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Bolsonaro aprova resolução para reduzir emissão de gases do efeito estufa

O presidente Jair Bolsonaro em cerimônia de inauguração do Ramal do Agreste, e da Barragem de Campos, em Sertânia, Pernambuco - Isac Nóbrega/PR
O presidente Jair Bolsonaro em cerimônia de inauguração do Ramal do Agreste, e da Barragem de Campos, em Sertânia, Pernambuco Imagem: Isac Nóbrega/PR

Colaboração para o UOL, em Brasília

08/11/2021 10h03

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) aprovou uma resolução do CNPE (Conselho Nacional de Política Energética) de metas compulsórias e anuais para reduzir a emissão de gases que produzem o efeito estufa no âmbito dos combustíveis.

A decisão é válida para os próximos dez anos, como parte do RenovaBio, o programa nacional de biocombustíveis. Os novos objetivos ainda não foram publicados pelo governo na íntegra.

No entanto, os valores estabelecidos em agosto de 2020 como meta para emissão de poluentes foram reafirmados e tratam dos anos até 2030, quando a descarbonização deverá atingir 90,67 milhões de CBIOs (crédito de descarbonização, ou seja, saldo positivo de redução a longo prazo do poluente).

Além dos números que preveem abaixar a produção de gases do efeito estufa ao longo dos próximos dez anos, há também uma "margem de tolerância" para as metas.

Brasil na COP26

Na semana passada, o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, fez um pronunciamento transmitido na COP26, 26ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, que ocorreu em Glasgow, na Escócia. Nele, Leite apresentou uma intenção de reduzir os poluentes.

O ministro disse que a nova meta do Brasil, "mais ambiciosa", é passar de 43% de redução de emissão de gases de efeito estufa para 50% até 2030. No entanto, o discurso foi duramente criticado por especialistas ambientais e a oposição ao governo Bolsonaro.

O ex-ministro do Meio Ambiente Carlos Minc falou ao UOL News que a medida é uma "pedalada ambiental" e o governo "ao passar de 43% para 50% voltou à meta da COP de Paris, estacionou em seis anos atrás".

Na sexta-feira (5), o presidente Bolsonaro foi retratado como "criminoso climático" por manifestantes na COP26. Além do brasileiro, outros líderes mundiais apareceram "algemados" durante ato em Glasgow.