Guerra Rússia x Ucrânia hoje: o que se sabe até agora
No 12º dia da invasão à Ucrânia, a Rússia anunciou a abertura de corredores humanitários para a retirada de civis de quatro cidades da Ucrânia —a capital Kiev, Mariupol, Kharkiv e Sumy. Mas civis só podem ficar na Ucrânia ou ir para Rússia e Belarus.
O governo da Ucrânia disse que a proposta da Rússia era "inaceitável" e, horas depois, o acordo foi interrompido e houve troca de acusações entre Kiev e o Kremlin.
Na madrugada, as forças russas intensificaram os ataques contra cidades do centro, norte e sul da Ucrânia.
Em entrevista ao site Sky News, Oleksandr Senkevych, prefeito de Mykolaiv, no sul da Ucrânia, diz que pelo menos 40 bombas caíram na cidade na manhã de hoje. Quase todas atingiram edifícios civis, inclusive casas e um zoológico.
O prefeito também acusou a Rússia de usar bomas de fragmentação, que são proibidas pela lei internacional.
"Ainda não temos confirmação de mortos porque estávamos preparados para este bombardeio e as pessoas estavam em lugares especiais, mas cerca de 60 pessoas ficaram feridas", afirmou Senkevych.
Desde o início do conflito, em 24 de fevereiro, a Rússia disparou um total de 600 mísseis contra a Ucrânia. Segundo um alto funcionário da defesa dos Estados Unidos, cerca de 95% do poder de combate acumulado na Ucrânia já foi comprometido.
Confira o que se sabe até agora sobre a situação envolvendo Rússia e Ucrânia:
- A Rússia liberou a retirada de civis em quatro cidades da Ucrânia, mas eles só podem ir em direção a cidades da Rússia ou de Belarus. A Ucrânia afirmou que a proposta é "inaceitável";
- Horas depois o acordo foi interrompido e houve troca de acusações;
- A vila de Tuzla, na região de Odessa, foi atingida ontem por um ataque de mísseis;
- Ontem, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou que a Rússia se preparava para bombardear Odessa, uma importante cidade portuária;
- Edifícios destruídos e danificados foram vistos em Mykolayiv, no sul da Ucrânia, após bombardeios noturnos. O prefeito de Mykolayiv diz que pelo menos 40 bombas caíram na cidade na manhã de hoje. Quase todas atingiram edifícios civis, inclusive casas;
- A Ucrânia, porém, diz que retomou o controle do aeroporto de Mykolayiv, que havia sido invadido por russos;
- Pelo menos 13 pessoas morreram após um ataque aéreo em Makariv, na região de Kiev. Outras 5 foram resgatadas dos escombros de uma empresa estatal que não estava em funcionamento;
- Ataques aéreos também atingiram a cidade de Zhytomyr, no norte da Ucrânia, durante a noite. Uma pessoa morreu e três ficaram feridas após bombardeio contra uma residência de dois andares;
- Ao menos nove pessoas morreram após um bombardeio russo contra o aeroporto da cidade de Vinnytsia (a 200 km de Kiev), anunciaram hoje os serviços de emergência da Ucrânia;
- Em Kharkiv, foi registrado um bombardeio contra um bloco de apartamentos. O vídeo foi verificado pelo site Sky News;
- A Inteligência do Reino Unido divulgou relatório sugerindo que a Rússia está mirando na infraestrutura de comunicação da Ucrânia "para reduzir o acesso dos cidadãos ucranianos a notícias e informações confiáveis";
- Uma torre de TV foi atingida ontem em Kharkiv, suspendendo a transmissão;
- Problemas na conexão de internet foram relatadas em Mariupol, Sumy, Kiev e Kharkiv na semana passada. O Reino Unido diz que isso pode ser resultado de "danos colaterais" de ataques russos;
- Avião da FAB que vai resgatar brasileiros decola rumo a Varsóvia. Capacidade da aeronave é de 80 passageiros; previsão é de que 72 brasileiros embarquem;
- Redes ucranianas denunciam ataque aéreo que matou 13 civis em Makariv;
- Alemanha defende exclusão de setor de energia de sanções contra Rússia;
- Itália anuncia que vai substituir 50% do consumo de gás russo por fontes alternativas até o meio desse ano;
- A Rússia diz que dará uma trégua amanhã a partir das 10h, no horário de Moscou (4h de Brasília), em cinco cidades da Ucrânia: Kiev, Sumy, Kharkiv, Chernigov e Mariupol. O cessar-fogo temporário é para estabelecer o chamado corredor humanitário.
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