o esforço deveria ser concentrado no oceano Índico ou na Ásia Central, afirmou a BBC.
A Inmarsat afirmou que, no dia 11 de março, teve indicações de que o avião da Malaysia Airlines havia prosseguido voo em direção oeste por sete horas ou mais e que portanto era improvável que estivesse nas áreas em que a Malásia concentrava as buscas -- o mar do sul da China e o estreito de Malaca. Ainda assim, as autoridades malaias mantiveram as operações nesses lugares.
A aeronave desapareceu no dia 8 de março, com 239 ocupantes. A rota prevista era de Kuala Lumpur, na Malásia, para Pequim, na China.
De acordo com as informações reveladas pela Inmarsat à BBC, o governo da Malásia esperou pelo menos três dias até reconhecer publicamente as informações recebidas, o que deve aumentar ainda mais a pressão de parentes dos passageiros, que acusam as autoridades do país de falta de transparência.
Nesta quinta-feira, a Austrália anunciou ter detectado dois objetos que podem ser do avião numa área a 2.500 km de sua costa oeste. Uma força-tarefa foi montada para realizar buscas nessa região.
Por causa do mau tempo, as buscas foram interrompidas e devem ser retomadas na manhã de sexta-feira (21).
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