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Greta Thunberg lidera movimento ambiental em 15 países, incluindo Brasil

24.set.2021 - A ativista ambiental Greta Thunberg discursa durante ato pelo clima em Berlim, na Alemanha - Tobias Schwarz/AFP
24.set.2021 - A ativista ambiental Greta Thunberg discursa durante ato pelo clima em Berlim, na Alemanha Imagem: Tobias Schwarz/AFP

Colaboração para o UOL

24/09/2021 21h27

A dois dias das eleições alemãs, Greta Thunberg protestou ao lado de outros jovens ativistas em Berlim para pedir maior atenção a pautas ambientais. Além da Alemanha, o movimento Fridays For Future (sextas-feiras para construir o futuro, em tradução livre), encabeçado por Greta, aconteceu em pelo menos outros 14 países, incluindo o Brasil.

Segundo a ativista, 100 mil militantes estavam no ato da capital alemã e, no país de forma geral, 620 mil marcaram presença. No discurso em Berlim, a jovem disse que a pandemia da covid-19 lembrou o quanto os humanos são vulneráveis e como "as coisas podem mudar rapidamente". Ela afirmou que, enquanto a doença se espalhava, a crise climática não desapareceu.

A concentração de CO2 não esteve tão alta em pelo menos 3 milhões de anos. Está claro que nenhum partido político faz algo perto do suficiente, mas pior do que isso é que nenhum dos compromissos chega perto de estarem alinhados com o necessário para completar o Acordo de Paris".

O Acordo de Paris é um tratado da ONU (Organização das Nações Unidas) assinado por diversos países, incluindo o Brasil, que pretende diminuir a emissão de gases do efeito estufa a partir de 2020. Assim, seria possível manter o aquecimento global em, no máximo, 2ºC.

No Brasil, o movimento foi notado, principalmente, em Pernambuco, São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Pará e Rio Grande do Norte. A maioria dos cartazes de hoje criticava as falas do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre meio ambiente e alguns propunham "Amazônia ou Bolsonaro", indicando que não seria possível ter os dois ao mesmo tempo.

Ao redor do mundo

O Twitter do Fridays For Future mostrou um pouco dos movimentos ao redor do mundo. Na Coreia do Sul, o protesto digital encontrou o presencial através de painéis, onde as pessoas podiam posar em frente a montagens com cartazes de outros ativistas remotos.

Em um vídeo dos atos no Quênia, um homem pede o fim das "promessas vazias" dos governantes. "No México, jovens ativistas se reúnem para protestar contra a empresa petrolífera Pemex", disse a página. "Estão unidos e pedindo o fim da indústria de combustível fóssil", explicou.

Já na Suécia, os militantes falam sobre "a importância de interseccionalidade das soluções, especialmente focando em engenharia florestal e direitos indígenas".

Além dos países citados, o Fridays For Future registrou manifestações de tamanho considerável na Colômbia, Itália, Inglaterra, Serra Leoa, Finlândia, Bangladesh, Índia, Canadá, Holanda e Escócia.

Como solução, Greta falou que "precisamos praticar a democracia de forma ativa e sair nas ruas, como fazemos hoje" e continuar exigindo dos líderes políticos mudanças favoráveis ao planeta. "Ainda podemos reverter isso, demandamos e somos a mudança", completou.