Moro defende fim de revanchismo, mas diz que foco é tirar PT do poder em 26

O senador Sergio Moro (União Brasil-PR) defendeu o fim do revanchismo após o julgamento do TSE que negou, por unanimidade, a cassação dele, mas afirmou que o foco para as eleições de 2026 é tirar o PT do poder.

O que aconteceu

Moro afirmou que vê o país seguindo "rumos errados" no governo Lula. "Existe nas lideranças um desejo de formar uma frente de centro e centro-direita para que nós possamos virar essa página de políticas erradas do atual governo", disse.

O senador negou que será candidato e diz que planeja apoiar Ronaldo Caiado (União Brasil). O político não descarta também apoiar Tarcísio de Freitas (Republicanos) ou Romeu Zema (Novo). "Nós temos um plano no Brasil, nós temos um candidato, é claro que isso vai ser definido até 2026, mas temos o governador Ronaldo Caiado como um forte nome, meu plano em 2026 é apoiar um candidato", afirmou.

Caiado diz que "nunca escondeu vontade" de ser candidato em 2026. Em participação no UOL Entrevista em março, o governador de Goiás defendeu o próprio nome com base no "trajeto" que tem na política. Além dele, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro também é uma das cotadas para a disputa presidencial.

Tarcísio está na mira do PL, mas também é disputado entre partidos de centro e direita. No final de semana, Valdemar Costa Neto anunciou que o governador de São Paulo deve se filiar ao partido em junho. A notícia, porém, foi desmentida pelo próprio Tarcísio a Raquel Landim, colunista do UOL. O que se comenta é que a troca pode acontecer, mas ainda não tem data definida.

"Boatos sobre cassação eram exagerados"

Moro disse que os comentários sobre possível perda de mandato eram feitos "sem conhecimento". "Os boatos sobre minha cassação eram exagerados. O TSE, em julgamento técnico e independente, rejeitou as acusações falsas e mentirosas que foram feitas sobre o meu mandato", afirmou.

Muita gente sem conhecimento afirmava que era impossível a manutenção do meu mandato, que eram favas contadas, até com certo respeito ao judiciário, que meu mandato seria cassado. Sergio Moro (União Brasil-PR), senador

TSE rejeitou ações do PT e do PL

Os partidos acusavam a campanha de Moro de 2022 de abuso de poder econômico. As legendas citavam também caixa 2, uso indevido de meios de comunicação e contratos irregulares. Os processos foram unificados em junho de 2023 pelo TRE-PR (Tribunal Regional Eleitoral do Paraná), que negou a cassação em abril deste ano antes do caso chegar ao TSE.

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Ministério Público Eleitoral mudou de posição. Quando as ações foram julgadas no TRE-PR, o Ministério Público Eleitoral no Paraná endossou a tese das duas siglas e defendeu a cassação de Moro. Já no TSE, o vice-procurador-geral-eleitoral, Alexandre Espinosa, se manifestou pela improcedência das ações.

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