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Prédio da PF em Curitiba tem atirador de elite e rojões de manifestantes à espera de Lula

Nathan Lopes e Vinícius Boreki

Do UOL e colaboração para o UOL, em Curitiba

06/04/2018 17h06Atualizada em 06/04/2018 17h46

Com segurança reforçada desde a metade da tarde desta sexta-feira (6), a superintendência da PF (Polícia Federal) em Curitiba tem um atirador de elite no topo de seu prédio. Ele fez parte de um esquema que envolve 300 agentes de segurança, preparados para a chegada do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O grupo se divide entre a sede da PF e pontos de manifestações. Outros 750 policiais podem ser acionados se necessário, segundo o subcomandante geral da PM paranaense, Arildo Luis Dias.

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O petista --que deveria ter se entregado até as 17h na capital paranaense-- deverá cumprir pena de 12 anos e um mês de prisão em sala especial no prédio da PF.

No prédio e ao redor dele estão desde policiais militares a integrantes do Grupo de Pronta Intervenção, ligado à PF.

Manifestantes soltam rojões

A movimentação maior de manifestantes começou pouco depois das 15h. Os manifestantes que apoiam a prisão do ex-presidente concentraram-se em frente à sede da PF. Os contrários à prisão foram para a praça Santos Andrade.

Parte do grupo dos manifestantes favoráveis à prisão de Lula começou a soltar rojões em pelo menos seis oportunidades e a gritar palavras de ordem contra o petista na sede da PF. Entre as frases entoadas estavam: “Lula, cachaceiro, devolve o meu dinheiro” e “Lula, ladrão, seu lugar é na prisão”. A ação fez o helicóptero da polícia voltar a sobrevoar a região da superintendência da PF.

Por volta das 15h30, manifestantes, em um carro de som, ligado ao "Acampamento Lava Jato" --que costumava ficar em frente ao prédio da Justiça Federal em Curitiba, onde atua o juiz federal Sergio Moro--, anunciaram que ficariam na frente da PF “até esse bandido chegar, por bem ou por mal”. Cerca de 40 minutos depois, a Polícia Militar pediu que o grupo liberasse a via. 

O subcomandante, que participou, mais cedo, de uma reunião com a Polícia Federal e a Secretaria de Segurança do Paraná, pontuou que "ocorrerão vigílias, visitas ao ex-presidente, bem como deslocamentos como o exame de corpo de delito ou encaminhamentos médicos”. “É preciso haver cooperação entre os órgãos para que possamos não sobrecarregar um único mecanismo de segurança".

De acordo com Dias, o principal objetivo do esquema de segurança é evitar conflitos entre manifestantes.

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