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Gleisi critica "misoginia" e "momento cretino" do parlamento brasileiro

A senadora petista ainda acusou o Legislativo brasileiro de tortura emocional e de misoginia - Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
A senadora petista ainda acusou o Legislativo brasileiro de tortura emocional e de misoginia Imagem: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Do UOL, em São Paulo

29/08/2016 19h08

Integrante da tropa de choque de Dilma no Senado, Gleisi Hoffmann (PT-PR) lamentou em discurso no plenário o "momento cretino" por que passa o parlamento brasileiro. Ela citou ainda as chamadas "pautas-bombas" e a desconstrução "da grande mídia nacional", além de afirmar que este é um "momento deprimente da história do parlamento".

A senadora petista ainda acusou o Legislativo brasileiro de tortura emocional e de misoginia: "A política não veste saias, não ainda, é um ambiente misógino", afirmou.

Gleisi elogiou Dilma, de quem foi ministra-chefe da Casa Civil. "Sua vida é uma homenagem à democracia. Aqui seus algozes não estão cobrindo os rostos [como em depoimento de Dilma durante a ditadura militar]; eles preferiam ficar invisíveis e não ser lembrados por esse momento tão cretino por que passa o parlamento", afirmou a senadora.

Dilma Rousseff discursou pela manhã no Senado durante o julgamento do processo de impeachment. Em seguida, passou a responder a perguntas dos senadores, da defesa e da acusação. O tempo para cada senador fazer as questões é de até cinco minutos. Dilma tem tempo livre para responder.

O desfecho do impeachment ainda não tem data exata definida, mas pode ser conhecido em sessão do Senado na terça-feira (30) ou quarta-feira (31). É quando os 81 senadores deverão votar para condenar ou absolver Dilma. Se Dilma, que foi derrotada nas duas votações anteriores no Senado e em uma na Câmara, conseguir impedir os 54 votos favoráveis ao impeachment, é absolvida e volta ao cargo. Mas, se ao menos 54 senadores votarem contra ela, dará adeus à Presidência.