Guerra Rússia x Ucrânia hoje: o que se sabe até agora
A guerra entre a Rússia e a Ucrânia chega hoje ao 24º dia com o uso de mísseis hipersônicos por parte do exército russo. Enquanto o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, declarou que era hora de Moscou aceitar em "conversar" seriamente sobre a paz.
O ministério da Defesa russo garantiu que no dia anterior havia usado mísseis hipersônicos "Kinjal" para destruir um depósito de armas subterrâneo no oeste da Ucrânia, algo sem precedentes, segundo a agência estatal Ria Novosti. Esse tipo de míssil desafia todos os sistemas de defesa antiaérea, segundo Moscou.
Dezenas de pessoas foram mortas em um ataque na sexta-feira (19) contra um quartel militar em Mykolaiv, no sul da Ucrânia, disseram testemunhas à AFP neste sábado (19), enquanto as operações de socorro continuam.
"Nada menos que 200 soldados dormiam no quartel", de acordo com Maxime, um soldado de 22 anos entrevistado no local. "Pelo menos 50 corpos foram recuperados, mas não sabemos quantos ficaram sob os escombros", acrescentou o jovem soldado.
Evguéniï, outro soldado no local, estima que o ataque pode ter matado 100 pessoas. "Continuamos contando, mas é impossível saber em vista do estado dos corpos", disse um socorrista entrevistado pela AFP.
Confira o que se sabe até agora sobre a situação envolvendo Rússia e Ucrânia:
- A cidade ucraniana de Lviv, perto da fronteira com a Polônia, foi atacada por mísseis russos na manhã de hoje (madrugada no Brasil), informou a prefeitura. Uma pessoa ficou ferida.
- A ONU considera que as necessidades humanitárias estão mais urgentes na região leste da Ucrânia.
- A Rússia atacou uma área residencial de Kiev, informou o prefeito Vitali Klitschko. Ao menos uma pessoa morreu e 19 ficaram feridas, incluindo quatro crianças.
- Nove corredores para a saída de civis de cidades que estão sob forte ataque da Rússia foram acordados para hoje. Pelo segundo dia consecutivo, um dos corredores liga Mariupol a Zaporizhzhia, que permanece sob controle ucraniano.
- Antes da conversa entre Biden e Xi, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian, disse que o país respeita "a soberania e a integridade territorial de todos". No encontro, Xi disse a Biden que conflitos "não interessam a ninguém.
- O ministro de Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, disse que o Brasil não vai "dançar ao som dos Estados Unidos". Na fala, Lavrov reclamava de sanções aplicadas pelos americanos e pela Europa contra a Rússia.
- O negociador russo Vladimir Medinsky afirmou que Moscou e Kiev estão "no meio do caminho" em concordar com a questão da desmilitarização da Ucrânia.
- O Ministério da Defesa britânico informou que as forças russas "fizeram progressos mínimos esta semana", diante da reação das tropas ucranianas à invasão ao país.
- Mais de dois milhões de pessoas entraram na Polônia procedentes da Ucrânia para fugir da invasão das tropas russas, anunciou hoje a Guarda de Fronteira polonesa
- O presidente da Rússia, Vladimir Putin, discursou hoje em um estádio lotado em Moscou, capital russa, sobre a guerra na Ucrânia: "Nunca tivemos tanta força".
- Putin disse ao chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, durante um telefonema hoje, que a Ucrânia está tentando travar as negociações de paz com a Rússia, mas que Moscou ainda está interessada em continuar as conversas.
- Putin também disse ao presidente francês Emmanuel Macron, segundo o Kremlin, que a Ucrânia cometeu crimes de guerra.
- Volodymyr Zelensky dará seguimento a seu esforço de sensibilizar agentes internacionais e discursará à Assembleia Nacional da França na próxima semana.
- Vice-primeira-ministra da Ucrânia, Iryna Vereshchuk fez um texto hoje criticando a China por se mostrar a favor do envio de "alimentos e sacos de dormir", mas contra a remessa de armas.
- Um protesto contra a morte de crianças teve carrinhos de bebê posicionados na praça Rynok, em Lviv. A manifestação é contra a morte de 109 crianças desde o início da invasão russa ao território ucraniano.
- A Rússia estabeleceu uma zona de exclusão aérea sobre a região de Donbass, na Ucrânia, segundo um funcionário da separatista República Popular de Donetsk.
- A Grécia se ofereceu para reconstruir a maternidade que foi bombardeada em Mariupol, na Ucrânia.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.